Alunos da engenharia da Ufrgs já saem com contrato na mão

O novo presidente do Sindicato dos Engenheiros do RS, José Luiz Bortoli de Azambuja, ficou muito surpreso quando soube que todos os alunos do curso de engenharia elétrica da Ufrgs de 2007 saíram empregados da formatura.

. “Tem muita empresa paulista pegando aluno dentro da aula, antes mesmo da graduação, e não apenas na engenharia elétrica”, disse Azambuja ao editor desta página. O editor foi tomar café da manhã com vários diretores do Senge. Além do presidente, estavam na sede do sindicato os diretores Joel Fischmann, Nilo Rigotti, FerminCamison e Jorge Gomes.

. A procura por engenheiros aumentou muito. Não se via nada igual há 20 anos. E as exigências também. Vai quebrar a cara quem não souber inglês, não estiver disposto a viajar, não dominar as novas tecnologias, for incapaz de exercer multifunções ou trabalhar mal as situações inusitadas.

. O RS possui 60 mil engenheiros, 50 mil dos quais registrados no CREA, mas 37 mil no trabalho diário. O Senge usa estudos do Confea e CNI, que apontam a concentração de engenheiros na área da construção civil (14,8%), que neste momento está bombando. As outras quatro áreas de maior demanda: consultoria, projetos e terceirização de serviços (12,9%), administração pública (10,1%), eletricidade e gás (6%) e fabricação e montagem de veículos (5%).

. E os salários ? O mínimo da categoria, oito e meio salários mínimos, não foi aceito em cláusula de dissídio pelo Sinduscon, que representa a área que mais contrata no RS, mas na prática a indústria foi obrigada a bancar e ultrapassar o patamar.

E-mail: azambuja@senge.org.br
Site: www.senge.org.br

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