Mercado projeta mais inflação e crescimento menor em 2015 e 2016

Analistas revisaram estimativas para inflação a 9,29% em 2015 e 5,58% em 2016. Previsão para o PIB deste ano voltou a cair e agora aponta para retração de 2,44%.

Os números são do Boletim Focus, divulgado esta manhã. 

Artigo, Pedro lagomarcino - Suseranos e vassalos

Uma das relações de poder e política mais deploráveis que a história registrou foi a relação de suserania e vassalagem. Produto do feudalismo, para alguns historiadores esta seria uma evolução pedestre da relação escravista greco-romana; ao passo que para outros a relação significava apenas o fato do suserano “oferecer” suas terras para quem aceitasse produzir, cuidá-las, auxiliar em guerras e a pagar impostos. Nestes casos,quem aceitasse tal condição passava a ser considerado vassalo.

Em tempos de República e em plena vigência do Estado Democrático de Direito, constitucionalistas e historiadores são unânimes ao dizer que a relação de suserania e vassalagem não guarda mais espaço no tempo atual. Entretanto, em se tratando de política e poder, a relação que é modificada ou substituída deixa traços inconfundíveis na relação modificante ou substituinte. É como se substituíssemos apenas o rótulo e houvessem pequenas alterações no “sabor” e “aroma” no seu produto, a ponto do “paladar” e o “olfato”, habitualmente,reportarem-se ao que era o produto original, embora agora ambos estejam um tanto diferentes.

Ao passarmos a visualizar que o suserano de ontem é a autoridade Estatal de hoje e o vassalo do passado é o cidadão atual, nos parece que o pensar unânime dos constitucionalistas e historiadores foi colocado em xeque. É que por um lado o suserano não oferece mais as terras ao vassalo, mas diz lhe “conceder” a liberdade e “reconhecer” sua cidadania. Por outro lado o vassalo segue tendo de pagar tributos, para habitar em uma terra que não lhe pertence, nem irá lhe pertencer, dado que a República é de todos. Tributos estes que não sabemos mais em troca de que, dada a ineficiência e o pouco caso que lhe faz o Suserano. Mesmo em tempos de República seguem no sistema atual dois traços característicos do sistema anterior: o pagamento de impostos (cada vez maiores, em níveis nunca antes vistos) e a obrigação de “lutar” em guerras. De lutar em guerras? Sim, porque não há guerra maior para o vassalo (ou cidadão, se preferirem) da que ter de trabalhar comprovados quatro meses do ano, para sobreviver e para custear a carga dos tributos que lhe impõe o Suserano (ou Estado, como queiram).

Como vimos, trocam-se os rótulos, modifica-se um pouco a roupagem, mas tudo segue lembrando o que era o produto original. Em se tratando de Brasil, o “gosto” historicamente é sempre ácido e o não se pode falar em “aroma”, e sim em “odor”. Uma Lei praticamente irrevogável. Uma sina. Um paradoxo: tudo muda, mas ao mesmo tempo nada muda. Os suseranos de ontem senão ou foram os Presidentes dos últimos doze anos, ou foram e são Ministros do Executivo de hoje durante o mesmo tempo. E os vassalos de outrora, seguem sendo os cidadãos de hoje.

Mas será que nos últimos doze anos de história, o Brasil não produziu nada de novo?

Sim, produziu: o vassalo-mor.

Diferentemente do vassalo comum, o vassalo-mor aceita um jugo que ao lhe ser imposto, chega ao ponto de revelar um determinismo natural: o de trabalhar por terras inférteis e combater em guerras ímpias. É o que podemos observar de muitos Ministros do Poder Executivo, nos últimos 12 anos. Embora o pronome de tratamento nos exija tratá-los por Excelências, muitos não fazer por merecer tratamento algum, esta é a verdade. Dentre os predicados de muitos não estão conhecimentos e sim o fato de possuírem as qualificações, diga-se de passagem, as piores, como investigados ou denunciados, em inquéritos da Polícia Federal ou em denúncias que lhes promovem o Ministério Público. Há outros Ministros que têm mais predicados desabonadores, qual sejam, os de condenados, por usurparem o poder, desviarem-se completamente de suas funções, praticarem improbidade (leia-se: o oposto da probidade), crimes dos mais diversos como verdadeiros representantes de seus mentores.Uma espécie de via do ilícito, engendrada de modo que os “negócios” que passassem por ela, fossem tratados ares de normalidade, mesmo que em tais casos todos saibam que a ilicitude é manifesta.

O poder sempre foi um atributo da autoridade e possui o traço de ungir e revelar grandes homens e ou estadistas, ou pequenos homens e vermes. Exatamente, porque o poder corrompe e o homem é corrompível. Que o digam ou aqueles que frequentam com habitualidade o balcão de negócios, através do “toma lá, dá cá”. Hoje, articuladores políticos com pseudo-prestígio. Amanhã, investigados, denunciados, réus implorando pela delação, condenados e ímprobos. Algo que passa ao largo das noções mais elementares da República e da Democracia. Pelo contrário, são os exemplos vivos da violação de ambas e da inobservância estreita dos Princípios Constitucionais da Administração Pública (da legalidade, da moralidade, da impessoalidade, da publicidade e da eficiência). Aliás, não precisa ser jurista, para saber que os atos atentatórios a estes Princípios, todos, sem exceção, produzem ao fim e ao cabo o Brasil que temos: um case de má gestão de políticas públicas e, em que pese este país tenha uma das mais altas cargas tributárias do mundo (atualmente a 8ª), é um dos que proporciona o pior retorno dos valores arrecadados em prol da sociedade. Para se ter uma ideia o Brasil arrecada mais tributos que os EUA, que a Suíça e que o Reino Unido. É ou não é de se questionar como eles são tão desenvolvidos e prósperos e nós tão atávicos? A resposta é curta e simples: pela má gestão pública e pelos vassalos-mores que temos. Mais ainda, se somos indiferentes ou omissos, pois em tais casos criamos o habitat necessário para que se reproduzam e deixem seus aprendizes.

