Artigo - Bandidagem à solta

No artigo a seguir, publicado no jornal Zero Hora deste domingo, o escritor Sérgio da Costa Franco demonstra com argumentos irrefutáveis a correção do combate que move a Brigada e a Polícia Civil do RS aos bandidos, o que inclui os delinquentes políticos do MST, que encontraram finalmente seu cadáver em São Gabriel. O editor desta página não consegue sequer dar a volta a pé no quarteirão onde mora, no bairro Petrópolis, porque não existe um só milímetro de espaço em Porto Alegre que não esteja submetido a ameaça permanente de assaltantes, descuidistas, assassinos, estupradores, pedófilos ou agressores de todos os gêneros, sem que nas cercanias do cidadão pacífico seja possível enxergar um único policial. O morador de Porto Alegre só não está entregue à própria sorte porque a Brigada oferece uma cobertura macro. Apesar de apenas razoável, ela impede que o faroeste domine completamente Porto Alegre. O editor considera que saiam do Palácio Piratini, da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Contas, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça, todos, mas absolutamente todos os brigadianos neles lotado, para que as tropas sejam colocadas na rua para proteger quem lhes paga as contas. Os Poderes precisam apenas de segurança para suas sedes físicas e seus chefes - mais nada.A bandidagem está à solta, roubando, furtando e matando.
Em tempo - O caso do médico Becker, assassinado por assassinos profissionais, contratados, parece não ser caso único no RS. O que espera a polícia para conter o desembarque de pistoleiros profissionais no Estado ?

CLIPPING
Jornal Zero Hora
Domingo, 6 de setembro

Bandidagem à solta, por Sérgio da Costa Franco*

Foi contundente a notícia desse assalto aos bancos da pequena cidade de Boqueirão do Leão na última terça-feira. Quando a conheci, lá pelos idos de 1960, era apenas uma vila, sede de um distrito de Lajeado, não mais que uma encruzilhada onde se encontravam a estrada que descia das alturas de Soledade para Venâncio Aires e a estrada que de Santa Cruz do Sul se dirigia a Soledade. Em terreno muito acidentado, no divisor de águas entre as bacias do Pardo e do Taquari. Ninguém imaginaria então que um lugar tão pacato, apesar do nome selvático, pudesse vir a ser palco de uma ofensiva de 11 bandidos superequipados, dispostos ao saque múltiplo, ao sequestro e à resistência armada.Este é, sem dúvida, um problema novo e inusitado para o Estado brasileiro: o crime se desloca das metrópoles para as pequenas cidades, tradicionalmente seguras e pacíficas, e, por isto mesmo, desprovidas de proteção policial eficaz. Nessas localidades, onde o crime sempre foi acontecimento raro e imprevisível, o contingente policial não passa de meia dúzia de funcionários, mediocremente armados. E não pode ser programa de nenhum governo criar em cada pequena comunidade um pelotão reforçado de gendarmes, o qual, ocioso a maior parte dos dias, viveria à espera de problemáticos assaltos, talvez nunca realizados. O fundamental, nas cidades pequenas e pacíficas, é a criação de eficiente sistema de comunicações, que permita um rápido esquema de socorro a partir das guarnições policiais mais próximas. Assim parece ter ocorrido com esse assalto a Boqueirão do Leão, pois quando empreendiam fuga, os bandidos ainda foram interceptados por força policial vinda de Santa Cruz do Sul.Parece importante consolidar um sistema regional de socorro contra o crime, de molde a estabelecer pronto atendimento às comunidades pequenas, desprovidas de efetivos policiais poderosos.A frouxa e quase romântica legislação processual do Brasil, tornando quase impossíveis as detenções provisórias e assegurando aos criminosos um leque de recursos protelatórios, converteu nossa Justiça criminal em organismo alegórico, que sequer insufla temor aos delinquentes, deixando de cumprir a “prevenção geral” que era sonhada pelos criminalistas clássicos. Por outro lado, com as liberalidades da execução penal, mesmo as condenações criminais mais pesadas se diluem nas generosas progressões da pena, que jogam na rua, como se inocentes fossem, perigosos inimigos da sociedade, longe de qualquer recuperação.Resta-nos, enfim, a esperança nas ações da polícia, quando prontas e eficazes. Alguns colegas da imprensa inclinam-se a ver em tudo manifestações de abuso de autoridade e violência arbitrária e censuram os nossos brigadianos por qualquer resultado lesivo em suas ações repressivas. Sem conceder nenhum salvo-conduto prévio às violências abusivas, sou francamente favorável a um policiamento enérgico e sem condescendências injustificáveis. Ainda há pouco, ouviram-se chorosas manifestações em relação aos desordeiros do MST, cujas “pacíficas invasões” se fazem sob o tinir das foices e facões. E há quem queira que a Brigada os enfrente e cumpra os mandados judiciais de reintegração de posse com plumas, confete e arminhas de salão...Diante da bandidagem à solta, que as leis penais e processuais tratam com leniência incompreensível, os homens de bem se veem compelidos a bater palmas para a ação policial enérgica, desde que justa e eficaz.*Historiador

11 comentários:

N67 disse...

