Numa conversa com o editor, nesta quarta-feira, o presidente do Sinduscon do Rio Grande do Sul, Carlos Aita, voltou a insistir que o setor não quer o governo como sócio, mas defende ajuda do governo e dos bancos oficiais para garantir a irrigação de dinheiro em quantidade e valores competitivos. “Foi o que dissemos para a ministra Dilma Roussef na semana passada”, avisou Carlos Aita. Só isto garantirá bons números em 2009.
. Nesta quarta-feira, o governo autorizou a Caixa Federal a abrir uma linha de crédito nova, de R$ 3 bilhões, exclusiva para capital de giro. A Caixa não falou em juros, mas a indústria só aceita TR mais 9% ao ano.
. O dinheiro para giro também poderá ser usado para a compra de recebíveis (papéis relativos a vendas a prazo), aquisição de empresas ou apenas de empreendimentos em execução.
. O presidente do Sinduscon acha que o dinheiro é modesto, mas evita uma paralisação imediata neste ano. “Ainda prevemos crescer 9% este ano, uma taxa chinesa”, explicou Carlos Aita ao editor. O setor vem crescendo a mil desde o segundo semestre do ano passado. Só este ano, gerou 300 mil novos empregos, agora ameaçados pela crise global.
. A idéia do Sinduscon RS era de que o dinheiro fosse liberado pelo BNDES e não pela Caixa.
- A MP 433 que trata de autorizações para que o Banco do Brasil e CaixaEconômica comprem participações em bancos e em qualquer empresa em dificuldade, assunto sobre o qual falou Carlos Aita pouco acima, não específica nem porque (razões da decisão), nem prazo. Ou seja, pelo resto da vida e sob qualquer pretexto o BB e a CEF poderão se associar em qualquer proporção a quaisquer bancos ou empresas. Seria uma porta aberta para estatizar no futuro o sistema bancário, por exemplo. Diante da oposição generalizada, o governo aceitou limitar o prazo, detalhar melhor os casos e prestar contas ao Congresso. De qualquer modo, como disse ontem a esta página o economista Marcelo Portugal, a 443 tem mais maluquice do que necessidade. Seria até melhor que fosse retirada.
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