Numa reportagem escrita a oito mãos - José Casado,Ramona Ordoñez, Bruno Rosa e Karla Mendes - o jornal O Globo deste domingo faz uma denúncia devastadora contra Lula, algo que poderá custar muito caro ao ex-presidente e o compromete em crime de lesa-pátria.
. A reportagem começa narrando dados das investigações do Ministério Público da Holanda sobre a corrupção produzida pela SBM na Petrobrás, mas depois envereda para o caso da P-57. Leia:
A primavera transforma Amsterdã
num festivo e multicolorido jardim de tulipas, mas naquela noite Peter van
Leusden estava mais atento ao tráfego na sua caixa postal eletrônica do que às
celebrações na cidade. Às 21h33m, o investigador do serviço de informações da
Receita holandesa recebeu o e-mail que aguardava, enviado por Jonathan Taylor,
um ex-executivo da SBM, fornecedora da Petrobras. Três semanas antes, a SBM
confessara à Receita e ao Ministério Público da Holanda ter repassado US$ 102,2
milhões ao seu representante no Rio, Julio Faerman, em pagamentos de propinas a
dirigentes da empresa estatal sobre contratos de navios e plataformas
marítimas.
O e-mail de Taylor era incisivo:
"Caro Peter, funcionários da Petrobras que estão claramente conectados a
Julio Faerman, predominantemente como aparentes fornecedores de informações que
não deveriam estar fornecendo a ele, e /ou indivíduos de influência dentro da
Petrobras (...)" Seguiu listando 13 nomes. Um dos citados foi Renato Duque,
ex-diretor de Engenharia e Serviços da estatal, que chegou a ser preso no mês
passado sob acusações de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência
com políticos do Partido dos Trabalhadores.
A lista ao lado lista uma dezena de nomes de funcionários da Petrobrás. Eles somam-se ao de Renato Duque, o diretor. O e-mail é de Jonathan Tayler, ex-SBM, ao investigador do MP da Holanda.
O e-mail é mais uma prova de que a Petrobrás está toda comprometida com a roubalheira.
A lista ao lado lista uma dezena de nomes de funcionários da Petrobrás. Eles somam-se ao de Renato Duque, o diretor. O e-mail é de Jonathan Tayler, ex-SBM, ao investigador do MP da Holanda.
O e-mail é mais uma prova de que a Petrobrás está toda comprometida com a roubalheira.
.Agora, o caso da P-57. Lula torra US$ 25 milhões
da Petrobrás para ajudar a eleger Dilma em 2010.
Na época (2010) o governo preparava a
candidatura de Dilma Roussef, então na chefia da Casa Civil, para disputar
sucessão presidencial de 2010. Desfrutando de popularidade recorde, numa
conjuntura de inflação baixa (4,3%) e crescimento acelerado (7,5%), Lula
planejava capitalizar o impulso da Petrobras na exploração do pré-sal. Acionado, José Sérgio Gabrielli,
presidente da estatal que frequentava a propaganda televisiva do PT com estrela
vermelha na lapela do paletó, formatou um calendário de eventos para o ano
seguinte. Escolheu o período entre o primeiro e o segundo turnos eleitorais
para o “batismo” do navio-plataforma P-57. Tudo legitimável como parte da
comemoração dos 57 anos da Petrobras. Só havia um problema: faltava combinar
com a SBM a entrega antecipada da plataforma.
. Naquele outubro de 2009,
enquanto Gabrielli e a bancada do PT se ocupavam no desmonte de uma CPI no
Congresso, Duque e Barusco formalizaram o pedido a Faerman. A Petrobras queria
a P-57 no outubro seguinte, “de forma a possibilitar o início da produção em
2010" — justificou-se. Faerman não demorou com a
resposta da SBM: possível era, mas a custos extras. Começou o balé da
negociação com os funcionários Mario Nigri Klein, Ricardo Amador Serro, Antonio
Francisco Fernandes Filho e Carlos José do Nascimento Travassos. Terminou em
abril de 2010, seis meses antes do prazo de entrega, quando o diretor Renato
Duque aprovou o gasto extraordinário, sob recomendação de José Antônio de
Figueiredo e Barusco.
. Como previsto, Lula comandou o
“batismo” da P-57 em Angra dos Reis na quinta-feira 7 de outubro de 2010.
Talvez não soubesse, mas esse evento no calendário eleitoral custou à Petrobras
US$ 25 milhões extras no orçamento.
. Nessa época, a Petrobras estava
sob pressão do Tribunal de Contas da União que insistia em fiscalizar os gastos
com plataformas marítimas. O TCU via urgência em casos como o da P-57, cuja
aquisição acontecera sem que a estatal tivesse “ao menos, uma ideia ou conceito
acerca do objeto (do contrato) ou seu valor". Para o tribunal, a direção
da estatal comprou uma plataforma marítima no valor de US$ 1,2 bilhão sem ter
sequer “um projeto básico ou orçamento detalhado”.
CLIQUE AQUI para ler toda a reportagem,inclusive documentos.
6 comentários:
Cada enxadada uma nova minhoca.
então nós pagamos o populismo barato desse intragável?
Com a operação Lava Jato fica cada vez mais claro de onde saiu tanto dinheiro para pagar as multas dos mensaleiros condenados, com tanta rapidez.
Caro Jornalista Políbio Braga: Não tenha tanta certeza que o Judiciário considere essa denúncia "devastadora" para o biltre! Aparelhado do jeito que está, é provável que a Justiça considere mais esse crime do "Demônio de Garanhuns", um simples deslize, coisa de somenos importância, que nem vale a pena abrir processo!!!
É claro que, fosse com outra pessoa, e não Lula, certamente nosso glorioso Judiciário pensaria na hipótese da aplicar a "pena máxima" no meliante!!!
Começo a acreditar naquela história de que esse ESCROQUE se submeteu a um ritual de magia negra lá em África, ainda antes de assumir a presidência, onde passaram teflon no safado, de sorte que nada do mal que fizer gruda nele!!! Dizem que o preço foi alto! tipo assim... a alma!!! Vai saber!!!
A foto representa bem a coisa feia que estamos vivendo. A Petrobrás agoniza nas garras do pete.
A pergunta que não quer calar:
Cadê o STF, TSE, STJ, OAB, CREA e as insituições do Brasil?
Servem ao país, a sociedade ou a essas máfias?
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