Igor Morais diz que herança maldita do governo Dilma faz o País voltar aos tempos do Brasil Colônia

Este artigo é de Igor Morais, astual presidente da Fundação de Economia e Estatística do RS. Ele não assina a análise nesta qualidade, mas como editor do próprio blog. O título do trabalho é "Herança maldita". Leia na íntegra:

O termo “herança maldita” foi diversas vezes utilizado na política brasileira para representar a situação econômica ou fiscal a ser entregue ao governo sucessor do mandato outrora presente. Tal metáfora faz todo sentido quando o resultado eleitoral promove uma troca de partido ou renovação da visão política no poder. Mas, e quando o governo é o mesmo? Será que este vai olhar para trás e condenar seus próprios erros? Ou será que negligenciará as evidências e dobrará a aposta na estratégia anterior? É importante tentarmos buscar estas respostas, pois delas depende nossa possibilidade de compreensão das ações de política econômica por vir nos próximos quatro anos provenientes da esfera federal. E essas respostas se tornam cada vez mais importante quando é divulgado o resultado de um indicador diferente para a economia brasileira, que revela a situação delicada em que nos encontramos e, paralelo a isso, vemos uma sociedade paralisada com o vício do assistencialismo. O mais recente número ruim foi o PIB de 2014, que ficou praticamente estável sobre 2013, 0,2%. Destaca-se que é o segundo pior desempenho do período pós Plano Real, perdendo apenas para o ano de 2009. Mas, lembrando que nesse caso, o mundo ultrapassava uma das maiores crises de sua história. Atualmente, o Brasil vive uma crise tupiniquim, gestada lentamente nas entranhas da visão intervencionista da esquerda, desempenho esse que se contrapõem ao resultado mundial, com crescimento de 3,3%. Depois de anos negligenciando a gestão das contas públicas, usando empresas estatais de forma errada, (principalmente no setor financeiro), maquiando dados de contabilidade, fazendo intervenções microeconômicas equivocadas no sistema tributário, incentivando o consumo e endividamento das famílias e virando as costas para as relações comerciais com parceiros de peso no setor externo, a economia resolveu cobrar seu preço.
Essa cobrança viria de qualquer forma, independente de quem ocupasse o Planalto. O entendimento do governo, mesmo que velado, de sua “auto” herança maldita, foi a base para a nomeação de um Ministro da Fazenda com formação liberal, portanto completamente diferente dos anteriores da era esquerda no Planalto. Sua missão é inglória, corrigir os erros passados sem apontá-los e carregar a culpa de medidas impopulares.
Acho, então, que podemos começar a delinear as respostas das nossas perguntas. Parece que o Governo olhou para trás, não assumiu, mas pretende corrigir seus erros! O detalhe, você tem ideia do tamanho dessa herança e qual deve ser a magnitude da correção? Os dados de encerramento do PIB de 2014 fornece uma boa visão do que nos espera. Não sairá barato em termos sociais, e muito menos sobre o ponto de vista econômico. A primeira herança maldita é uma indústria em processo de extinção. A participação da indústria de transformação no PIB chegou a 10,9% em 2014. Serei repetitivo, como em outros textos, mas não dá para fugir do termo: “nunca na história desse país a indústria teve um peso tão pequeno no PIB”. Alguém irá dizer que poderia ter sido pior não fossem as ações do Governo. Mas na verdade é o contrário, poderia ter sido melhor não fossem as intervenções do Governo. Ou você acha que ações como o Plano Brasil Maior produziram resultados satisfatórios? Em quatro anos foram 308 reuniões, uma a cada três dias e o resultado está aí. Adianta fazer pacto pela competitividade se não enfrentarmos de forma séria os problemas no sistema tributário e trabalhista, e ainda, se não livrarmos a economia do peso do Estado? Por fim, o que irá socorrer o setor será um câmbio próximo a 4 reais. Já vimos esse filme no passado. Faço uso aqui, da frase de um antigo presidente para ilustrar o que a indústria realmente precisa: “deixe o homem, ops, o setor, trabalhar”. Outra herança maldita são os investimentos. No ano passado tivemos nova retração de 4,3%, a segunda em um espaço curto de três anos, que resultou na participação de 19,7% do PIB. Desde 2011, o investimento vem caindo mesmo com bilhões de reais liberados pelo BNDES, ou seja, dinheiro da sociedade com juros subsidiados, e a despeito da realização da Copa do Mundo. Além disso, há uma dívida do BNDES de quase R$ 500 bilhões com o Tesouro Nacional e que provavelmente uma parte não terá volta pela alocação ineficiente feita nos últimos anos: Compra de ações, empréstimos a empresas que faliram e empréstimos duvidosos a governos de outros países. Soma-se a isso o fato de que o funding da instituição pode encolher esse ano com mais saques que depósitos no FAT. O problema é que o paciente, nesse caso a economia brasileira, ficou viciado com o remédio, que é o recurso do BNDES. Seria como se todos acreditassem que os investimentos no Brasil só decolam se houver recursos públicos subsidiados em juros e com prazos camaradas. Porém, os números mostram que esse remédio não está servindo para nada. Pelo contrário, está produzindo uma ilusão que apenas paralisa o espírito empreendedor no Brasil. Para 2015, a expectativa é de que haja uma nova queda de investimentos em meio a um estado tal de incertezas do empresariado que coloca os índices de confiança no setor no pior patamar desde que esse tipo de pesquisa começou a ser feito. Muito mais que um fardo financeiro para a sociedade o BNDES representa, na verdade, um grande entrave ao florescimento de empreendedores. Vou falar apenas de mais uma herança maldita, o setor público. Os dados de 2014 revelaram um Brasil onde o Estado pesa 20,2% do PIB. Nunca na história desse país o Estado foi tão pesado para a sociedade. O que significa dizer, então, que nunca na história desse país você pagou tanto imposto. E dá para reduzir o tamanho do Leviatã? Essa seria a proposta do atual Ministro da Fazenda em seu ajuste fiscal. Mas como acreditar nisso se 2/3 do ajuste será realizado através de aumento de impostos? O Estado brasileiro pesa mais que o de outras economias emergente como a do México (11,9%) e Chile (12,4%), e mais também do que o de países desenvolvidos, como EUA (15,2%), Portugal (19%), Alemanha (19,3%) e Espanha (19,5%). Aqui, na pátria amada, tudo hoje passa pela mão do Estado: decisão e recurso de investimento do setor produtivo, bolsas de estudo, financiamento habitacional, ajuda a clubes de futebol, construção de estradas, portos e aeroportos, crédito a consumidor, gasto em propaganda, passagem de ônibus e demais transportes, definição de reajuste de salário e por aí vai. Estamos viciados e presos ao Leviatã. O que acontece com o Brasil hoje é o reflexo de uma escolha feita há 12 anos por um modelo de Estado inchado. O resultado verificado em números do PIB é de uma economia capenga, sem produtividade e catabólica. A medida que o Governo aumenta de tamanho, as famílias, as empresas e os investimentos tendem a encolher. E em 2015 a história não deve ser diferente, com previsão de contração de 1,5% na economia. Enquanto continuarmos com um estado pesado, assistencialista e ineficiente, não há como esperar crescimento sustentável. A redução do Estado passou a ser a reforma mais importante na agenda econômica do país. E sendo isso verdade, arrisco dizer que a principal herança maldita não foi a situação alarmante da economia, mas sim o resultado da eleição


