Palocci pegou dinheiro sujo para a campanha de Dilma e para o PT.
Segundo Veja que já circula, o procurador Rodrigo Janot fez esta afirmação em documento em que se diz contrário a
recurso do ex-ministro Antonio Palocci, ex-coordenador das campanhas presidenciais de Dilma e de Lula, para anular delações premiadas que citaram repasse de 2
milhões de reais em propina à campanha de Dilma Rousseff em 2010.
O ex-ministro da Fazenda e da Casa Civil, homem forte do PT, submergiu depois de insistentes denúncias sobre as roubalheiras das quais é agora acusado no STF.
Leia a reportagem de João pedroso de Campos. As informações são terrivelmente comprometedoras para Dilma, para o PT e para o próprio Palocci. Leia
O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, enviou
ontem ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer contrário ao recurso do
ex-ministro Antonio Palocci contra os delatores da Operação Lava Jato Fernando
Baiano e Alberto Youssef. Mencionado por ambos em seus depoimentos à
força-tarefa que conduz a Lava Jato, Palocci busca a anulação dos acordos de
delação. Em seu parecer, Janot defendeu o emprego da colaboração premiada e
reforçou que, aos mencionados por delatores, cabe se defender "na fase cabível
da investigação e da ação penal própria, não mediante a presente petição".
Janot escreveu que os depoimentos de delatores, por si
só, não embasam condenações e que, "se a colaboração desagrada, não é
menos verdade que hoje alguns crimes só são desbaratados se houver a
colaboração de coautores ou partícipes". Segundo o procurador-geral,
"permitir que as pessoas mencionadas nos depoimentos do colaborador
contraditem a peça (do acordo) é esvaziar o instituto da colaboração
premiada", que, depois de firmado e colhidos os depoimentos, deve ser
homologado ou não pela Justiça.
Sobre o escândalo de corrupção na Petrobras, Rodrigo
Janot observa que, "pelo que até aqui foi apurado, o uso de apoio político
deixou de ser empenhado em razão de propostas ou programas de partido. As
coalizões deixaram de ocorrer em razão de afinidades políticas e passaram a ser
decididas em razão do pagamento de somas desviadas da sociedade."
Protocolado em 2 de fevereiro na Corte, este é o segundo
recurso de Palocci contra Baiano e Youssef. O primeiro, impetrado em 23 de
novembro de 2015, foi negado pelo relator dos processos da Lava Jato na Corte,
ministro Teori Zavascki, em 10 dezembro do ano passado. Teori justificou a
decisão argumentando que um investigado não pode pleitear a anulação de uma
delação premiada em que esteja implicado. A defesa de Palocci, no entanto,
insiste na tese de que o pedido de anulação se baseia em evidências de que o
lobista e o doleiro mentiram em seus depoimentos. Caberá agora ao ministro
rever sua decisão ou repassar o recurso a julgamento na Segunda Turma do STF.
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