É exatamente no momento em que cada autoridade ou agente público acha que pode fazer das atribuições que está investido um balcão de negócios, através do “toma lá, dá cá”, que passa a existir, dentro do próprio Brasil, milhares de sucursais de “outros escritórios”, nos quais os “donos” são exatamente as próprias autoridades. Consequentemente, interesses manifestamente privados, passam a ser travestidos de interesses públicos. Eis os porquês de norte a sul existem muitos “brasis”, dentro do próprio Brasil. Eis os porquês a Polícia e o Ministério Público tenham de se esforçar, para achar nomes impactantes que possam dar a devida conotação do escárnio praticado contra a nação, a exemplo da Operação Cosa Nostra, da Operação Castelo de Areia, da Operação Anaconda, Operação Lava-Jato, da Operação Rodin.E o produto dos crimes comprovados nestas operações e praticados pelos Vassalos-mores é que faz o Brasil não sair do estado de letargia nunca. O Brasil fica sempre para amanhã,fica sempre por acontecer. O estado e a atual situação da falta de gestão, destacamos, eficiente, no ensino público, nas escolas públicas,na segurança pública, no sistema de saúde, na ciência e tecnologia faz do nosso país um ente imediatista, autóctone, sem planejamento, nem alinhamento estratégico, ingovernável e talidomídico.

O grupo de suseranos que dita as ordens é o mesmo há doze anos e o avião que ensaiava manter a estabilidade, em tempos de plano real, está em queda livre. Não há alternância deste sistema completamente esgotado, marcado pelo locupletamento ilícito, a malversação de verbas públicas e pela corrupção. Não bastasse tudo isso a casta dos vassalos-mores cada vez a aumentar mais.

Ao que tudo indica o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot (Foto), parece estar em vias de pleitear seu ingresso nesta nova casta. Chega a ser contraditório, pois recentemente, referido Procurador-Geral nos dava provas de que não iria declinar de exercer suas atribuições, em prol da República, enfatizo, República, do latim, res publica, coisa de todos. Era o que todo brasileiro pensava ao ver a manifestação de Janot diante dos questionamentos e dos olhos de fogo do Senador Collor, perante a Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Resultado? Janot se posicionou de forma exemplar e a votação lhe rendeu vinte e seis votos favoráveis e apenas um desfavorável, de modo a não deixar dúvidas, tanto do êxito de seus posicionamentos e, provavelmente, que o único voto contrário, seja do Senador que teve sua Lamborghini apreendida pela Polícia Federal em uma investigação atualmente em curso.Mas, infelizmente, não demorou muito para que algo emergisse dentro de Rodrigo Janot. Simplesmente do dia para a noite, o Procurador-Geral “decidiu”, ou melhor, achou que tinha poderes, para se sobrepor a mais alta Corte, em matéria de legislação eleitoral do Brasil, o TSE – Tribunal Superior Eleitoral. Simplesmente com um “canetaço” Janot arquivou a investigação da campanha que reelegeu a Presidenta Dilma Rousseff. Janot parece mesmo estar de fraldas, quando o assunto é exercer as atribuições de Procurador-Geral da República e não a de advogado de campanha de Dilma, a ponto do Ministro Gilmar Mendes dizer que a fundamentação para o arquivamento, “vai de infantil a pueril” (nestas palavras).

Desde há muito se sabe que no tempo do feudalismo, os senhores feudais não costumavam sujar as mãos e determinavam aos seus vassalos o cumprimento de suas ordens. Será que Janot está se habilitando a vassalo-mor, ao confundir as atribuições de Procurador-Geral da República, com as de advogado particular de Dilma Rousseff? Fato é que com tal “canetaço” Janot é um cristal quebrado e já inicia seu novo mandato por negar-se a cumprir não uma simples decisão, mas um acórdão do TSE.

Embora eu seja um tanto avesso a Karl Marx, foi o referido pensador que nos disse “todo produto guarda em si os traços vestígios do sistema que o engendrou”. Sou mais próximo das ideias de Milton Friedman e Ludwig Von Mises, mas não posso deixar de dizer que, neste caso, a lição de Karl Marx veste como uma luva.


*Pedro Lagomarcino é advogado (OAB/RS 63.784), especialista em Direito da Propriedade Intelectual – FADERGS, em Gestão Estratégica de Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual – AVM/Cândido Mendes, e em Gestão Estratégica, Inovação e Conhecimento – ESAB e mora no Rio Grande do Sul.

Dilma tenta jogada bolivariana e tira poderes de comandantes militares.

Ao lado, punhos erguidos na saudação comunista, com seus inspiradores bolivarianos. O que mais espera o Congresso para mandar Dilma para casa, Lula para cadeia e o PT para o lixo da história, antes de ser transformado em aparelho bolivariano ? - 


Decreto transfere ao ministro da Defesa competência sobre atos relativos a pessoal, como reforma de oficiais, informam nesta terça o jornal O Estado de S. Paulo e a revista Istoé, conforme reportagem a seguir:

Como se já não bastassem as crises política e econômica que atingem o governo, o Palácio do Planalto, agora, resolveu criar problemas com a área militar. Na quinta-feira da semana passada, a presidente Dilma Rousseff assinou decreto 8.515, que estava na gaveta da Casa Civil há mais de três anos, tirando poderes dos comandantes militares e delegando ao ministro da Defesa competência para assinar atos relativos a pessoal militar, como transferência para a reserva remunerada de oficiais superiores, intermediários e subalternos, reforma de oficiais da ativa e da reserva, promoção aos postos de oficiais superiores e até nomeação de capelães militares, entre outros.

Hoje, estes atos são assinados pelos comandantes militares. A medida foi recebida com "surpresa", "estranheza" e "desconfiança" pela cúpula militar, que não foi informada que ela seria assinada pela presidente e publicada no Diário Oficial de sexta-feira.

A responsabilidade pela decisão de o decreto ter saído do fundo da gaveta para o DO estava sendo considerada um mistério. No final do dia, no entanto, a Casa Civil informou que o envio do decreto à presidente atendeu a uma solicitação da Secretaria-geral do Ministério da Defesa, comandada pela petista Eva Maria Chiavon. Mas todos ainda buscam explicações claras sobre o que realmente aconteceu neste processo.

O comandante da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que estava ocupando o cargo de ministro interino da Defesa, e que viu seu nome publicado no DO endossando o decreto, disse que não sabia da existência dele. "O decreto não passou por mim. Meu nome apareceu só porque eu era ministro da Defesa interino. Não era do meu conhecimento", resumiu o comandante, ao deixar o desfile de 7 de setembro, sem querer polemizar sobre o seu teor.

