Demagogia e populismo barato cerca debate sobre novo salário da governadora

A bancada do PT na Assembléia do RS avisou nesta quarta-feira que votará contra a proposta de aumento dos salários da governadora Yeda Crusius e dos seus secretários por que não foi ele, o PT, quem propôs o reajuste.

. Não dá para fazer outra leitura a não ser esta, pelo menos a partir da análise do trecho a seguir distribuído via release pela assessoria do deputado Raul Pont:

"O petista afirmou, ainda, que a base aliada perdeu a oportunidade de atualizar os vencimentos da governadora e dos secretários quando rejeitou a Proposta de Emenda Constitucional, de autoria do deputado Daniel Bordingnon, que instituía o teto salarial diferenciado para os três Poderes. A aprovação da matéria tornaria necessário o reajuste do salário da governadora, que passaria a ser o teto do Poder Executivo. "O teto diferenciado seria um passo importante para corrigir as distorções da matriz salarial do funcionalismo e criar as condições para a adoção de uma política salarial para recuperar, especialmente, os salários mais baixos. A base aliada disperdiçou esta chance e, agora, apresenta uma alternativa que só aprofunda as desigualdades existentes", apontou."

. Ora, o que o PT queria era promover um reajuste oblíquo, às escondidas, porque o reajuste ocorreria como desdobramento da nova política de "teto diferenciado".

. Isto quer dizer que aumento de vencimentos claro, direto, sem conversa mole, nem pensar. Isto quer dizer que no caso da proposta do PT, o reajuste não agrediria "os servidores que não conseguiram aumentos", o que também nao é verdade, como já provou esta página inúmeras vezes.

. Não existe uma só razão que justifique que um deputado estadual, inclusive o deputado Raul Pont, ou um só desembargador, conselheiro do Tribunal de Contas ou procurador do Ministério Público Estadual, percebm, como percebem, vencimentos duas vezes superiores aos de um governador ou secretário de Estado no RS.

. Alegar falta de oportunidade e insensibilidade é fazer demagogia barata e populismo de quinta categoria, porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. O caso do funcionalismo, como provaram os deputados na Assembléia e os membros dos demais Poderes nos seus Poderes, é outra coisa.

. A proposta apresentada pelo presidente da Assembléia Legislativa, Alceu Moreira (PMDB), eleva o salário do chefe do Executivo de R$ 7,1 mil para R$ 17,3 mil. Já os vencimentos do vice-governador e dos secretários passam de R$ 6,1 mil para R$ 11,5 mil.

Um comentário:

Anônimo disse...

O fato de os salários do funcionalismo estarem defasados não justifica manter os salários dos secretários e do governador em níveis inaceitáveis, representando um terço dos salários do presidente do Tribunal de Justiça.

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