Marina Silva, que usou o jatinho várias vezes na campanha eleitoral, escapou da morte ao desistir de embarcar com Campos para Santos.
O grupo especializado em lavagem de dinheiro que teria
movimentado mais de R$ 600 milhões desde 2010 e teria ligação com a compra do
avião Cessna Citation PR-AFA, que caiu durante a campanha presidencial de 2014
matando o então candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB), além da
tripulação e assessores; a campanha de Marina Silva também usou o jato.
O esquema criminoso investigado na Operação Turbulência,
deflagrada nesta terça-feira e que prendeu quatro empresários, entre eles os
donos do avião onde estava Eduardo Campos quando morreu em um acidente aéreo
durante a campanha de 2014, pode ter financiado a campanha de reeleição do
então governador de Pernambuco, em 2010, de acordo com a Polícia Federal.
"O esquema foi utilizado para pagar propina na campanha do
governador", afirmou a delegada federal Andrea Pinho, durante entrevista
coletiva no Recife.
As empresas investigadas teriam sido usadas para lavar
dinheiro desviado da Petrobras e das obras da Transposição do Rio São
Francisco.
Os agentes suspeitam que a OAS tenha transferido até R$ 18 milhões
para o esquema que funcionava por meio de empresas de fachada para financiar a
campanha de Campos.