O ministro da Defesa, Jaques Wagner, que estava na China quando o decreto foi editado, também demonstrou surpresa com a publicação durante sua ausência do País. "Posso assegurar que não há nenhum interesse da presidente Dilma tirar poderes naturais e originais dos comandantes", afirmou ao Estado. "Ainda não estudei o decreto, mas ele visa normatizar as prerrogativas de cada instância com a criação do Ministério da Defesa e não tirar o que é da instância dos comandantes", justificou. Wagner lembrou que o decreto só entra em vigor em 14 dias e que, portanto, "qualquer erro ainda pode ser corrigido". O texto fala ainda que a competência prevista nos incisos do decreto podem ser subdelegadas pelo ministro da Defesa aos comandantes.

Os militares se mostraram bastante "incomodados" com o ocorrido.

O decreto gerou "uma histeria geral", pela maneira como foi feita a publicação, sem que a cúpula militar fosse sequer avisada. "Há uma preocupação de que este decreto, que estava dormindo há anos, foi resgatado por algum radical do mal ou oportunista, com intuito de criar problema", observou um oficial-general consultado pelo Estado, ao lembrar que a publicação do texto agora, foi "absolutamente desnecessária".


Outro militar observou que "faltou habilidade política de quem tirou o decreto da cartola, em um momento em que o governo já enfrenta tantas dificuldades, criando uma nova aresta, pela forma como foi feita". Este mesmo militar comentou que, mesmo o ministro da Defesa podendo delegar aos comandantes os poderes previstos no decreto, a medida é uma retirada de atribuição dos chefes das três forças e que, no mínimo, a boa regra de relacionamento, ensina que você avise a quem será atingido. O decreto anterior dizia que os ministros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica eram os responsáveis pela edição de atos relativos ao pessoal militar. A delegação continuou com os comandantes, mesmo depois da criação do Ministério da Defesa, há 16 anos.

Insegurança pública exige imediata criação de um gabinete de crise

A imediata solução para o pagamento em dia dos salários é condição número 1 para qualquer acerto. Isto significa resolução imediata do projeto que eleva os saques dos depósitos judiciais, porque só desta forma é possível resolver em 14 horas este nó, mesmo que de modo transitório, até que soluções mais sustentáveis imponham-se. - 

Ninguém consegue entender por que razão o governador Ivo Sartori não instalou ainda um gabinete de crise para proteger o povo gaúcho que está sendo massacrado nas ruas por falta de segurança pública.

E chamar imediatamente o Exército e a Força Nacional de Segurança.

As alegações de policiais e brigadianos  para não protegerem os cidadãos são alarmantes, rompem a legalidade e não podem ser aceitas pela população encurralada e assassinada nas ruas, porque é ela quem paga os impostos para que o governo garanta os serviços da segurança pública.

Fortunati quer Força Nacional de Segurança para proteger indefeso povo de Porto Alegre

O prefeito José Fortunati acaba de pedir ao governador Ivo Sartori que chame a Força Nacional de Segurança.

O povo de Porto Alegre está sendo assassinado como gado nas ruas da Capital.

Foram 40 assassinatos em apenas três dias no RS.

Omissão policial resulta em 40 assassinatos e 17 mortes no trânsito durante o feriadão do RS

O governo perdeu o pulso da área da segurança pública. Povo espera por reação do Ministério Público, Assembléia e Poder Judiciário. ONGs que se propõem a defender o povo, como OAB, permanecem em silêncio. -


A greve branca da polícia e o aquartelamento dos brigadianos deixou a população gaúcha refém dos bandidos durasnte o feriadão, o mais violento do ano.

Foram 58 mortes: 40 homicídios, 17 mortes no trânsito e um afogamento.

Porto Alegre registrou pelo menos 15 desses assassinatos. Nesta manhã, o Hospital de Pronto Socorro confirmou a morte do empresário Elvino Nunes Adamczuk, 49 anos, atingido por bala perdida no Bairro Menino Deus, durante tiroteio entre crminosos e Brigada Militar. Na mesma ocorrência, dois policiais também foram baleados.

Análise, Cesar Maia - Falta um bom psiquiatra para tratar de Dilma Roussef

No seu blog deta segunda-feira, o ex-prefeito do Rio, Cesar Maia, informa que enviou 18 videos para um psiquiatra renomado, amigo seu, que viu tudo e mais tarde enviou este diagnóstico sobre o que examinou: 

1. Agradeço o envio destes 18 vídeos com palavras, entrevistas e discursos da presidente Dilma, que circulam no YouTube. Vê-los todos em sequência permite-me responder a pergunta feita com maior precisão e responsabilidade. Dilma passa por algum desequilíbrio mental?
     
2. De fato que os vazios de memória, claros nesses vídeos, podem ser o início de demência senil. Há sinais disso. Mas pode ser um momentum de depressão que afeta a sua memória.
     
3. A demência senil, em geral, só apresenta sinais após os 60 anos. Tem causas orgânicas e também causas psíquicas. Ambas podem ser postergadas com tratamento químico e psíquico.
     
4. Se a causa for inteiramente psíquica, esse quadro pode ser provisório e reversível. Por exemplo, uma depressão profunda e continuada afetando a memória. Para quem tem obrigações funcionais que não permitem um aconselhável descanso físico e mental, a paliação encontrada é também neuroquímica.
     
5. Jornais da época diziam que o deputado Ulysses Guimarães tinha um acompanhamento desse tipo, com lítio, em relação a lapsos de memória. Mas como deputado, seu tempo poderia ser controlado com períodos de descanso. Viagens internacionais ajudam muito como momentos de descanso. Para não falar nos recessos parlamentares e feriadões.
     
6. Mas a função executiva e, no limite, as responsabilidades presidenciais, impossibilitam esses momentos, especialmente em conjunturas de crise. Supondo, por hipótese, que a presidente Dilma enfrente apenas um momentum de depressão, tenha tais lapsos de memória em função disso e esteja tendo um apoio neuroquímico, nos traria um conforto por um lado.
     
7. Mas, respondendo outra pergunta sua, impediria, ou pelos menos, aconselharia que a presidente Dilma pedisse licença para um descanso, acompanhado de tratamento psíquico e neuroquímico. Pelo que se vê nos vídeos, esse pedido de licença deveria ser imediato e, por no mínimo, de um ano. Creio que seria bom para ela e bom para o país.

Análise, Igor Morais - Quem vai pagar esta conta

* Igor Morais, economista, 
assina seus artigos no blog wwww.igoracmorais.com.br
Ele é também presidente da Fundação de Economia e Estatística do RS.

