Só agora a secretaria gaúcha da Fazenda fechou os números da arrecadação do ICMS de novembro. Os dados desta nota foram apurados em primeira mão por esta página nesta sexta-feira.
. O valor foi a R$ 1,34 bilhão, sem descontar os 25% que vão para os municípios.
. A novidade é que apesar do crescimento (nominal) espantoso de 16% sobre os 1,17 bilhão do mesmo mês do ano passado, não se confirmaram os números iniciais que previam avanço de 26,3%.
. São os primeiros desdobramentos da crise global sobre a economia do RS.
. É só o começo.
- No ano, o crescimento da receita é de 23,5%, acumulando R$ 12,3 bilhões, mas dezembro puxará o aumento para baixo.
- Nem com banda de música o governo gaúcho admitirá mudar as datas de recolhimento do ICMS.
. O governo acha que no RS nem há razão para pensar em algo semelhante.
1) Com números robustos sobre o crescimento das vendas este ano (11% no Estado e 7% em Porto Alegre), nem se sabe o que inspirou a proposta feita pela Fecomércio.
2) Os números fecharão bem nos setores industrial (mais 5%) e serviços (4%), mas muito mal no setor agropecuário (menos 6%), segundo projeções do editor. Os dados mais recentes sobre produção industrial do RS, no mês de outubro, foram de menos 5,5%. Os números do IDI (Índice de Desempenho Industrial) da Fiergs foram melhores, mas representam uma amostra imperfeita.
Um comentário:
Prezado Polibio
O setor agrícola começa a sentir o efeito desta crise. As multinacionais de defensivos agrícolas, suspenderam todas as contratações temporárias (trainee) para safra da soja, até cargos efetivos já estão iniciando as demissões, e não estão prevendo investimentos para a safra. Perdigão de Marau já suspendeu a produção de pintos no incubatório, ou seja redução da produção de frangos nos aviários. Começou o reflexo da falta de crédito na praça, agricultor que financiar pivô para irrigação (com água e energia garantida) mas não consegue financiar. As lavouras do Oeste do PR com 4 semanas sem chuva, milho perdas acima de 50% e soja já começa apresentar perdas, estima-se em 25%. Será um 2009 de aflição e instabilidade geral nas empresas.
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