Este artigo é do "Observatório para um Brasil Soberano"
A política brasileira vive de gestos. Alguns simbólicos, outros teatrais. Mas, em certos momentos, eles se tornam taticamente eficazes. Foi o que se viu na última semana, quando a oposição utilizou os instrumentos regimentais para travar os trabalhos legislativos — na Câmara e no Senado — até obter um compromisso explícito da presidência da Casa: a promessa da pauta da anistia aos investigados do 8 de Janeiro.
Não se trata de idealizar o Congresso ou transformar parlamentares em referência de ação cívica. Política é correlação de forças, e parlamentares se movem quando há custo por inércia. Ainda assim, o episódio serve como alerta: quando a oposição atua de forma coordenada, com propósito definido e capacidade real de sustentar a obstrução, ela deixa de ser decorativa e passa a interferir no fluxo institucional. E quando interfere, obriga o sistema a recalcular. Foi exatamente o que aconteceu.
O compromisso pela anistia não voltou à pauta por princípio.
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