Eu como estudioso da história e vc como historiador sabemos que um país passando por um momento de baderna como o Brasil e a América Latina, ensina a história que isso não tem um futuro de paz, harmonia e progresso. Se o próximo presidente for da oposição, terá que ter um pulso mto forte p/enfrentar esses ditos movimentos sociais, açulados pelo pt e outros partidos de esquerda.

Anônimo disse...

Ora, a legislação é branda e a Justiça é lenta e cara.
Cabe à esfera federal propor mudanças na legislação criminal. Boa parte dos deputados federais (RJ é o exemplo mais claro) tem algum tipo de relação com o crime.
Então, não ha interesse na questão.
O assunto é complexo, pena que na mída a área do direito domina o debate enquanto tem outras áreas do conhecimento, como a economia (teoria econômica do crime), que poderiam contribuir na busca de soluções.

J.C.Campao disse...

Todos os "cedidos "a esses órgãos e mais os que estão nos Presídios, cumprindo missões de Agentes Penitenciários. E que não são poucos.

Anônimo disse...

A vista panorâmica que o diga... Arno Edgar Kaplan

Anônimo disse...

Nada! nada com exeção a legítima defesa pode ter o condão de liberar a morte de pessoas, e com maior ênfase pela polícia que é ou deveria ser treinada para que isso naão aconteça. A polícia deve é entregar os criminosos aos tribunais que em nome da sociadade dicidam o que fazer, que certamente não será a pena de morte!

Anônimo disse...

Políbio,

O decálogo de Lenin está funcionando!
A população desarmada é "o cordeiro" a espera para ser "carneado" pela bandidagem.
Posse de arma para o cidadão correto é CRIME INAFIANÇÁVEL.
EU JÁ VIVI EM UMA PAÍS MELHOR.

Surfista Prateado disse...

E além disso, quando se prende algum vagabundo, eles em seguida são soltos. Deveriam ficar presos E trabalhar durante a pena.

Anônimo disse...

O Brasil está dominado por criminosos em todos os escalões. A criminalidade que provoca a morte violenta de 50.000 brasileiros todos os anos, não baixou um milímetro, apesar do blá, blá, blá das esquerdas de que a causa da criminalidade estava na má distribuição de renda, na exploração dos pobres pelos ricos e pelas empresas, e toda aquela "conversa para boi dormir", que nos mostra claramente o que estas ideologias tem para "contribuir" para a sociedade. Na esquina da Caldas Jr com a 7 de Setembro, foi pintado por algum pichador (ilegal, portanto) um dizer assim, "o lucro das empresas é a fome do povo", este cara, além de ilegal é burro, se escrevesse "o fim das empresas é a fome do povo" estaria indo de acordo com a realidade que nos cerca, mas para ele o que interessa é sua ideologia, burra e retrógrada que inveja quem se dá bem pelo trabalho, pelo estudo e pela competência pessoal, dentro de um espírito democrático no seu sentido literal, sem aberrações ideológicas associadas.
Combater a criminalidade é difícil, exige coragem e seu princípio básico está associado ao pensamento democrático que diz , "A liberdade de cada um termina onde começa a do outro". Enquanto não tivermos governantes que pensem e ajam para tal, continuaremos a ser este campo de batalha onde há mais mortes anuais do que na soma das mortes do Iraque mais as do Afeganistão, com governantes que veladamente são narcoprotetores e defensores das mais diversas correntes criminosas. O Brasil já está em um estágio de quase máfia, em todos os setores da sociedade, a começar pelo governo federal. 2.010 será o marco definitivo, será a opção entre a presente cleptocracia, irresponsável e demagógica ou um futuro democrático com uma luz no fim do túnel!

Anônimo disse...

Correção

No comentário onde mencionei há pouco o USS Virginia, percebi que usei termos errados, onde disse guerra armamentista, o correto é corrida armamentista!

Anônimo disse...

Parabéns ao articulista e historiador Sérgio da Costa Franco!!!



KIRK

Anônimo disse...

atento disse...
PERGUNTA AOS PETRALHAS:

Quantos milhões a mais esta Expointer faturou a mais do que a do "Olívio",líder dos petralhas quando "comandante em chefe",do governo do RS?

Porque os SEM TERRA que querem dar exemplo de produtividade não fazem uma EXPOINTER PETRALHA,do que "produzem" nois assentamentos, quem sabe vão "ensinar" como se faz?

Háháhá ,só se MOSTRAREM gado e animais,ROUBADOS,nos crimes de invasão de propriedade que fazem acobertados pelo governo federal, com nosso dinheiro.
A PRODUÇÃO DOS ASSENTAMENTOS É FANTASMA,NINGUÉM SABE , NINGUÉM VIU.

7 de Setembro de 2009 17:21

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