Covardia e corporativismo da Assembleia impõem perdas bilionárias ao governo do RS

Sem "cojones" para sequer aprovar a regulamentação do plebiscito, quanto mais a própria venda de estatais, a Assembléia do RS impõe ao governo Sartori a necessidade de usar de extrema criatividade para desvencilhar-se de ativos, fazer caixa e oferecer estatais como garantia de cumprimento do acordo de adesão ao Plano de Recuperação Fiscal dos Estados.

Mas isto significa perda de muito dinheiro para o governo, diferença que pode ser debitada na conta da maioria dos deputados estaduais que não querem aprovar qualquer tipo de ajuste fiscal, por menor que seja, privilegiando somente a gastança.

O editor lista dois casos de contorcionismo de Sartori:

1) EGR - A estatal foi incluída como contrapartida no acordo com a União. O governo quer licitar cada uma das concessões e não a empresa como todo, o que elimina a necessidade de plebiscito.

2) Banrisul - O Estado é dono de 99,6% das ações ordinárias e 14% das preferenciais – e anunciou que deve ficar com 50,1% e 7% desses papéis, respectivamente. Tomando o preço das PNs como parâmetro, o Rio Grande do Sul deve arrecadar cerca de R$ 2 bilhões com a operação. Ontem, a ação  derreteu mais de 10% com a notícia, com um giro de mais de dez vezes a média diária. Caso optasse pela privatização, essa fatia poderia valer mais que o dobro. Ao deixar completamente o banco, o Estado colocaria R$ 8 bilhões no bolso.

Nos demais casos de ajustes fiscais, a Assembléia ainda poderá ajudar o governo, mas terá que sair de cima do muro.oe