Um bate-boca entre o ministro do Supremo Joaquim Barbosa e o presidente da Casa, Gilmar Mendes, abriu crise na Corte. "Vossa Excelência está destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro", afirmou Joaquim, dizendo que Gilmar não estava falando com "seus capangas" de Mato Grosso. Gilmar disse que o colega faz "populismo judicial". O STF soltou nota reafirmando a confiança em Gilmar.
JOAQUIM: Eu sou atento às consequências da minha decisão, das minhas decisões. Só isso.
GILMAR: Vossa Excelência não tem condições de dar lição a ninguém.
JOAQUIM: E nem Vossa Excelência. Vossa Excelência me respeite, Vossa Excelência não tem condição alguma. Vossa Excelência está destruindo a justiça deste país e vem agora dar lição de moral em mim? Saia à rua, ministro Gilmar. Saia à rua, faz o que eu faço. (...) Vossa Excelência não tem nenhuma condição.
GILMAR: Eu estou na rua ministro Joaquim.
JOAQUIM: Vossa Excelência não está na rua não, Vossa Excelência está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro. É isso. (...) Vossa Excelência quando se dirige a mim não está falando com os seus capangas de Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite.
GILMAR: Ministro Joaquim, Vossa Excelência me respeite.
Um comentário:
Qual a postura de Joaquim Barbosa com respeito ao mensalão? E com relação à evasão de divisas para pagar a campanha de Lula, confessada por Duda Mendonça? E com relação aos pagamentos de despesas de Lula admitidos por Paulo Okamoto? Barbosa concordou com a "blindagem de Ali Babá"?
E com relação às violações de propriedade, ao terrorismo e à corrupção do MST?
Omissão com relação a essas e muitas outras "cositas mas" é que desmoralizam o poder judiciário.
Joaquim Barbosa pode até andar pelas ruas, mas protegido por prerrogativas, segurança e salário que 99,9% dos brasileiros não desfrutam, portanto seus argumentos são mera demagogia populista.
Já Gilmar Mendes tem pelo menos o mérito de eventualmente posicionar-se contra os abusos de autoridade e poder político promovidos pelas forças lideradas por Lula, que indicou Joaquim Barbosa para o STF.
Ricardo Saravia
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