Produtores gaúchos de vinho vão protestar na fronteira do Brasil

O Movimento em Defesa da Uva e dos Vinhos do Brasil realiza, no próximo dia 15, uma nova manifestação pública visando sensibilizar o governo federal para a necessidade de medidas emergenciais que possam ajudar o setor vitivinícola a enfrentar a crise que ameaça a absorção da safra de 2009.

. O protesto ocorrerá em Santana do Livramento, na fronteira do Brasil com o Uruguai. Empenhados em manter firme a mobilização em defesa da vitivinicultura nacional, sindicatos de trabalhadores rurais e cooperativas da Serra Gaúcha já confirmaram a presença de mais de 15 ônibus na próxima manifestação. "Estamos em um momento propício para buscar o atendimento de nossas reivindicações e precisamos estar unidos e firmes para lutar por mudanças", diz o presidente da Comissão Interestadual da Uva, Olir Schiavenin.

. O ato público na fronteira tem como finalidade principal a intensificação das ações visando combater o descaminho (contrabando) de vinhos e será realizado junto ao posto da Polícia Rodoviária Federal em Livramento. De acordo com os representantes da cadeia produtiva da uva e do vinho embora algumas medidas oficiais já estejam sendo tomadas, elas ainda não atendem a maioria das reivindicações feitas pelo setor. Entre os principais pleitos do setor vitivinícola estão: a redução dos impostos incidentes sobre os vinhos e espumantes brasileiros e o aumento no controle das importações, hoje facilitado pela taxa cambial e por acordos internacionais que beneficiam os produtos estrangeiros. Além disso, engrossam a lista de reivindicações do movimento, itens como a redução de 25% dos estoques de vinho através de instrumentos de controle e a formação de estoques reguladores que possam garantir a colocação total da próxima safra de uvas, entre outros.

Nota do editor - Nos free shops de Rivera, cidade-gêmea de Livramento, vinhos chilenos e argentinos são vendidos a menos de US$ 3. Milhares de brasileiros lotam Livramento e Rivera durante todos os dias da semana, sobretudo fins de semana, porque não estão baratos apenas os vinhos estrangeiros.

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