3 comentários:

Emmanuel disse...

É bem por isso que o Brasil precisa é de uma "revolução", e não de uma rebelião!
Não adianta achar que Dilma vai e vem Temer e resolve tudo, porque na verdade, a "mutatis mutantis", a receita é a mesma.
O que resolve, sim, é o se voltar para uma economia de mercado livre e com Estado mínimo; ou seja, a "comunistaida", precisa cair fora do governo, porque movidos por visões anacrônicas e contrárias ao país. Se quiserem ficar vivendo suas ilusões, que fiquem ... mas que não tenham o poder de acabar com a vida dos brasileiros.
Se a corja cair ... o trabalho será imenso: o quadro é muito pior do que o articulista lançou em seu bem alinhavado trabalho.

Anônimo disse...

A HERANÇA MALDITA DE LULA FOI A DESTRUIÇÃO DA MORAL E DA ÉTICA, fazendo com que o Cargo de PRESIDENTE DO BRASIL fosse jogado na Latrina, transformando a Constituição e a dignidade da República num prostibulo. Com a invenção do Caixa Dois instituiu a UNIÃO DA CORRUPÇÃO COM O TRÁFICO DAS DROGAS, levando o País a criar um Novo Exército de INOCENTES ÚTEIS com jovens viciados e a serviço dos Poderosos do Crime e da subversão da Democracia.
A HERANÇA MALDITA DE Dilma, é mais técnica, exarando dogmas dos mais REFINADOS SABOTADORES destruiu os SISTEMAS ELETROBRAS, TELEBRAS E PETROBRÁS, além da CEF e BNDES, ÓRGÃOS ESTES QUE já estão a beira do Colapso Financeiro e Estrutural...
Sua HERANÇA MALDITA roubará mais VINTE ANOS DE SANGUE, SUOR E TRABALHO DOS BRASILEIROS, QUE, ILUDIDOS PELA PROPAGANDA VIRTUAL DOS BRINQUEDINHOS ELETRÔNICOS, vivem IDIOTIZADOS, DA MESMA MANEIRA QUE OS INDÍGENAS BOTOCUDOS QUANDO DA DESCOBERTA DO BRASIL PELOS PORTUGUESES...

Anônimo disse...

Não nasce mais nada onde o PT de Lulla pisa, exceto a corrupção!

https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/https://api.clevernt.com/e46a5348-350f-11ee-9cb4-cabfa2a5a2de/