Erenice e Silas Rondeau gravados pela PF: o que tem a ver Valter Cardeal com a história ?

O material a seguir é uma edição deste site, produzida em cima de reportagem da Folha Online deste sábado (Andreza Matais e Hudson Corrêa).

. Os personagens são basicamente Erenice Guerra e Silas Rondeau. Os repórteres construíram o material em cima das gravações feitas pela Polícia Federal, pofrque Silas, então ministro de Minas e Energia, estava sendo investigado por corrupção. Erenice era secretária Geral da Casa Civil.

. Vocês perceberão que existem referências a vários personagens do governo Lula, entre eles o engenheiro gaúcho Valter Cardeal, que foi levado por Dilma Roussef da CEEE do RS para a Eletrobrás, onde ainda é vice-presidente (ele chegou a ser presidente). A Eletrobrás é essa estatal que concedeu patrocínio de R$ 200 mil para motoqueiros de Motocross, 20% dos quais foram parar no bolso dos filhos de Erenice Guerra, a título de “taxa de sucesso”. Os guris do PT cobravam 5%, 6%, 10% ou 20% de taxa de sucesso, depencdendo do tamanho da intermedição que faziam em órgãos do governo do PT.

. Na conversa com Silas Rondeau, Erenice Guerra refere-se a um tal “Cardeal”. Trata-se de Valter Cardeal. Ele também foi grampeado pela Polícia Federal, conforme revelam os repórteres da Folha Online. E não foi obra do delegado Protógenes Queiroz.
O que diz a reportagem

UM DIA VOU GANHAR DINHEIRO COM ESSAS COISAS - A ex-ministra da Casa Civil Erenice Guerra pretendia trabalhar como advogada quando saísse do governo e “ganhar dinheiro” apontando erros em processos contra investigados por corrupção. Foi o que ela confidenciou em conversa telefônica gravada, com autorização da Justiça, pela Polícia Federal no dia 14 de maio de 2008

- Isso [a denúncia] não se sustenta, Silas. Um dia eu ainda vou sair daqui e ganhar dinheiro com essas coisas fora, viu? Fica tranquilo, que acho que isso vai resolver fácil, porque não se sustenta de jeito nenhum.”

ERENICE ATACA POLITIZAÇÃO DO JUDICIÁRIO Em seguida, acrescentou Erenice:

- Eu fico completamente impressionada com a capacidade de instrução de inquérito falho que a polícia faz e a aceitação por parte do Ministério Público. É lamentável. Nós estamos vivendo uma disputa política e de politização do Judiciário, que é um negócio escandaloso”.

VALTER CARDEAL – O jornalista Reynaldo Azevedo, no seu blog deste sábado, reproduziu este texto de Diogo Mainardi sobre o homem forte de Dilma Roussef:

“Dilma Rousseff é associada a dois nomes. O primeiro nunca dependeu dela para fazer carreira, por isso tenho de calar o bico. O segundo - Valter Cardeal - é mais constrangedor. Em 2003, ele foi nomeado por Dilma Rousseff para a diretoria da Eletrobrás. No mesmo período, tornou-se presidente do conselho da CGTEE e da Eletronorte. Em 2006, ganhou o cargo de presidente da Eletrobrás. Sempre na esteira de Dilma Rousseff. No ano seguinte, foi acusado de envolvimento com o esquema de propinas da Gautama, depois de ser grampeado pela PF. Sim: ele foi grampeado. Sim: pela PF.”