Jornal Folha de S.Paulo - 17/03/2010
A Anistia Internacional questionou o silêncio brasileiro em relação a Cuba, afirmando que o país "deveria mostrar um nível maior de integridade em relação aos direitos humanos" para ocupar o papel que almeja no palco global. Em carta publicada hoje, a entidade exorta o governo cubano a revogar as leis que permitem a repressão e a soltar todos os chamados prisioneiros de consciência.
"Direitos humanos são universais e indivisíveis. Se o Brasil quer ter um papel maior no cenário internacional e se envolver com organismos da ONU, como vem tendo, deveria mostrar um nível maior de integridade em relação aos direitos humanos e mais coerência", afirmou à Folha, por telefone, Kerrie Howard, a vice-diretora do grupo para as Américas.
"Não se pode criticar a questão dos direitos humanos apenas quando é conveniente."
Howard afirmou que o Brasil tem exercido papel importante para o avanço dos direitos humanos pelo mundo. A resposta anterior veio para a pergunta sobre a política do país de se calar em fóruns internacionais sobre acusações de violações por governos como Cuba, Irã, Coreia do Norte e Sudão.
Apesar de algumas exceções -como o recente pedido a Teerã para receber os relatores da ONU-, tradicionalmente o Itamaraty abdica de críticas e cobranças alegando se tratar de um instrumento de pressão menos efetivo que o diálogo.
* Na foto o dissidente cubano Guillermo Fariñas que completou ontem 21 dias em greve de fome. Jornalista, dono de uma agência de notícias e psicólogo, Fariñas começou a greve de fome no dia 24 de fevereiro para pedir a libertação de 26 presos políticos cubanos e em protesto à morte de Orlando Zapata Tamayo, preso político que morreu no fim de fevereiro, após passar 85 dias se recusando a comer.
2 comentários:
A única crítica que serve para fazer Lula parar é a da democracia aplicada pelo judiciário, agora, se este não proceder democraticamente e continuar a ser cabresteado pela esquerda, adeus Brasil, adeus democracia, tempos cubanos podem vir logo adiante. A nossa sorte é que podemos atravessar nossas fronteiras facilmente, não vamos morrer afogados no mar como 60.000 cubanos procurando a liberdade.
Os palhaços que tanto defendem Cuba não são capazes de enxergar que Fidel se comporta como um Senhor de Engenho tratando sua população como escravos, verdadeiros animais, deixando faltar comida, não podendo fugir, etc.
Por que ele, Fidel e Lula deveriam se importar com um pedreirinho de merda, ainda por cima preto, pobre e doente ?
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