Indústria é o gargalo - Embora, na virada de setembro para outubro, a indústria tenha
sido a que mais contratou mão de obra com a oferta de 75 mil vagas e um
crescimento de 2,5%, sobre outubro de 2011, o setor encolheu o número de vagas
em 0,8% com a eliminação de 24 mil postos de trabalho. E é essa área do setor
produtivo que pode vir, segundo Clemente Ganz Lúcio, a impulsionar a economia,
no próximo ano.
"Há uma
sinalização de retomada do emprego na indústria", ressaltou o economista.
Ele observou que, embora este segmento econômico tenha sido mais afetado pela
queda na demanda internacional, houve a compensação dos benefícios concedidos
pelo governo federal como, por exemplo, a medida de desoneração da folha de
pagamento, oferta de linhas de crédito por meio do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) entre outros estímulos.Esse quadro
permitiu "uma certa dinâmica da economia", com manutenção da taxa de
desemprego mais baixa e com ganhos salariais acima da inflação. No entanto,
segundo Clemente, muitas empresas colocaram os investimentos "na
geladeira". Com base em projeções dos analistas, ele disse que a taxa de
investimento neste ano ficou entre 18 e 19% e deveria alcançar algo em torno de
25% para que a economia crescesse entre 4 a 5%.
- O desempenho da economia no ano que vem
vai depender da reação externa, do quanto a Europa será capaz de contornar a
crise no bloco do euro; da capacidade da China em aumentar as importações e do
reaquecimento nos Estados Unidos."O Brasil não vai se sustentar para um
crescimento tão grande se for depender apenas do mercado interno", disse
ele, pontuando que "emprego e renda são fundamentais para o
crescimento". O economista salientou que, em alguns segmentos,
"tivemos uma situação de pleno emprego", caso da construção civil.
Porém, advertiu a necessidade de o país corrigir o problema da falta de
profissionais especializados.Um dos obstáculos a serem vencido para melhorar a
competitividade em nível mundial, segundo ele, é a redução da diferença de
custo da mão de obra. De acordo com Ganz Lúcio, a hora trabalhada nas empresas
b
Nenhum comentário:
Postar um comentário