Aparato de guerra prende de novo a perigosíssima dona da Daslu

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São Paulo
Dona da Daslu é presa outra vez

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'Não vejo sentido em estar presa'

A dona do butique de luxo Daslu, Eliana Tranchesi, foi presa na manhã desta quinta-feira, em sua casa, na zona sul de São Paulo, por ordem da 2º Vara da Justiça Federal de Guarulhos, na Grande São Paulo. Eliana foi levada para o Presídio Feminino do Carandiru, na zona norte de São Paulo, segundo a Polícia Federal (PF). A prisão está relacionada à Operação Narciso da Polícia Federal, que investiga crime de sonegação fiscal e contrabando, realizada em 2005.
A defesa da empresária deve entregar à Justiça nas próximas horas um laudo médico que aponta a gravidade do estado de saúde de Eliana, que faz tratamento de quimioterapia para combater um câncer no pulmão. O laudo deverá indicar que a empresária corre risco de vida caso não seja libertada imediatamente. Eliana submeteu-se a uma sessão de quimioterapia no último sábado o que, segundo seus advogados, a deixou muito fragilizada. A empresária ainda deve fazer novas sessões.
Segundo a PF, outras pessoas também seriam presas, mas o número exato de mandados de prisão não foi divulgado. As investigações sobre o suposto esquema de contrabando e de fraude fiscal envolvendo a Daslu começaram em outubro de 2004 com a apreensão de uma nota fiscal da Gucci que estava em um contêiner no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos. A nota mostrava a venda direta da grife italiana para a Daslu enquanto outra nota, a que foi apresentada à Receita Federal, dizia que a mercadoria havia sido exportada de Miami (Estados Unidos) para uma importadora no Brasil.
Escutas telefônicas demonstraram que acusados no caso estavam planejando a queima de documentos sobre a fraude. Isso motivou, em julho de 2005, a Operação Narciso. Na época, policiais federais revistaram a Daslu, apreenderam documentos e prenderam a proprietária da loja e seu irmão, além de dois outros acusados. Eles foram soltos pouco depois.
Habeas corpus - Os advogados da dona da Daslu devem entrar com pedido de habeas-corpus ainda nesta quinta-feira, segundo informações da criminalista Joyce Roysen. A defesa de Eliane Tranchesi ainda não teve acesso à decisão da 2ª Vara de Justiça Federal de Guarulhos, que determinou o mandado de prisão, para Eliane e outras sete pessoas. A nota da advogada: "Embora ainda não tenhamos tido acesso ao teor da sentença, consideramos absolutamente injusta e desprovida de racionalidade a condenação de Eliana Tranchesi". Ela também lamentou as "pressões" contra sua cliente

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