Yeda derruba 2/3 do demagógico piso básico para os professores

Só no começo da noite desta quarta-feira o Supremo Tribunal Federal acolheu a maior parte da ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) ajuizada por seis governadores, liderados por Yeda Crusius, do RS, contra ato do governo federal que estabeleceu o piso salarial de R$ 950,00 para os professores dos Estados e municípios.

. O governo federal adora fazer favor com os chapéus dos outros. Neste recente caso dos R$ 8 bi de IPI e IR sobre os quais abriu mão para ajudar as ricas fábricas de automóveis, 40% pertencem na verdade aos Estados, que vão deixar de receber est e retorno. Sobre contribuições como Cofins e PIS, que não garantem retorno aos Estados, o governo Lula nada falou e nem vai falar, porque não quer perder arrecadação.

. Os governos não são contra o piso, mas na Adin reclamaram de duas espertezas enfiadas no projeto de Lula: 1) piso salarial aberto para servir de base para a aposição de dezenas de penduricalhos, comuns no serviço público (os servidores, espertamente, conseguiram uma série de vantagens, como triênios, quinquênios, aposentadorias precoces e outras quinquilharias caras, que calculam em cima do piso. 2) 1/3 da jornada de 40 horas semanais (4 a menos do que qualquer trabalhador comum que ganha salário mínimo como total da remuneração, se aposenta aos 35 anos e não recebe aposentadoria integral, ao contrário dos professores) para preparar as aulas, o que exigiria, apenas no caso do RS, a contratração de mais 27 mil professores, apenas para suprir o furo.

. Foram estas duas malandragens que o STF derrubou, embora mantivesse o piso, vantagem que não era contestada. Aliás, no RS, nem um só professor de 40 horas recebe menos de R$ 950,00 por mês como remuneração total, somando piso e penduricalhos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Bizarro é ver o voto de um "magistrado", o tal Joaquim, o nível de indigência mental... "Não posso conceber que os governadores sejam contra a melhoria do ensino". Ora, se o simples aumento do salário nos transformará nos EUA, então usando a mesma lógica de araque, sugiro que elevemos para 5 mil o piso, afinal, por que R$ 950? Vamos pagar logo 5, 10 mil, e aí nos tornaremos os líderes mundiais... Propondo só R$ 950, ou mesmo R$ 100.000,00 qualquer um pode dizer que está se indo contra o ensino, porque se pagar mais, o ensino melhora ainda mais... E pensar que esta figura decide muitos outros casos importantes, praticamente vida e morte das pessoas...

https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/