Aqui está a prova de que não é preciso estatal (EGR) para admininistrar os pedágios comunitários

Os números levantados pelo editor sobre os quatro pólos comunitários de pedágio parecem dar razão ao PDT e ao deputado Alexandre Postal, quando avisam que a proposta de criação de uma nova estatal, a EGR, a Empresa Gaúcha de Rodovias, não passa mesmo de uma grande bobagem.

. Na verdade, um desperdício de dinheiro público.

. E um antro de empreguismo partidário.

. O Daer já faz isto – e faz bem. Se a EGR sair, o Daer ficará por trás da estatal, tocando o dever de casa, porque tem expertise na área.

. O governo atual não disponibilizou os dados do ano passado e nem os deste ano, mas examinando-se uma série histórica que começa em 2004, percebe-se que os quatro pedágios mantêm uma trajetória de crescimento regular na arrecadação e nas despesas operacionais, mas demontram discrepâncias em relação aos investimentos nas estradas, sempre aquém do que permitiriam seus próprios recursos, o que significa que o governo tem metido a mão em sobras importantes.

. Isto dificilmente mudou em 2011 e 2012, embora o novo governo do PT prossiga sonegando os dados.

. No total, em 2010, a arrecadação com os pólos de Campo Bom, Portão e Coxilha, chegou a R$ 40,1 milhões. Deste total, R$ 6,6 milhões foram para gastos operacionais e R$ 25,3 milhões para investimentos.

. 2010 foi um ano de eleições e até por isto os investimentos foram mais altos, mas assim mesmo sobrou dinheiro.

. Num período de sete anos, o governo meteu a mão em R$ 67 milhões. Este dinheiro poderia ter todo ele investido nas próprias estradas pedagiadas, mas não foi e ninguém explicou onde foi parar.

. Se é para expurgar as empresas privadas da área de concessões de estradas, mais vale a pena transformar todas as estradas pedagiadas em pedágios comunitários, porém com regras mais definidas sobre arrecadação, operações e investimentos. O modelo atual de pedágios comunitários, criado no governo do PDT, é muito bom e funciona, embora tenha que ser ajustado, até para impedir que os recursos sejam vampirizados pelo Tesouro.

2 comentários:

Anônimo disse...

Caro Polibio, só para lembrar tem outro tipo de arrecadação que é o VALE PEDÁGIO, ou seja, cobrança antecipada do pedágio dos caminhoneiros quando estão na estrada que necessariamente deverá ser analisada a sua aplicação na melhoria das estradas gaúchas, pois a Secretaria de Infra-Estrutura possui convenio com o Governo Federal através da ANTT e para onde esses recursos estão indo?

Anônimo disse...

Concordo que a nova estatal é mais um absurdo desse governador ridículo.
Agora, dizer que o Daer é o canal é não conhecer a autarquia.
Daer, teu nome é nepotismo e ineficiência!!!

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