Artigo - O discurso que falta (ao PSDB)

- A entrevista a seguir é do caderno Eu& do jornal Valor deste final de semana. O sociólogo Alberto Carflos Almeida conta trechos do seu novo livro, em que dá conselhos a Partidos como o PSDB assumam a ideologia e o que fizeram nos governos. 


O sociólogo Alberto Carlos Almeida gosta de controvérsias, que procura fundamentar com dados e retórica. Autor de livros como "A Cabeça do Brasileiro", Almeida lança agora "Quem Disse que Não Tem Discussão?" (Record), referência à trinca de temas sobre os quais ninguém deveria se envolver, sob pena de perder um amigo: política, religião e futebol. Colunista do "Eu& Fim de Semana", Almeida publica agora uma seleção de artigos editados no Valor nos últimos anos. A inspiração, lembra, veio do best-seller "Freakonomics - O Lado Oculto e Inesperado de Tudo que nos Afeta", do economista americano Steven Levitt e do jornalista Stephen J. Dubner. Foi o livro que causou impacto ao defender teses como a de que a legalização do aborto seria a grande responsável pela redução das taxas de criminalidade em Nova York.
Na entrevista a seguir, Almeida explica alguns de seus principais argumentos, como a necessidade de um partido mais claramente de centro-direita no Brasil; critica a dependência dos políticos conservadores em relação ao Estado; e defende políticas aparentemente contraditórias, como a redução de impostos e o Bolsa-Família, o que chama de social-liberalismo.
Valor: Por que o senhor defende que a oposição deveria falar o que a população quer ouvir e não aquilo em que acredita?
Alberto Carlos Almeida: A oposição tem que defender aquilo em que acredita, mas adaptado à linguagem da população. Até porque é aquilo em que um segmento importante da população acredita. Mas não pode simplesmente defender com a linguagem dela.
Valor: Por exemplo?
"Quando a privatização é boa, você tem que provar que melhora a vida dos pobres. Caso contrário, não ganha eleição"
Almeida: Todo mundo fala sobre privatização e isso tem que ser defendido de uma forma diferente da que é própria dos intelectuais e formadores de opinião. Eles defendem de uma maneira doutrinária, liberal. A privatização é boa por argumentos econômicos etc., ao passo que para a população ela pode ser boa ou não. Então, você deveria defender com um pouco menos de entusiasmo. Quando ela é boa, você tem que usar um argumento muito prático: melhora a vida do sujeito; pronto e acabou. Mas tem que ser um benefício concreto.


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7 comentários:

Anônimo disse...

assim como o PT assumiu um discurso de esquerda para iludir os idiotas, o PSDB precisa assumir um discurso contrario. Abraçar a causa neo liberal e mostra o que esta filosofia de governo pode fazer pelo Brasil. Não é perfeita? Não é a solução de nossos problemas? mas é o contrario do que temos aqui hoje. Assumam, ponham a cara para bater sem medo do PT. O inimigo é grande mas não é forte.

Surfista Prateado disse...

O articulista está enganado. O povo sabe que as privatizações melhoraram e muito a telefonia, por exemplo. O que o povão repudia é ter que PAGAR por qualquer coisa, povão gosta é de ter passagem grátis, meia-entrada, bolsa-família, este tipo de coisa, bem coisa de brasileiro e vagabundos (olha o pleonasmo). Resumindo, brasileiro gosta é de Estado, que é aquela invenção através da qual todo mundo tenta viver às custas de todo mundo, fazendo o mínimo possível. A privatização desmancha com isso, porque põe o preço CERTO nas coisas, acaba a farra. Por isso, a urticária no eleitor quando se fala em privatizar qualquer coisa.

Anônimo disse...

Complementando, a esquerda sempre vendeu a ideia que empresas estatais são "patrimônio público", uma grande lorota, pois servem apenas aos interesses dos seus funcionários e políticos. Mas, de tanto que insistiram, venderam a ideia que privatizar era tirar algo do cidadão e dar para um rico capitalista. Bem, como a maioria não raciocina direito, acaba acreditado.

Anônimo disse...

PSDB passa por divergencias dentro do partido, São Paulo x Nordeste disputam o poder com Minas querendo ter outro candidato a majoritária, Dilma é mineira.

FHC percebeu já isto e prefere sacrificar seu patricio achando que irá assim vencer os PTRALHAS.

FHC se engana, AÉCIO irá perder para Dilma por nunca ter mostrado integridade moral para conquistar confiança até dos que tem tendencia eleitoral para o PSDB.

Serra continua sendo até aqui a única opção dos que não querem a continuação dos PTRALHAS.

Aquiles disse...

O PSDB precisa também de reposição hormonal e de injeções de testosterona, para conseguir ter alguma combatividade.

Anônimo disse...

social-liberalismo é algo há muito presente na política, não é um termo novo e muitas vezes se confunde com a própria idéia de social-democracia.

De fato, o governo do FHC foi muito mais social-liberal do que social-democrata. Em grande parte, influência de Norberto Bobbio, um dos grandes pensadores do social-liberalismo.

abs

Anônimo disse...

O Aécio é um playboyzinho mimado, cuja figura e atuação política é irrelevante, só o sendo na cabeça de alguns setores.

Sou de direita, graças a Deus, mas acho que se ele for o candidato do PSDB em 2014, não vai empolgar e a oposição vai levar uma surra dos mascarados saqueadores mentirosos desgraçados medíocres petistas!

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