Novamente venho aqui comentar sobre as contas fiscais no Brasil. Os números de julho chancelam a outrora percepção de que a situação atual não é boa e atinge Governo Federal, Estados, Municípios e as empresas estatais. A melhor forma de te explicar essa “bomba relógio” é a variável necessidade de financiamento nominal. Dito de outra forma: “quanto que faltou de recurso para o setor público fechar as contas, inclusive para pagar juros de dívida”. Somente no mês de julho o déficit foi da ordem de R$ 72 bilhões, ficando a maior parte a cargo do Governo Federal, com R$ 61 bilhões. Os Estados entraram na dança, e a conta ficou deficitária em R$ 9,1 bilhões. E isso não é um resultado pontual, vem aumentando a cada mês e assim deve continuar em um ambiente de economia fraca, baixa confiança e na dificuldade dos gestores públicos em produzir ajuste fiscal pelo lado da despesa. Para o leitor ter uma ideia, a falta de caixa em todo o setor público no Brasil, para honrar esses compromissos, atingiu a marca dos R$ 502 bilhões em 12 meses terminados em julho. Sim, nunca na história desse país experimentamos uma situação parecida, e que representa estratosféricos 8,8% do PIB. O que você tem com isso? Tudo. Seremos nós a pagar essa conta, seja com mais impostos ou com piora da situação social. E porque essa conta não fecha? Porque o Estado não consegue parar de gastar. Boa parte disso é nossa culpa, que quer tudo de graça, desde remédios até transporte público, passando por shows, cursos universitários e muitos outros produtos e serviços subsidiados. E porque essa conta continuará a não fechar no futuro? Porque esse déficit presente está virando dívida nova, contribuindo para o estoque aumentar e, com ele, o total de juros que deverão ser pagos no futuro, realimentando o processo. E porque teremos problemas sociais? Porque em cenário de juro alto, os investimentos produtivos e o consumo são menores, resultando em menor geração de empregos e renda. Além disso, o juro elevado resulta em ganho de capital para quem tem capital, e as classes mais baixas não o possuem e, portanto, não terão complemento de renda do trabalho. Aliás, o passivo das classes de renda mais baixas é maior que o ativo, ou seja, elas têm dívidas, resultando em desencaixe que só tende a piorar com juros maiores. Ao final de alguns anos veremos, com certeza, a piora na distribuição de renda.

É difícil reverter esse processo no curto prazo. Estamos diante do ciclo de acúmulo de dívidas, principalmente por parte do Setor Público. Para se ter uma ideia da velocidade em que ocorre essa piora nas contas do Governo Central, que envolve o Governo Federal e o Banco Central, somente nos sete primeiros meses de 2015 a dívida já aumentou em R$ 432 bilhões e atingiu os R$ 3,68 trilhões (64,6% do PIB). E não bastasse todos os problemas fiscais, ainda tem o impacto de R$ 55 bilhões da desvalorização da taxa de câmbio sobre esse estoque de dívida. É uma deterioração muito rápida e que não irá passar despercebida pelos analistas internacionais (leia-se agências de classificação de risco). Mas, o que teremos pela frente? Com a economia fraca, a arrecadação de tributos irá limitar a capacidade de o ajuste fiscal estancar esse cenário negativo. Claro, não estou contando com corte de despesas. Mas não acho que esteja cometendo uma heresia diante das últimas notícias de liberação de verbas para o Congresso, reajustes de salários e diversas outras “bondades” com o teu dinheiro. Então nos resta assistir de camarote a escalada da dívida, mês após mês. E a próxima rodada importante será em outubro, quando vencem R$ 142,9 bilhões de títulos prefixados. Certamente o Tesouro Nacional irá emitir nova dívida para rolar essa que está vencendo. O problema é que há uma grande diferença de custo nessa rolagem. Quando essa dívida foi emitida no passado, os juros estavam em 9%, 8% e até 7,25%. Agora está em 14,25%. Por hora, as contas fiscais não irão sentir esse diferencial de juro. Mas apenas essa parcela que será rolada irá custar, para o brasileiro, cerca de R$ 8 bilhões ao ano. As perspectivas para 2016 também não são das melhores, pois estão programados vencimentos de R$ 419 bilhões em dívida do Governo Central, dos quais R$ 326 bilhões são prefixados. Ou seja, continuaremos a substituir dívida emitida no passado com juro mais baixo por outra com juro maior, aumentando ainda mais o custo financeiro para carregar o Estado. Se o Governo começar a agir de forma séria, mostrando que realmente está comprometido com o ajuste das contas públicas, o custo dessa trapalhada econômica dos últimos anos, será pago apenas por essa geração. Caso contrário, teu filho não irá gostar muito do que vai receber de herança.

Artigo, Estadão - O governo não cabe no PIB

"Ao governo, cabe abandonar o mantra obsessivo de mais e piores impostos e operar uma reforma profunda do Estado, reduzindo Ministérios, cargos comissionados, e revendo contratos. Agora é a hora da verdade. O governo não cabe mais no PIB brasileiro e precisa reavaliar todos os seus programas e conferir prioridade aos que devem ser mantidos." Estas palavras, surpreendentemente saídas da boca do senador Renan Calheiros, são irretocáveis. Se estivesse disposta a cumpri-las, Dilma Rousseff realmente daria um primeiro passo decisivo para superar o impasse orçamentário, implementar um verdadeiro reajuste fiscal e abrir, finalmente, a perspectiva de uma ação governamental comprometida com a criação de condições para a retomada do crescimento econômico. Infelizmente, as convicções estatistas de Dilma e do PT apontam na direção oposta. O País pode se preparar, portanto, para uma dose pesada de aumentos "de emergência" na carga tributária, provavelmente "compensados" por cortes de despesas tão inócuos quanto possível.
O comportamento do governo na questão do orçamento para 2016 é bem do estilo do gênio político que Lula colocou na Presidência da República. Dilma Rousseff sempre foi mais estatista do que o próprio PT -que, na verdade, é muito mais "poderista" do que qualquer outra coisa mas para o segundo mandato ela cedeu à sugestão de seu mestre de colocar no comando da equipe econômica um "liberal" que pelo menos não fizesse o mercado perder o sono. Nomeou para a Fazenda um nome indicado pelo presidente do Bradesco. Mas jamais teve a intenção de levar a sério o caráter austero da proposta de reajuste fiscal que se poderia esperar de Joaquim Levy. E, para garantir que não precisaria ela própria ficar regulando cada passo do estranho no ninho, tratou de colocar no Planejamento um genuíno adepto da "nova matriz econômica", Nelson Barbosa.
A tragicomédia do Orçamento comprova que o apito que toca na área econômica é, inquestionavelmente, o de Dilma e de seu escudeiro que responde pelo Planejamento. Nelson Barbosa tem desempenhado cm relação a Joaquim Levy - a quem só os ingênuos podem ter acreditado que Dilma "delegou" o comando da área econômica - o mesmo papel que Aloizio Mercadante, da Casa Civil, sempre desempenhou em relação a Michel Temer - a quem só os ingênuos podem ter acreditado que Dilma "delegou" o comando das articulações políticas do governo. A presidente da República não gosta de política, mas gosta dc mandar, por isso erra sempre.
Dilma frita Joaquim Levy nos bastidores e prestigia-o em cena aberta. Com isso consegue não agradar a ninguém, nem mesmo seu próprio partido. E as entidades e organizações sociais filopetistas, que por natureza são pouco chegadas às sutilezas da política, botam para quebrar com um ostensivo "Fora Levy" que significa exatamente o seguinte: o governo pode tudo, só não faz o que não quer, portanto pode gastar e tem que continuar gastando e mandando a conta para "as elites". Simples assim. E quando pensam em elite colocam na lista as centenas de milhares de brasileiros, predominantemente de classe média, que se tem manifestado contra o governo nas ruas e nos panelaços. Dessa perspectiva, resulta inevitável a conclusão de que o lulopetismo tem contribuído substancialmente para fortalecer as elites.

