Das dez principais doadoras a políticos, cinco são
empreiteiras. CLIQUE AQUI para examinar a lista e os números.
Por que as empresas doam para campanhas? O que elas
querem ganhar com isso? E qual o impacto dessas doações para a sanidade da
nossa democracia? Tentando responder a essas e outras perguntas, o
pesquisador brasileiro Gustavo Maultasch, da Universidade de Harvard, criou o
Política Aberta, site desenvolvido com o objetivo de tornar o debate sobre o
financiamento de campanhas políticas mais acessível. Com a ferramenta, o eleitor consegue ver quais empresas
doaram para qual candidato ou partido e quanto de dinheiro foi repassado.
Segundo o site, R$ 1.867.590.018,37 foi doado por pessoas jurídicas para as
campanhas de políticos em 2012. Ao todo, foram 55.744 doadores e 135.963 empresas
contratadas. Apesar disso, há muitas empresas que doaram e não foram
contempladas com nenhum contrato. Para o criador do Política Aberta, há muitas
explicações possíveis para isso.
— As empresas podem ter recebido contratos em outros
anos, ainda não incluídos nesta versão do site. Elas podem ter recebido outros
tipos de benefícios, como financiamentos do BNDES e, ainda, elas podem ter
usado vários CNPJs para receber contratos mas apenas um CNPJ para fazer a
doação, o que gera número maior de contratadas que de doadoras.
. Quem mais contribuiu com o montante acumulado foi a
Construtora Andrade Gutierrez, que doou R$ 81.165.800. Como contrapartida, a
empresa foi contemplada com contratos assinados com o poder público que
atingiram o valor de R$ 99.228.136,19 em 2012.
. Para Maultasch, isso não significa que exista um
“toma-lá-dá-cá” entre empresas e políticos, mas deixa claro o interesse das
empresas em conseguir contratos ou mesmo votações de matérias que sejam de seu
interesse.
— O objetivo do financiamento é ter acesso a mandatários,
a pessoas com poder de decisão na administração pública. Dito isso, quanto mais
partidos forem apoiados, maior a chance de que a empresa terá acesso ao poder
político posteriormente; a busca por um interesse privado está presente.
. Entre os dez maiores doadores listados pelo site, cinco
são empreiteiras. Completam a lista um banco, um frigorífico, uma empresa de
fertilizantes, uma distribuidora e uma indústria. Os partidos que mais
receberam recursos foram, pela ordem, PT, PSDB e PMDB.
. Não por acaso, são os partidos que comandam o governo
federal, os principais Estados e a maior quantidade de municípios,
respectivamente.
4 comentários:
domingo, 26 de janeiro de 2014
O Fantasma da Fraude Eleitoral
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
O espectro da fraude eleitoral ronda as moderníssimas eleições brasileiras. A frase de defeito seria perfeita para Carlinhos Petralha e Frederico Banqueiro iniciarem a redação do Manifesto Capimunista = uma obra sobre o sistema político e econômico tupiniquim. O incompleto modelo eletrônico de votação, sem possibilidade de auditoria impressa do voto, é a única coisa que pode garantir 101% de chances a favor da reeleição da Presidenta Dilma Rousseff.
Dois motivos colocam nosso modelo eleitoral na vanguarda do atraso democrático. Primeiro, o absurdo voto obrigatório – negação da liberdade individual. Uma massa de ignorantes, manipulável por pressão política, econômica ou pelo desconhecimento sobre o mundo real, é compulsoriamente obrigada a dar uma dedada mágica na urna eletrônica. O ato de pseudocidadania garante emprego bem remunerado aos políticos, por quatro anos (no caso de vereadores, deputados, prefeitos, governadores e o presidente da república) ou oito anos (no caso dos senadores).
O segundo motivo é o sistema eletrônico de votação com resultado final incontestável. Pior que isto é o rótulo dogmático de “100% seguro” imposto pela Justiça Eleitoral. É muito inocência acreditar, piamente, nesta infalibilidade ou confiabilidade total do sistema. Principalmente no País do Mensalão, onde as instituições republicanas funcionam conforme os piores vícios corruptos de uma monarquia absolutista. O governo do crime organizado transforma nossas eleições em um passeio cívico pelo cassino do Al Capone.
Só um político de expressão – justiça histórica lhe seja feita – criticava tal processo. O falecido Leonel de Moura Brizola denunciava uma armação perfeita. Pesquisas de opinião, com resultados duvidosos, indicando a vitória de quem lhe financiasse, ajudavam a abrir caminho para a fraude. Tanto induzindo o eleitor mais ignorante a “votar com o vencedor”. Quanto preparando o terreno psicossocial para a manipulação final do resultado eleitoral. O resultado da pesquisa casaria direitinho com o da votação – o que impediria a contestação do número final.
Esforços hercúleos de defensores da transparência e segurança total do processo eleitoral conseguiram emplacar a chance legal de o voto ser recontado parcialmente. O artigo 5º da Lei 12.034, de setembro de 2009, previa a exigência de impressão dos votos, para posterior conferência, por amostragem, de 2% das urnas de todas as zonas eleitorais. Uma auditoria independente contaria os votos em papel, Assim seria feita uma comparação entre os resultados e os boletins das urnas.
Esse modelo já não seria o ideal. Melhor seria uma auditoria total. O resultado eletrônico pode e deve ser ágil, como é. Mas a posterior conferência poderia acontecer sem tanta pressa. O resultado
Evidentemente que o PT rouba também nas eleicoes.
36 Paises ja refutaram nossa "alta tecnologia" para um pleito eleitoral.
Interessante. A maior doadora a Andrade Gutierrez não aparece na lista dos que receberam contratos.
Tem a listinha do FHC e da Yeda Cruzes, do PSDB, para fazer um compartivo?
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