Assaltos, arrastões, assassinatos, roubos e inação policial marcam o sábado em Porto Alegre

CLIQUE AQUI para examinar video com o comentário do editor no You Tube, perguntando: "Pode a ditadura militar restabelecer a segurança aos cidadãos brasileiros ?".  Até as 22h06min deste sábado, 2.554 leitores já tinham visto e ouvido o comentário. 

A loja do Magazine Luiza foi assaltada as 14h na Azenha, quando um bandido entrou sozinho no segundo andar, rendeu todo mundo, mandou os clientes deitarem no chão, roubou o que pode e depois fugiu,.

Este é mais um assalto que se soma às dezenas de roubos e assassinatos que ocorrem desde que Polícia Civil e Brigada reduziram drasticamente suas ações de segurança pública na Capital.

Também esta tarde, o shopping a céu aberto Paseo, bairro Tristeza, foi objeto de arrastão. Os bandidos chegaram de caminhão e saquearam as lojas.

Pouco mais tarde, as 19h, o próprio editor estava no bairro Ipanema quando bandidos tentaram roubar uma moto na avenida Ipanema, foram confrontados por outros motoqueiros e tiveram que fugir para os fundos do Clube do Professor Gaúcho. Acionado o 190, o atendente se negou a agir.

STF autoriza investigações de Mercadante e Edinho Silva, dois ministros de Dilma

O Jornal Nacional acaba de informar que o ministro Teori Zavascki, STF, autorizou o início de investigações oficiais dos ministros Aloisio Mercadante, Casa Civil, e Edinho Sila, Comunicação Social, acusados pelo empreiteiro Ricardo Pessoa de terem recebido dinheiro sujo da Petrobrás. O pedido foi feito pela Procuradoria Geral da República. As investigações sairão pelas mãos do Ministério Público Federal.

O caso mais grave é de Edinho Silva, porque o dono da UTC denunciou que entregou propinas milionárias para o ministro, tudo para a campanha de Dilma no ano passado. Edinho era o coordenador da campanha.

Também os enador Aloysio Nunes Ferreira, PSDB, será investigado.

Este time de empresários e consultores "animou" Levy

Esta é a lista dos empresários e consultores que segundo o Estadão encorajaram Joaquim Levy a ficar no cargo. Entre os 9, dois são gaúchos: Jorge Gerdau, dono da Gerdau, e Mateus Bandeira, da consultoria do Instituto Nacional de Desenvolvimento Gerencial, Minas. 

Não é um time impressionante. 

Beto Sicupira (anfitrião)
-- Carlos Jereissati
-- Edson Bueno
-- João Moreira Salles
-- Jorge Gerdau
-- Josué Gomes
-- Mateus Bandeira
-- Pedro Passos

-- Vicente Falconi

Investigações da Lsita de Bassegio poderão chegar até novos deputados

Caso o presidente da Assembléia encaminhe a Lista de Bassegio para investigações, será inevitável chamar o jornalista Giovani Grizotti para que explique por que razão a RBS engavetou informações que possui e não usa.

Inclusive sobre a bancada do PT.

Bassegio moveu bem as peças ao entregar seu dossiê para o presidente da Assembléia

A decisão do deputado Diógenes Bassegio, PDT, e do seu advogado, Ricardo Juliani, de repassar ao presidente da Assembléia do RS, Edson Brum, toda a documentação amealhada no dossiê sobre malfeitos praticados por deputados que acusam o trabalhista, causa ansiedade e muito temor em quase todas as bancadas.

Foi inteligente a ação do deputado e do seu advogado.

Há bastante tempo ambos pensavam no que fazer, porque temiam que o material poderia ser desqualificado e engavetado no caso de tudo sair pelo gabinete de Bassegio, o que se torna impossível a partir de agora.

Pelas mãos de Edson Brum, o dossiê ganha credibilidade, repercussão e é obrigado a andar.


Juliano Roso é um dos deputados da lista de Diógenes Bassegio

Um dos mais volumosos dossiês entregues pelo deputado Diógenes Bassegio, PDT, ao presidente da Assembléia do RS, Edson Brum, fala no deputado Juliano Roso, PCdoB, justamente o principal protagonista do processo de cassação do mandato do trabalhista na Comissão de Ética.

E envolve a questão de funcionários fantasmas.

O caso de Juliano Roso nem de longe encerra a lista.

Lula não tem direito a foro privilegiado

O juiz Sérgio Moro pediu ao ministro Teori Zavascki a íntegra do depoimento do chefe do Clube do Bilhão, Ricardo Pessoa, sobre Lula, porque ex-presidente não tem direito a foro privilegiado.

É isto.

Duela a quem duela, como dizia Collor de Melo.

Só autoridades no exercício do cargo têm direito a foro especial. No Brasil, são 22 mil pessoas.

Empreiteiro delator, Ricardo Pessoa, conta detalhes de como usou dinheiro sujo da Petrobrás para pagar propinas para o presidente do Congresso, Renan Calheiros

Nesta reportagem assinada por Diego Escosteguy, intitulada "A propina atômica do PMDB em Angra 3", a revista Época informa neste sábado que a Procuradoria-Geral da República obtém evidências de que os senadores Renan Calheiros, Edison Lobão e Romero Jucá receberam propina de empreiteiras, com ênfase para a UTC, pelo contrato da usina nuclear.