Está coberto de razão o ilustre Renan Calheiros, portanto, quando sentencia que o governo do PT "não cabe mais no PIB brasileiro" e está obcecado pelo mantra de "mais e piores impostos". É claro que seria muito melhor se o próprio Calheiros acreditasse no que afirma ou pelo menos se importasse sinceramente com as mazelas do lulopetismo no poder, das quais sempre fez o possível para se beneficiar. Ele certamente imagina que estar bem com o poder central pode ser útil quando a Operação Lava Jato chegar mais perto e que sua Alagoas precisa da boa vontade do Planalto, mas sabe também que muita proximidade com um governo cuja popularidade está ao rés do chão pode ser contraproducente para sua carreira política. Daí o movimento pendular que o leva de herói da Agenda Brasil a crítico severo da política de Dilma. Como ele próprio diría, a política é a arte da sobrevivência.

Onze de 17 autoridades ouvidas pelo TCU culpam Arno Augustin por pedaladas fiscais do governo Dilma

Onze das 17 autoridades e ex-autoridades do governo Dilma Rousseff chamadas a se explicar sobre as “pedaladas” fiscais elegeram um culpado para os atrasos de repasses aos bancos oficiais: o ex-secretário do Tesouro Nacional Arno Augustin. O jornal O GLOBO teve acesso a todas as defesas protocoladas no Tribunal de Contas da União (TCU) por ministros, presidentes de bancos oficiais, coordenadores do Tesouro e outros gestores. A maioria jogou a responsabilidade pelo represamento dos repasses no colo de Arno, que deixou o cargo nos primeiros dias de janeiro deste ano.

Leia toda a reportagem:

Três subordinados do então secretário ressaltaram nas defesas entregues que “cumpre ao secretário do Tesouro Nacional estabelecer a programação financeira mensal e anual do Tesouro Nacional”. O argumento foi utilizado pelo subsecretário de Política Fiscal do Tesouro, Marcus Pereira Aucélio; pelo coordenador-geral de Programação Financeira, Marcelo Pereira de Amorim; e pelo coordenador-geral de Operações de Crédito, Adriano Pereira de Paula.

Os dois primeiros foram além e afirmaram que as liberações de recursos para o Bolsa Família “estavam relacionadas ao secretário do Tesouro Nacional” e que a responsabilização feita pelo TCU “exorbita suas competências como agente público em face às competências regimentais da STN (Secretaria do Tesouro Nacional)”. A responsabilização do ex-secretário foi feita ainda pelo ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e pelo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Já o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, e a ministra do Desenvolvimento Social, Tereza Campello, informaram ao TCU ter feito sistemáticas cobranças ao Tesouro por repasses.

Diante da falta de recursos, os bancos se viram obrigados a arcar com o pagamento de programas sociais como o Bolsa Família, o seguro-desemprego e o abono salarial. O TCU concluiu que a manobra serviu para melhorar artificialmente as contas públicas e enxergou uma operação de crédito nas “pedaladas”, o que infringe a Lei de Responsabilidade Fiscal. Em abril, o tribunal listou 17 responsáveis pelos fatos e determinou que esses gestores deveriam se explicar.

A acusação das “pedaladas” passou a integrar o processo que analisa as contas de 2014 de Dilma. A oposição planeja usar um possível parecer pela rejeição para pedir o impeachment da presidente, que ganhou mais tempo para se explicar sobre outras supostas irregularidades no processo. O esvaziamento do processo original, com uma eventual responsabilização concentrada em Arno, pode favorecer o julgamento das contas da presidente.

Defesa de Augustin
tem 238 páginas

Na véspera da saída do cargo de secretário do Tesouro, em 30 de dezembro de 2014, Arno Augustin assinou uma nota técnica que atribui ao secretário a palavra final sobre a liberação de recursos públicos aos ministérios e demais órgãos da União. A nota foi interpretada como um gesto em que Arno assume a responsabilidade pelas “pedaladas”. Não à toa esse documento integra cinco defesas protocoladas no TCU, entre elas as do ex-ministro Guido Mantega. O ex-secretário, no entanto, afirmou em sua defesa que agiu dentro da legalidade no período em que ocupou o cargo, desde 2007.

O ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e seu secretário-executivo, Dyogo Oliveira, foram chamados pelo TCU para explicar portarias que definiram prazos para pagamentos do Tesouro ao BNDES por incentivos em linhas de crédito. As duas defesas têm o mesmo teor: “Os atos materiais de repasses de recursos ao BNDES para a concessão de subvenção econômica na modalidade de equalização de juros eram de competência da Secretaria do Tesouro Nacional e nunca foram de competência da autoridade demandada.”

Outros três citados pelo TCU — o ex-ministro das Cidades Gilberto Occhi, atual ministro da Integração Nacional, e dois ex-secretários — lembraram a “responsabilidade” do Tesouro em ressarcir o FGTS por conta do programa Minha Casa Minha Vida. O tribunal apontou essa falta de pagamentos — R$ 8,2 bilhões em dívidas — como uma “pedalada” e um indício de irregularidade que a presidente Dilma precisou explicar.

