“O Senado é o céu”, dizia o senador Darcy Ribeiro (PDT/RJ).
Concordando com ele e ampliando sua definição, ela também cabe para o STF.
Ao lado, supremo banquete. A foto é escolha do editor.
A recente publicação de um pregão eletrônico para “serviços de fornecimento de refeições institucionais” nos leva a imaginar que tais refeições não são servidas aos mortais brasileiros, mas que pagam a sua fatura. Só quem tem uma toga pode saborear pratos como bobó de camarão, camarão à baiana, medalhões de lagosta com molho de manteiga queimada, bacalhau à Gomes de Sá, frigideira de siri, moqueca (capixaba e baiana), arroz de pato, vitela assada, codornas assadas, carré de cordeiro, medalhões de filé com molho de mostarda, pimenta, castanha de caju com gengibre. Há também uma relação de vinhos com especificações para cada tipo de uva e também para destilados que vão da cachaça envelhecida de um a três anos até uísques com idade de 12, 15 ou 18 anos. E não há nada de ilegal nessas exigências que são idênticas às do Cerimonial do Itamaraty. Tudo foi verificado e aprovado pelo Tribunal de Contas da União que também conta com mordomias semelhantes para seus ministros.
Se um cidadão brasileiro quiser provar as mesmas iguarias num restaurante sofisticado vai precisar de um cartão de crédito poderoso, pois o nosso país é uma nação com muitas excelências e mordomias e um povo assim precisa reconhecer o seu lugar.
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