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Mariana Bittencourt
No dia 7 de outubro, os eleitores de 296 municípios serão identificados por meio das impressões digitais antes de votar para prefeito e vereador, em um sistema que busca combater fraudes. Nos últimos dois anos, as cidades que se preparavam para a votação biométrica precisaram chamar todos os seus eleitores para um recadastramento mais rigoroso do que o comum, já que envolve a coleta das digitais. O resultado: nesses municípios, existem 509 mil eleitores a menos cadastrados na Justiça Eleitoral em 2012 do que havia em 2010 - quando 60 cidades tiveram votação biométrica.
. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não aponta razões específicas para essa queda no número de eleitores registrados. Em julho de 2010, esses municípios tinham, ao todo, mais de 8,1 milhões de pessoas cadastradas para votar; no mesmo mês deste ano, quando fecharam os cadastros nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), havia 7,6 milhões. Segundo a Justiça, várias questões podem ter influência - desde mortes de eleitores que não foram notificadas pelos cartórios civis até pessoas que se mudaram e não transferiram o domicílio eleitoral. "Quando nós tivermos todo o País biometrizado, teremos condições de informar com maior segurança esses números e essas divergências, para saber se isso decorre ou não de fraude", disse o secretário geral do TSE, o juiz Carlos Henrique Braga.
. Porém, mesmo que os dados parciais não permitam concluir que houve uma diminuição em cadastros falsos de eleitores, é certo que os municípios que terão urnas biométricas impedirão muitas pessoas de votar com documentos falsificados. Além disso, o sistema é unificado e não permite que o mesmo eleitor vote em duas cidades. "Se você se cadastrou, por exemplo, em Canoas (RS), e depois, com os mesmos documentos, foi a Porto Alegre, (...) o sistema vai identificar que você já está registrada. Não existe a possibilidade de um eleitor se apresentar em dois ou mais locais porque, além do documento, ele tem que oferecer as impressões digitais", afirmou Braga.
. O TSE não dispõe de dados indicativos do número de pessoas que fraudam documentos para votar, segundo o secretário-geral do TSE. "Eu mesmo, como juiz criminal, já peguei muitos casos de identidade falsa. Tem uma indústria de identidades falsas", disse. Independentemente do tamanho da fraude eleitoral no Brasil, Braga aposta que o sistema biométrico coibirá os votos ilegais. "É possível que nós diminuamos (o número de fraudes), mas quantificar isso - 20%, 50% -, seria difícil. Mas o número seria expressivo", afirmou.
- O TSE planeja que, até 2018, o sistema de identificação biométrica esteja implantado em todo o País, mas o avanço depende também do interesse dos Estados. "Temos Estados da Federação que, através dos Tribunais Regionais Eleitorais, também informaram interesse em participar desse processo. Temos o caso, por exemplo, de Pernambuco, que pediu para ser incluído", disse o secretário geral do TSE. Neste ano, os Estados de Alagoas e Sergipe terão votação biométrica em todos os municípios. No pleito de 2014, o TSE projeta que os eleitores de todo o Distrito Federal serão identificados pelas impressões digitais para votar.
4 comentários:
e as malditas urnas eletrônicas?
quando irão investigar essas estrovengas e levar a serio os testes que demostram a vulnerabilidade do sistema?
Eia aí a prova de que o peremptório não teve aquela votação toda...
As urnas eletrônicas não são o maior problema. O maior problema é o que pode ser feito com as informações depois de baixadas aos computadores que fazem os "cálculos" e "computações" dos votos, estes só podem ser auditados em tempo real por técnicos externos e isentos, de ilibada carreira e competência tanto técnica quanto moral e que estejam monitorando on line todas as informações processadas e assim verificar ao vivo a veracidade do que está sendo feito. Temos raposas cuidando do galinheiro, enquanto não houver caçadores, não sobrará nenhuma galinha viva! Brasília e suas ramificações viraram num bando de vorazes e amorais raposas que só conhecem a linguagem da força, pois não respeitam ninguém, basta ver o que dizem seus exemplares que infectam este blog.
Aí tem coisa - DIZEMMMMM que o controle da urnas eletrônicas é feito pela ABIN. A ABIN está ligada ao poder executivo, mais precisamente a Presidência da República. Como a ABIN não mostra serviço, só viaja, gasta muito com cartões corporativos e informações de nada adiantam, pois o que se vê em Brasília é sempre o mesmo. No passado, mais ou menos uns 4 anos, a ABIN tentou se unir a PF, mas não consegui pela inutilidade, isso poderia, talvez, denegrir a imagem da PF. Agora fica a pergunta: todo esse povo está ou não a serviço próprio? Quem acredita nas urnas? Não há como conferir, falta registro e credibilidade.
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