É esperto o deputado Paulo Azeredo, do PDT, ao anunciar a antecipação do depoimento da mulher Magda Koenigkan na Assembléia, agendado inicialmente para o dia 15, mas que agora poderá sair no dia 14. A idéia é estragar a festa do anúncio da duplicação da GM. Yeda tem sido alvejada sistematicamente por más notícias, sempre às vésperas de alguma conquista.
. Ninguém conseguiu entender até agora qual o tipo de mágica regimental que usará Azeredo para abrir espaço para Magda. É que não existem casos precedentes do gênero. Há três meses, por exemplo, a bancada inteira do PSDB tenta sem êxito agendar depoimento do ex-tesoureiro da DS na Comissão de Serviço Público. Paulo Salazar tem graves denúncias, com provas, sobre diárias frias e confisco de salários promovidos por dois deputados do PT.
. A vinda de Magda Koenigkan visa confirmar os termos da delação premiada feita ao MPF pelo lobista Lair Ferst. Ferst foi sócio de Magda no empreendimento que visava criar um site de notícias para a revista Srs&Sras, de Brasília, que só circula quando a publisher bem entende. O outro sócio no negócio foi Marcelo Cavalcante, assassinado no início deste ano em Brasília.
. Lair, Marcelo e Magda tiveram relações comerciais e de amizade bem íntimas. Os dois primeiros forjaram gravações para obter vantagem, que depois viraram delação premiada.
. Magda Koenigkan é ex-mulher do milionário empreiteiro brasiliense Marcos Koenigkan. Ela se juntou a Marcelo quatro meses antes do assassinato. Antes, viviam numa suntuosa casa de Brasília. Marcelo nunca teve dinheiro suficiente para bancar o alto padrão de vida de Magda e por isto fazia negócios pouco heterodoxos, inclusive lobby, usando as funções públicas que desempenhava.
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