Governo Lula intervém no RS e veta proposta de pedágios que Yeda enviou para a Assembléia

O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, resolveu vetar a proposta que o governo do RS enviou para a Assembléia Legislativa prorrogando os contratos de concessões de estradas estaduais. O ministro liberou seu parecer poucos minutos da entrada no ar do último noticioso da tarde (19h) da Rádio Gaúcha e da RBS TV. A RBS atacou selvagemente a proposta de Yeda, aliando-se ao PT contra a prorrogação. O texto completo só foi enviado para a governadora tucana porque o representante do RS em Brasília, o jornalista Fernando Guedes, foi pessoalmente ao ministério, interrompeu a festinha de fim de ano e conseguiu o calhamaço para remeter ao Piratini. Naquele momento, os deputados Raul Pont e Henrique Fontana, além do ex-governador Olívio Dutra, que passaram o dia pressionando o governo Lula para atacar Yeda, já estavam comemorando a vitória.

. Este foi o ato politica e administrativamente mais inamistoso jamais tomado pelo governo federal desde que em 1961 a Junta Militar vetou a posse de João Goulart, levando o governador Leonel Brizola a reclamar pela obediência ao pacto federativo e à constituição, criando a Cadeia da Legalidade*.

. O ministro dos Transportes foi instrumentalizado pelo PT, sobretudo pelo líder do governo Lula na Câmara, deputado Henrique Fontana, com o objetivo de derrotar politica e administrativamente o atual governo tucano do RS. Há apenas sete anos, o governador Olívio Dutra, do PT, acertou um termo de ajustamento com as concessionárias, o TA1 (o ajuste de Yeda é o TA2), criando o pedágio nos dois sentidos, aumentando os valores, cortando investimentos e concordando em indenizar as empresas até o valor de R$ 1 bilhão, como decorrência das maldades que fez nos dois primeiros anos do seu governo.

. A governadora Yeda Crusius reuniu-se as 18h com seus principais secretários para ler o volumoso veto de 15 páginas, onde o governo Lula anuncia que vai retomar os mil quilômetros de estradas federais que entregou para o governo Lula a fim de viabilizar os pólos rodoviários.

. O documento pede a rescisão dos contratos com as concessionárias e garante que o governo federal bancará as obras previstas para as rodovias pedagiadas. Como se sabe, esta promessa é tão verdadeira quanto uma cédula de R$ 3,00, porque o governo federal não consegue sequer concluir a BR-101, não desenha sequer o projeto da Rodovia do Parque e engana os gaúchos o tempo todo com promessas que não cumpre na área rodoviária. Até o fechamento desta edição, o governo ainda não tinha decidido o que fazer, mas as propostas vão todas no sentido de partir para o enfrentamento com Brasília.

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