Os médicos que tratam o câncer linfático da ministra Dilma Roussef tergiversaram quando foram inquiridos frente a frente pelos jornalistas, neste sábado a tarde, no Hospital Sirio Libanês:
1) quando não quiseram informar se o câncer encontrato, pelo menos o nódulo estirpado sob o braço esquerdo, é benigno ou maligno, embora se saiba que é maligno.
2) quando não quiseram ou não puderam dizer se ao final dos quatro meses de quimioterapia a paciente estaria definitivamente curada.
. Quando alguém foge da resposta é porque não quer dar a verdadeira pior resposta.
. As implicações da doença da ministra sobre o cenário sucessória são evidentes, por mais que todos os atores políticos respeitem o padecimento da ministra e se solidarizem com sua situação. Dilma Roussef é apontada como candidata do PT e de Lula, e embora esteja em quarto lugar nas pesquisas de intenções de votos, sua candidatura é consistente e se imagina que polarize com a candidatura do governador José Serra. O que foi dado ao conhecimento neste sábado em São Paulo, introduz no mínimo uma situação de incerteza nas hostes governistas e do PT, o que só poderá ser dissipada ou agravada dentro de quatro meses. Até lá, será inevitável que a base governista e o PT comecem a pensar em nomes que eventualmente possam substituir Dilma Roussef. Estão na lista o ministro mineiro Patrus Ananias e o governador Jaques Wagner, pelo menos. Tarso Genro, que como se sabe é candidato a qualquer cargo de importância, também está na batalha.
. Nem mesmo a oposição utilizará a doença de Dilma Roussef para abatê-la em pleno vôo, porque isto seria uma indignidade inaceitável. Aliás, este é um cenário típico de guerras instestinas, onde costuma prevalecer o chamado fogo amigo.
. A doença de Dilma Roussef debilita política e eleitoralmente a base aliada e o PT, porque é óbvio que o eleitorado será chamado a se decidir por quem tem melhores condições físicas e intelectuais para conduzir seus interesses. Isto sempre foi, é será assim em qualquer parte do mundo. A recente tragédia ocorrida com o presidente Tancredo Neves é o caso mais próximo sobre o assunto. Vale para as famílias, as sociedades, as empresas e os governos.
. Quem viver, verá.
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