Quem pode protestar contra o espancamento do jornalista da Folha ?

É de se perguntar onde estavam o Sindicato dos Jornalistas de Porto Alegre e o deputado Adão Villaverde, quando os governos do PT no Piratini e no Paço Municipal censuraram, processaram, tiraram o emprego e perseguiram dezenas de jornalistas em todo o Rio Grande do Sul ( o livro Vanguarda do Atraso trata apenas disto), a tal ponto que o Movimento de Justiça e Direitos Humanos reuniu todos os perseguidos no auditório da OAB no dia 10 de dezembro de 2000, para desagravá-los, entregando para cada um deles uma pomba de acrílico produzida pelo artista plástico uruguaio Mario Cladera.

. A verdade é que o Sindicato dos Jornalistas e o deputado Villaverde compactuaram com as perseguições aos jornalistas do RS.

. Isto tudo tem a ver com a “indignação” manifestada agora por um e outro no caso do jornalista Graciliano Rocha, da Folha de São Paulo, que apanhou no comitê central do comitê do prefeito José Fogaça. No caso, o comando da campanha de José Fogaça fez o que tinha que fazer, que foi pedir desculpas ao jornalista e ao jornal. A tarefa de identificar o agressor e puni-lo é da polícia e da justiça. Nem o Sindicato e sequer o sr. Villaverde podem pretender justiçamento pelas próprias mãos,embora lhes agradasse fazer isto.

. Só quem tem legitimidade para protestar são os brasileiros e gaúchos que sempre defenderam a liberdade de imprensa – as liberdades públicas – durante a ditadura militar e no atual estado democrático de direito. O editor desta página é um deles, atacado durante a ditadura militar e pelos governos gaúchos do PT no decorrer do atual estado democrático de direito.

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