Praticamente todas as defesas sustentam não ter existido operação de crédito na manobra fiscal. Prevalecendo esta tese, não teria havido infração à Lei de Responsabilidade Fiscal. A defesa de Arno tem 238 páginas. O documento é assinado também pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams.


Arno sustenta a legalidade de seus atos “seja porque atendem aos ditames legais e contratuais, seja porque se colocam sob os moldes supralegais de inexigibilidade de conduta diversa”. Segundo o ex-secretário, os bancos não financiaram a União e não houve operação de crédito.

Sartori ainda tem jogo no projeto de aumento do ICMS

As contas do editor não fecham com o levantamento de Zero Hora. O jornal encontrou oito votos contrários no PDT, mas o editor trabalha com 8 votos favoráveis no Partido, porque sabe que o governo aceitará a proposta trabalhista de demarcar no tempo a vigência do aumento. No caso do PP, que o jornal dá como fechados os 7 votos, o que constata o editor é que o governo terá pelo menos 4 votos. Até no PT há a possibilidade de uma dissidência, a do deputado Nelsinho Metalúrgico.

Além da demarcação do tempo de vigência, o governo também joga com o casamento do projeto com outras propostas que permitirão levantar recursos imediatos para salvar os salários até a transição para o início da cobrança do novo ICMS. Está neste caso o aumento do índice de saques dos depósitos compulsórios, mas não só ele.

Os atrasos nos pagamentos dos salários, nos pagamentos da dívida com a União e dos fornecedores, além do apoio dos prefeitos, que ficarão com 25% do que vier a mais do ICMS, também funcionam como campos de pressão.

Esta é uma estratégia vencedora.

O editor faz apenas constatações, porque sua posição contra aumento de impostos é conhecida pelos leitores, já que sua posição é pelo corte vertical de despesas e enxugamento brutal do aparato estatal, além de modernização intransigente da gestão pública.

O jornal Zero Hora desta terça-feira apresenta o resultado de pesquisa que fizeram seus editores e repórteres da editoria de política, que indica que o projeto de ICMS apresentado pelo governo Sartori seria derrotado caso a votação fosse hoje.

Seruiam 37 votos certos contra o projeto, muito além dos 28 ncessários.

Contra
PT, 11 votos
PMDB, 1 voto
PDT, 7 votos
PP, 7 votos
PTB, 4 votos
PSDB, 1 voto
PCdoB, 1 voto
PSOL, 1 voto
PRB, PR, PPS e PPL, 1 voto cada
Notal, 37 votos, muito além do necessário.

Não sabe ou não se manifestou
8 votos


Competence apura resultados inesperados com seus dois novos braços, Sunbrand (consultoria de negócios) e Go Deeper (pesquisa de alta precisão).

Depois de um 2013 com o mercado reconhecendo o diferencial da Sunbrand, braço de consultoria em ajuste e remodelagem de modelo de negócios, posicionamento e alinhamento estratégico de negócios e marcas, o publicitário João Satt (foto ao lado) lançou no mercado a Go Deeper uma empresa que nasce com o objetivo de desenvolver diagnósticos de alta precisão, base vital para marcar a diferenciação, só que, dessa vez, no segmento de pesquisas. 

O editor convidou o dono do Grupo Competence para um almoço, porque queria saber como a empresa passou a ser composta pelos dois blocos: comunicação liderada pela agência off-line e digital Competence, e divisão de serviços de marketing composta pela Sunbrand integrada com a Go Deeper.

João Satt, presidente do Grupo Competence, disse que um dos principais diferenciais da Go Deeper em relação aos demais institutos é “o desafio de colaborar para transformar marcas em marcas líderes. Nosso processo começa mergulhando fundo no universo da empresa, consumidor, concorrência e novas tendências com o intuito de obter insights estratégicos que, de fato, modifiquem a realidade dos negócios dos clientes”. 

O pessoal da Go Deeper costuma explicar o seguinte:
- Buscamos entender as diferentes visões dentro da diretoria das empresas, pois olhares diferentes, muitas vezes impossibilitam a definição de um norte estratégico e a convergência para a construção de um valor único e relevante em todos os pontos de contato marca-consumidor. Ao final, esse processo nos revela o porquê sim e o porquê não das preferências dos consumidores. A Go Deeper se utiliza de profissionais com competências distintas de uma agência de comunicação. “Operamos em um modelo aberto, parceiros específicos de acordo com as necessidades do projeto: antropólogos e sociólogos”, finaliza.

Sunbrand foi case vencedor
do Top de Marketing da ADVB do RS

A Sunbrand foi reconhecida como case vencedor do Top de Marketing da seção gaúcha da ADVB (Associação dos Dirigentes de Vendas do Brasil) em 2012. E, no final de 2014, outros dois tops, agora com cases para os clientes Cassol Centerlar (varejo nacional) e Imóveis Crédito Real (serviços regional).

Para 2015, o desafio é fortalecer sua atuação diferenciada nos mercados de Santa Catarina e Paraná, consolidando o perfil estratégico  multirregional do Grupo Competence.

João Satt garantiu ao editor , que todo o trabalho estratégico desenvolvido pela Go Deeper e Sunbrand "traz insumos valiosos tanto para o aumento de relevância, dos produtos e serviços das empresas, quanto para o desenvolvimento de campanhas criativas não apenas memoráveis, mas acima de tudo eficazes, uma vez que estão totalmente alinhadas com o propósito e as estratégias de negócio das marcas.

” Como exemplos bem sucedidos desse processo integrado, a Competence cita recentes trabalhos desenvolvidos para marcas vencedoras como Panvel e Banrisul.

