Clipping/ 16/11/2008
Jornal NYTimes/ por Alexei Barrionuevo, Buenos Aires
Jornal NYTimes/ por Alexei Barrionuevo, Buenos Aires
Ao longo das ruas de paralelepípedo do bairro de Palermo, a meca dos restaurantes mais chiques da cidade, as mesinhas do lado de fora continuam cheias quase todas as noites e o vinho tinto flui livremente. Sinais da crise financeira global não são sempre tão óbvios num país condicionado a viver o momento por causa dos traumas econômicos passados.
. Mas mesmo aqui em Palermo, onde os turistas e argentinos abastados vêm jogar, Manoj Menghani, dono de dois restaurantes indianos, está silenciosamente se preparando para o pior.
. A um mês do verão na América do Sul, Menghani está entre um número crescente de argentinos que estão estocando dólares em meio a temores de que as políticas econômicas de seu governo tenham os condenado a outra crise financeira.
. Uma queda drástica no preço das commodities e a redução no crédito global estão afetando boa parte da América Latina. Mas a Argentina amplamente considerada entre os países da América do Sul mais vulneráveis à recessão ou outros choques por causa da forma como seu governo conduz a economia.
. O país guardou bem menos do que os vizinhos Chile e Brasil durante o último aumento dos preços das commodities, e o governo peronista da presidente Cristina Fernandez de Kirchner perdeu a credibilidade nos mercados internacionais por causa de sua política populista, falta de disciplina financeira e dados questionáveis do governo sobre a economia.
. Os argentinos estão retirando dinheiro do sistema bancário do país numa velocidade que alarmou alguns economias, alimentando os temores de expectativa de outra falha no débito internacional que poderia levar a expansão econômica dos últimos sete anos da Argentina a uma parada brusca.
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