Gravataí poderá ganhar muito com esfriamento do complexo da GM em São José dos Campos

* Clipping O Estadão

Fim da produção dos modelos Corsa, Zafira e Meriva ameaça 1,5 mil empregos em São José dos Campos e deixa metalúrgicos apreensivos 
 
Domingo, 28 de Julho de 2012, 16h06
Cleide Silva, enviada especial

SÃO JOSÉ DOS CAMPOS - Aos 20 anos, Roni Peterson perdeu seu primeiro emprego de montador na fábrica da General Motors de São José dos Campos (SP), conquistado um ano e meio antes. Era 1998, ano da crise asiática, que teve impacto nas economias mundiais. A produção da indústria automobilística, que em 1997 tinha sido a maior da história, despencou 23%.

Após dois anos desempregado, Peterson recuperou a vaga na montadora, onde está até hoje, aos 38 anos. Casado, pai de duas meninas de dez e três anos, ele teme enfrentar a mesma decepção da juventude. A GM vai deixar de produzir automóveis no complexo oficialmente inaugurado em 1959 pelo então presidente Juscelino Kubitschek e pode demitir 1,5 mil trabalhadores.

Peterson não trabalha no setor ameaçado. É funcionário da linha de montagem da picape S10, única a operar em três turnos no complexo. "Se tiver demissão, não significa que vai atingir só o pessoal do setor, mas todo mundo corre risco", diz. "Nos últimos dias está um clima angustiante na fábrica. Ninguém conversa, ninguém brinca".

O complexo emprega 7,2 mil funcionários em oito fábricas. A que está ameaçada é a MVA, que até o mês passado produzia os modelos Corsa, Classic, Meriva e Zafira. Hoje, só resta o sedã Classic, que também é feito nas fábricas de São Caetano do Sul (SP) e da Argentina, e só fica atrás do Celta em vendas.

São José é responsável por 25% da produção do Classic e, segundo a GM, o modelo foi levado para lá para reforçar a linha dos outros três carros que já vinham perdendo vendas por serem antigos. A Meriva e a Zafira foram substituídas pelo Spin, feito em São Caetano. O Corsa saiu de linha para dar lugar à família Ônix, que será feita em Gravataí (RS) no início de 2013.

As outras unidades do complexo produzem a S10 - e, até o fim do ano, a nova Blazer -, motores, cabeçotes, transmissões, estamparia, peças plásticas e kits para exportação (CKDs).

Os próprios funcionários avaliam que só o Classic não será suficiente para sustentar uma linha e se preparam para ver o fim da produção de automóveis na fábrica que produziu o Chevette - que vendeu 1,6 milhão de unidades - e o Kadett. No auge da produção, em 1997, a fábrica chegou a ter 11 mil funcionários.

"Dos 18 anos que estou na fábrica, essa é a pior fase que enfrento", afirma José Monteiro Silva, de 47 anos.
(...)

No meio automobilístico, contudo, há quem acredite que, no longo prazo, a GM poderá fechar todo o complexo.

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7 comentários:

Anônimo disse...

Os Gaúchos agradecem ao Sindicato de SJC dirigido comunisticamente pelo raivozo PSTU. Assim como os baianos agradecem até hoje ao seu ídolo Olívio Dutra (também comunisticamente raivozo).

Anônimo disse...

Este governo Dilma do PT, que beneficia e privelegia as empresas privadas globalizadas, e diz que não vai aceitar DESEMPREGO, é o mesmo que vetou a ANISTIA dos funcionários públicos demitidos na famigerada era Collor de Melo.Não adianta, resultado é lucro. Vai acontecer na indústria automobilistica o mesmo que ocorreu na indústria calçadista...quem vai perder é o governo...empresário bão sabe o que faz e onde fazer, o resto é ´resto...

Anônimo disse...

A GM transformou Gravataí e região para muito melhor. TODOS, governo+sindicato dos metalúrgicos+FIERGS, devem promover um ambiente de estabilidade social e jurídica para que grandes investimentos geradores de emprego venham para o RS. Nova ampliação da GM eh uma oportunidade batendo na porta. Parece simples criar este ambiente de estimulo ao desenvolvimento, mas quem conhece o estrago feito por Olívio sabe que no RS isso não eh fácil....infelizmente, para tristeza de nossos filhos e netos que precisarao encontrar emprego alguns estados pro norte.

Anônimo disse...

É isso aí, anônimo das 17,04, de tres filhos que tenho, dois sairam do estado prá procurar emprego. Todos tem curso superior e mestrado. Infelizmente o nosso estado vai de mal a pior com esses governos comunistas do PT. O famigerado raul pont, disse há pouco que o Rio Grande não precisa da GM, vejam só a mentalidade dessa gente do PT. Depois do horroso gov.olívio, o estado não atrai mais empresas, aliás elles detestam empresas privadas.

Anônimo disse...

É isso aí, anônimo das 17:04, os meus dois filhos formados em engenharia elétrica e mecânica, respectivamente foram trabalhar em outros estados, porque aqui infelizmente a mentalidade deste atual governo impede a vinda de grandes empresas, o mais velho me disse que a empresa em que atua em São Paulo até sondou a perspectiva de colocar uma fábrica filial em Caxias, mas desistiram devido a falta de infraestrutura logística e imposto do ICMS. Esse é o RS que agora virou apenas um corredor de transporte dos caminhões para a Argentina e Chile.

Anônimo disse...

O Brasileiro é um ignorante em política, dá força para partidos como o PSTU,PT e PC do B e depois tem que amargar o desemprego.Espero que a GM descarte uma possível imigração desse bando de jumento para o estado.

Surfista Prateado disse...

É o resultado das inúmeras benesses e "avanços" que as greves "conquistaram", coisa insustentável que só poderia da no que está dando agora... Demissões em massa.

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