Artigo, Ricardo Noblat, O Globo, hoje - Festa c om jeito de fim de festa

Foi um Sete de Setembro de fim de governo sem prestígio. Jamais de governo que mal está começando. Ou que apenas está começando mal.
Dos 39 ministros, apenas 17 dividiram com a presidente Dilma Rousseff o palanque principal do desfile militar, em Brasília.
Dos 7 ministros do PMDB do vice-presidente Michel Temer, apenas um foi visto por lá – o da Pesca, candidato a perder o emprego no remendo de reforma administrativa anunciada por Dilma para breve.
Temer trocou um beijinho com Dilma ao recepcioná-la ao pé do palanque. E foi só. A frieza prevaleceu entre os dois.
O vice não perdoa Dilma por ter tomado dele a coordenação política do governo.
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Dilma não perdoa Temer por achar que ele conspira para derrubá-la. Simples assim.
Temer está pronto para viajar à Polônia, esta semana. Deverá ser acompanhado por todos ou quase todos os ministros do PMDB. Não se sabe se eles comunicarão a viagem a Dilma.
Entre senadores e deputados, sabe quantos compareceram ao desfile para prestigiar a presidente da República? Um deputado.
Renan Calheiros, presidente do Senado, e Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, ficaram longe do pedaço de pista da Esplanada dos Ministérios blindado com placas de aço para proteger Dilma do povo.
No fim do desfile, manifestantes contrários ao governo derrubaram as placas de aço aos pontapés.
Nenhuma sotaina reverendíssima marcou presença no palanque presidencial. Embaixadores de países importantes? Esqueça.
Presidente sempre aproveita o Sete de Setembro para falar aos brasileiros por meio de cadeia nacional de rádio e televisão.
Dilma não falou para escapar de panelaços. Anda traumatizada.
Valeu-se da internet, aparentemente à prova de panelaços.

Não se sabe se Dilma avistou de longe a boneca inflável gigante com a cara dela e o nariz de Pinóchio. Estava ao lado do Pixuleco, o Lula vestido de presidiário. 

Feriadão registra 12 mortos nas estradas gaúchas

O feriadão produziu 12 mortos nas estradas gaúchas.

Começou a Semana Farroupilha

Termkinou a Expointer, ontem, em Esteio, e começou no mesmo momento o Acampamento Farroupilha, evento que reúne as melhores tradições gaúchas no parque Maurício Sobrinho, Porto Alegre.

Os festejos da Semana Farroupilha durarão a semana toda.

É promoção imperdível.

Fiergs tira manifesto contra aumento do ICMS, mas cala sobre aumentos de impostos de Dilma

O manifesto não diz uma só palavra contra os aumentos já anunciados de PIS,Cofins, IPI (sobre setores como vinho e informática), INSS (desoneração cancelada sobre 53 setores) e a recriação da CPMF e da Cide, todos do governo federal, ao qual continua adulando. Curiosamente, sobre a nota paga da Fiergs, o jornal Correio do Povo publicou esta nota: "Governo quer mais impostos". - 

A Fiergs comprou 2/3 de página nos jornais diários de hoje para proclamar seu manifesto contra o aumento do ICMS.

A entidade usou argumentos estatísticos que o Instituto Methodus levantou em pesquisa realizada no RS.

A Fiergs saiu da toca.

Sartori janta hoje com Temer para insistir com ajuda de Brasília

O governador gaúcho Ivo Sartori jantará hoje com o vice-presidente Michel Temer. Os outros seis governadores do PMDB estarão presentes.

O jantar estava marcado há tempo.

Sartori aproveitará a visita para insistir com ajuda da União, que continua bloqueando as contas bancárias do Piratini.

A Lava-Jato e a conexão portuguesa com José Sócrates, o ex-premier socialista que foi parar na cadeia

CLIQUE AQUI para ler toda a reportagem e examinar documentos e fotos.


A multiplicação devastadora de novas notícias sobre os rumos finais das investigações da Lava Jato, desta vez chegando aos chefes, Lula e Dilma, chegaram a conduzir para o segundo plano uma reportagem extraordinária da revista Veja, !" A Lava Jato e a Face Oculta", que expõe com detalhes uma investigação iniciada numa pequena casa de câmbio devastou o partido político que esteve no governo de Portugal durante seis anos e levou à cadeia figurões considerados acima de qualquer suspeita. As semelhanças com o petrolão vão muito além de coincidências.

O caso envolve diretamente Lula e o PT.

A reportagem é de Rodrigo Rangel, enviado a Lisboa.

Leia tudo:

O ex-presidente Lula e o ex-primeiro-ministro português José Sócrates, que está preso: laços de amizade, interesses comuns e a Justiça no encalço
O ex-presidente Lula e o ex-primeiro-ministro português José Sócrates, que está preso: laços de amizade, interesses comuns e a Justiça no encalço(Ricardo Stuckert/PR/VEJA)
É meio da tarde em Évora, cidade portuguesa a 150 quilômetros de Lisboa. Na penitenciária local, o sol forte e o calor do verão europeu lembram um ambiente tropical. O dia é de visita para uma parte dos 49 detentos. Aos poucos, familiares e amigos formam uma pequena fila para cumprir o ritual constrangedor obrigatório em qualquer lugar do mundo. A revista é minuciosa. Pertences pessoais devem ser deixados na portaria. À exceção das carteiras, que podem ser levadas desde que o visitante permita aos guardas contarem o dinheiro na entrada e na saída. O cuidado é para prevenir corrupção dentro da cadeia. No recinto de pouco mais de trinta metros quadrados que serve sala de visitas, dois homens usando ternos elegantes destoam. Ao ouvirem o barulho das trancas, eles ficam de pé, numa evidente reverência ao preso que aparece por trás da grade de ferro - o número 44. O ex-primeiro ministro português José Sócrates.
Encarcerado desde novembro do ano passado, Sócrates foi o chefe do governo de Portugal de 2005 a 2011. É um dos mais influentes hierarcas do PS, o Partido Socialista, agremiação que divide o protagonismo da política portuguesa com o PSD, o Partido Social Democrata. De tênis, calça jeans e camisa social azul clara, mangas arregaçadas, o líder socialista sentou-se em uma das mesas ao lado de outros cinco detentos, entre eles um suspeito de assassinato e um policial acusado de receber suborno de bandidos. Naquela última quinta-feira de agosto (27), Sócrates apresentava um semblante calmo e sorriu algumas vezes, embora o abatimento fosse visível. Acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude fiscal, ele é, até agora, o alvo mais importante das investigações que já colocaram muita gente poderosa de Portugal na mira da Justiça.
O enredo que levou o ex-primeiro-­ministro à cadeia é recorrente e soa familiar: políticos agiam em conluio com grandes empresas em troca de comissões ou, em português bem brasileiro, propina. É essa a acusação que pesa sobre José Sócrates - e que o mantém em prisão preventiva há nove meses. Descobriu-se que ele tinha amigos poderosos, influentes e muito ricos. Esses amigos ficariam ainda mais ricos, mais influentes e mais poderosos em seu governo, e, em retribuição, o ajudariam a construir a própria fortuna. Em Lisboa, as autoridades prenderam aquele que seria o chefe da organização criminosa e tentam, a partir do topo, minar os escalões intermediários. As autoridades já localizaram contas milionárias na Suiça em nome de familiares de Sócrates, descobriram que existem empresas brasileiras envolvidas no esquema, detectaram digitais de personagens do mensalão e do petrolão e estão convictas de que não são apenas coincidências.
A exemplo do que dos políticos brasileiros investigados, Sócrates e seus aliados acusam o Ministério Público e a justiça de perseguição. Diz estar preso por "razões políticas". Mas o que já se conhece sobre o caso é apenas uma pequena parte da investigação - que corre sob segredo. "O fato é que é uma investigação que já dura 18 meses e até hoje não houve uma acusação formal. Isso me parece uma interferência indevida da justiça na política", disse a VEJA o deputado socialista Paulo Campos, um dos correligionários mais próximos de Sócrates e ex-secretário de obras de seu governo. Além das semelhanças e coincidências, existem conexões claras entre os personagens e o modelo de corrupção luso-brasileiro.
Empreiteiras envolvidas no escândalo do petrolão aparecem ligadas a alvos da investigação portuguesa. Empresas portuguesas investigadas em Lisboa, com o Banco Espírito Santo e a Portugal, aparecem como suspeitas de financiar o esquemas brasileiros, como o mensalão. Essa conexão, num primeiro momento, foi facilitada pela afinidade política: a proximidade entre o PT brasileiro e o Partido Socialista português, especialmente nos anos do governo de José Sócrates e de Lula no Brasil. As boas relações entre dos dois lados abriu caminho para negócios e negociatas de empresas amigas do poder, de um lado e de outro. Envolvem, até agora, três empreiteiras brasileiras ligadas ao petrolão. O mesmo Grupo Lena acusado de ser o maior contratante dos serviços de Sócrates, tem como parceira principal a Odebrecht - cliente das remessas ilegais feitas pela famosa casa de câmbio de Lisboa. A fusão dos personagens de lá e daqui chamou a atenção das autoridades.

