Dagoberto Lima Godoy é advogado e engenheiro, ex-presidente da Fiergs e ex-representante do Brasil na OIT.
O Nobel da Paz de 2025 não premiou apenas uma pessoa. Quando a filha de Maria Corina Machado subiu ao palco em Oslo para ler o discurso da mãe, quem ali falava era um povo inteiro tentando voltar a ter futuro. A narrativa que ela trouxe — “a história de um povo e sua longa marcha rumo à liberdade” — é, ao mesmo tempo, um retrato dramático da Venezuela e um aviso ao resto do mundo.
O discurso mostrou com clareza que o desastre venezuelano não nasceu de um dia para o outro. Foi sendo construído, passo a passo, por meio de decisões políticas que pareciam “toleráveis” no começo: inchamento e partidarização da máquina pública, intimidação ou suborno da imprensa, compra de apoio político com dinheiro público, subordinação das forças armadas, manipulação das regras eleitorais. Instalou-se o “terrorismo de Estado”, como a própria laureada descreveu, e qualquer dissidência passou a ser tratada como crime.
O resultado está diante do mundo: mais de 7 milhões de venezuelanos foram obrigados a deixar o país ...
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