Acossado pela grita lulopetista, seus aliados e até adversários desavisados, o juiz Sérgio Moro sentiu-se na obrigação de vir a público para explicar por que razão autorizou condução coercitiva, além de busca e apreensões no caso de Lula.
Leia:
A pedido do Ministério Público Federal, este juiz
autorizou a realização de buscas e apreensões e condução coercitiva do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento. Como
consignado na decisão, essas medidas investigatórias visam apenas o
esclarecimento da verdade e não significam antecipação de culpa do
ex-presidente. Cuidados foram tomados para preservar, durante a diligência, a
imagem do ex-presidente. Lamenta-se que as diligências tenham levado a pontuais
confrontos em manifestação políticas inflamadas, com agressões a inocentes,
exatamente o que se pretendia evitar. Repudia este julgador, sem prejuízo da
liberdade de expressão e de manifestação política, atos de violência de
qualquer natureza, origem e direcionamento, bem como a incitação à prática de
violência, ofensas ou ameaças a quem quer que seja, a investigados, a partidos
políticos, a instituições constituídas ou a qualquer pessoa. A democracia em
uma sociedade livre reclama tolerância em relação a opiniões divergentes,
respeito à lei e às instituições constituídas e compreensão em relação ao
outro.
Curitiba, 05 de março de 2016.
Publicidade
Sergio Fernando Moro
Juiz Federal