Cidadãos suprem omissão da polícia e começam a prender ladrões em Porto Alegre

Brigada Militar demorou mais de uma hora para chegar ao local, embora o bairro fique nas imediações da zona mais central de Porto Alegre. Ainda assim, a viatura foi somente com oficiais. - 

Ao tentar roubar um carro no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, esta manhã, um homem identificado como Santiago da Costa, 32 anos, foi agredido e rendido por populares.

O site www.zerohora.com.br, que registro a informação, disse que o  fato ocorreu na esquina da Avenida Ganzo com a Rua Vicente Lopes dos Santos.

— Quando vimos, tinha uns três caras chutando, e ele foi para baixo do carro para não ser pego. O sentimento é de tristeza por não podermos sair no nosso bairro. Se a polícia não faz nossa segurança, a gente tem de fazer.

Santiago da Costa tem uma lista extensa de antecedentes criminais: receptações, roubos, furtos, lesões corporais, porte de arma e formação de quadrilha.


Artigo, Merval Pereira, O Globo - Campanha investigada

O inquérito nem começou e nas redes sociais muita gente vê Lula e Dilma na cadeia, conforme foto-montagem ao lado. - 

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de inquérito, a pedido do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot, contra o atual ministro da Comunicação Social Edinho Silva para investigar a denúncia do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, de que financiou a campanha a presidente de Dilma Rousseff em 2014 com dinheiro desviado da Petrobras.
Edinho foi o tesoureiro da campanha eleitoral do ano passado, e segundo a delação premiada de Pessoa, ele ameaçou sua empreiteira de perder obras da Petrobras se não desse dinheiro para a campanha. Segundo o empreiteiro, Edinho foi “bastante incisivo” na pedida, perguntando explicitamente: “O senhor quer continuar tendo obras na Petrobras?”.
Com relação ao ex-presidente Lula, por enquanto existe somente um pedido de abertura de inquérito por parte do Procurador-Geral da República Rodrigo Janot para apurar os brindes que Lula ganharia das empreiteiras, denunciados na delação de Ricardo Pessoa.
O ministro Teori Zavascki retornou o pedido a Janot pedindo que ele especifique que tipo de crime ele vê nesses brindes. O empreiteiro Ricardo Pessoa, no entanto, na mesma delação premiada disse que deu dinheiro também desviado da Petrobras para as campanhas de Lula em 2006, sob achaque do tesoureiroJose de Filipi, do PT, e da presidente Dilma em 2010, através do tesoureiro João Vaccari.
A questão das denúncias sobre financiamentos ilegais da campanha de 2010 está sendo investigada em inquérito para apurar um dinheiro que o então coordenador da campanha Antonio Palocci teria recebido do doleiro Alberto Yousseff, e os dados poderão ser anexados ao inquérito já aberto.
Também foram abertos inquéritos com base na delação premiada de Ricardo Pessoa para investigar financiamentos de campanha de Aloisio Mercadante para o Governo de São Paulo em 2010 e do senador Aloysio Nunes Ferreira do PSDB.
A investigação sobre o financiamento ilegal para a campanha eleitoral do ano passado continuará sendo feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas fatos objetivos como os que envolvem o tesoureiro da campanha Edinho Silva, hoje no ministério de Dilma, devem ser investigados pelo Ministério Público.
Como se referem ao atual mandato da presidente Dilma, essa investigação não tem nenhum óbice constitucional e a presidente poderá ser responsabilizada caso se comprove que foi eleita com financiamento ilegal.
A oposição ficará agora com a possibilidade de pedir impeachment da presidente Dilma com base nesse fato isolado, se quiser preservar o vice Michel Temer. Se o Tribunal Superior Eleitoral terminar sua investigação com a impugnação da chapa por abuso do poder econômico, o vice também será atingido.
Mas se a Câmara se antecipar e usar o fato de que o PT utilizou dinheiro desviado da Petrobras para eleger Dilma, o processo de impeachment pode ser deflagrado antes da decisão do TSE, por crime de responsabilidade. Seria a saída “menos onerosa”, comentou um ministro do TSE.

Há indicações em diversas investigações que estão em curso de que a campanha utilizou diversos mecanismos de financiamentos ilegais, desde dinheiro da corrupção da Petrobras sendo lavado através de doações registradas no TSE até o uso de empresas fantasmas, como gráficas, para legalizar o dinheiro desviado.
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