Marisa Abreu, ex-secretária gaúcha da Educação
O governador Tarso Genro prometeu pagar o piso nacional de 2,5 salários mínimos e não mudar o Plano de Carreira do Magistério. Tem como fazer isto?
Sem mudar, pelo efeito cascata, precisará mais R$ 1,7 bilhão por ano. Precisava de R$ 2 bilhões, mas o aumento de 10,75% que concedeu, diminuiu o valor.
Dá para fazer isto?
Só se ele comprometesse toda a arrecadação gaúcha do ICMS com a Folha.
Qual a saída?
Mexer no Plano de Carreira, como tentamos, sofrendo oposição cerrada do PT.
Alguém paga o piso nacional?
São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul. Só. Mas o Plano de Carreira deles, como o de Canoas, permitiram isto. Neste momento, o magistério faz greve pelo piso em seis Estados.
Cpers e governo vão se entender?
Não tem acerto. Haverá greve. O magistério será derrotado porque há impossibilidade material de atendê-lo. O mais paradoxal é que um governo do PT é que mexerá no Plano de Carreira.
Como ficarão Cpers e o secretário Azevedo?
Não ficarão. O mais estranho nesta história toda é que o prefeito Jairo Jorge, de Canoas, parece o secretário ad-hoc da Educação e o secretário da Educação parece a ponta de lança do Cpers dentro do governo. Isto não dará certo.
O governador Tarso Genro prometeu pagar o piso nacional de 2,5 salários mínimos e não mudar o Plano de Carreira do Magistério. Tem como fazer isto?
Sem mudar, pelo efeito cascata, precisará mais R$ 1,7 bilhão por ano. Precisava de R$ 2 bilhões, mas o aumento de 10,75% que concedeu, diminuiu o valor.
Dá para fazer isto?
Só se ele comprometesse toda a arrecadação gaúcha do ICMS com a Folha.
Qual a saída?
Mexer no Plano de Carreira, como tentamos, sofrendo oposição cerrada do PT.
Alguém paga o piso nacional?
São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul. Só. Mas o Plano de Carreira deles, como o de Canoas, permitiram isto. Neste momento, o magistério faz greve pelo piso em seis Estados.
Cpers e governo vão se entender?
Não tem acerto. Haverá greve. O magistério será derrotado porque há impossibilidade material de atendê-lo. O mais paradoxal é que um governo do PT é que mexerá no Plano de Carreira.
Como ficarão Cpers e o secretário Azevedo?
Não ficarão. O mais estranho nesta história toda é que o prefeito Jairo Jorge, de Canoas, parece o secretário ad-hoc da Educação e o secretário da Educação parece a ponta de lança do Cpers dentro do governo. Isto não dará certo.
3 comentários:
Eu acho que Tarso quebra o Estado em no máximo 1 ano. Mesmo conseguindo aumentar impostos.
paradoxal por que?
ate uma ex-secretaria do governo PSDBista cai, inconscientemente, no conto dos petistas, aquele que diz que eles são amigos do povo...
Polibio:
Vencimento inicial de 2,5 salários mínimos era a reivindicação do magistério gaúcho nos anos 80. Mesmo com uma greve de 96 dias em 1987, no primeiro ano do governo Simon, os professores terminaram abrindo mão dessa reivindicação.
Agora o piso nacional do magistério é de R$ 1.187,97 para 40 horas semanais, na formação de nível médio. Depois do reajuste de maio, o vencimento básico da carreira do RS é R$ 395,54, ainda faltando R$ 198,44 ou 50,17% para integralizar o piso nacional, o que o próprio governo Tarso reconhece.
Além do mais, o critério de reajuste do piso, fora do controle do Piratini, será acima da inflação e do aumento da arrecadação de impostos.
Qual será a mágica para pagar o piso sem "adequar" a carreira?
Mariza Abreu
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