Leia a versão reduzida do material publicado hoje:

Às vésperas das eleições do ano passado, já com a Lava Jato fazendo a República tremer, o empreiteiro Ricardo Pessôa, dono da UTC, encontrou-se com o presidente da Eletronuclear, almirante Othon Pinheiro. O almirante era o responsável pela retomada da construção da usina nuclear de Angra 3, parada desde a década de 1980. Naquele momento, após anos de negociações, os contratos, que somavam R$ 3,1 bilhões, estavam prestes a ser assinados com o consórcio de empreiteiras liderado por Pessôa. O almirante Othon, que fora indicado ao cargo pelos senadores do PMDB, foi direto: “Vocês estão muito bem qualificados, vão ganhar, então vocês vão precisar contribuir para o PMDB”. Estava verbalizada, mais uma vez na longa história da corrupção política do Brasil, a chamada regra do jogo – o uso criminoso da máquina pública para enriquecer políticos e empresários, mantendo ambas as partes no comando do Estado.

Até agora, sabia-se que Pessôa, que se tornou um dos principais delatores da Lava Jato, acusara Lobão de participar do esquema nas obras de Angra 3. Houve menções vagas, também, a negociações entre o cartel do petrolão, com Pessôa à frente, e chefes do PMDB. Muito do que já se conhece da delação de Pessôa, porém, restringe-se às propinas para as campanhas presidenciais do PT em 2006 (Lula), 2010 (Dilma) e 2014 (Dilma novamente), cuja investigação foi pedida sigilosamente pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki. Quase nada se sabe sobre os bastidores – e as provas – da negociação e dos pagamentos de propina das empreiteiras do consórcio de Angra 3 aos senadores do PMDB. Segundo as investigações, se cartel havia entre as empreiteiras, cartel havia também entre os senadores do PMDB. E esse cartel do Senado é o próximo alvo de Janot e sua equipe – uma caça que se desenrolará nas semanas que virão, ameaçando ainda mais a frágil estabilidade política que ainda resta no Congresso, especialmente após a dura denúncia contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, também do PMDB.

ÉPOCA obteve acesso ao material de caça de Janot. Trata-se de um conjunto de documentos das investigações da Procuradoria-Geral da República (PGR), da Polícia Federal e da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba sobre a participação dos senadores do PMDB no esquema de Angra 3 – a maioria deles, inéditos. A reportagem também entrevistou investigadores, parlamentares e operadores do PMDB. Dessa apuração, emergem os detalhes desconhecidos do caso que, até o momento, destaca com mais força o envolvimento da trinca do PMDB do Senado – o presidente da Casa, Renan Calheiros, Romero Jucá e Lobão – na Lava Jato. Eles já são investigados no Supremo por suspeita de participação no petrolão. Renan, por exemplo, será denunciado em breve num desses processos. No eletrolão, que mimetizava a roubalheira da Petrobras na Eletronuclear e na Eletrobras, descobre-se não somente que os três chefes do PMDB no Senado são acusados de receber propina – descobre-­se que eles negociaram o pedágio pessoalmente, sem intermediários, como homens de negócio.

Nas próximas semanas, Janot pedirá a Teori autorização para investigar Renan e Jucá no caso de Angra 3 – Lobão já é investigado. Entre os investigadores, as últimas semanas foram tensas. Muitos queriam denunciar a turma do PMDB do Senado antes da sabatina de Janot na Casa. Também pressionavam para que o procurador-geral pedisse logo, formalmente, a investigação contra Renan e Jucá no caso Angra 3. No final de julho, os delegados da PF que atuam na Lava Jato, em Brasília, cobraram Janot e sua equipe, por escrito: por que não investigar Renan e Jucá no caso Angra 3? Janot optou pela estratégia de aguardar a recondução para, em seguida, partir para o ataque à turma do Senado. Ele foi reconduzido há duas semanas, com tranquilidade. Agora, sua equipe acelera os trabalhos para preparar os torpedos contra o PMDB do Senado.

O questionamento dos delegados sobre Renan e Jucá também foi enviado ao ministro Teori. Eles tinham razão em reclamar. As provas do caso apontam igualmente para os três senadores do PMDB. Há quatro delações premiadas, fechadas ou em andamento, algumas conhecidas e outras sigilosas, que fornecem as principais provas do que ÉPOCA narra nesta reportagem. A principal é a do empreiteiro Ricardo Pessôa, que tratava diretamente com os senadores e o almirante Othon. Há, também, as delações de dois executivos da Camargo Corrêa: Dalton Avancini e Luiz Carlos Martins. Martins era o homem da Camargo no projeto Angra 3. Está falando aos procuradores em Brasília. Há, por fim, a delação de Walmir Pinheiro, diretor financeiro da UTC, o encarregado de entregar a propina aos senadores do PMDB – e a muitos outros políticos. Teori, até agora, ainda não homologou a delação de Walmir Pinheiro. Em sigilo inquebrantável estão, por enquanto, as provas de que políticos com foro recebiam propinas em contas secretas em paraísos fiscais. Neste caso, também, há mais delações premiadas.

Os senadores do PMDB negam, veementemente, qualquer participação no eletrolão. Lobão disse, por meio de seu advogado: “A hipótese é completamente uma fantasia e o delator não tem nenhum compromisso com a verdade. Pura ficção mental”. Renan admitiu ter se encontrado com Pessôa – mas apenas isso. “O senador informa que esteve com o empresário mencionado. A doação obtida em nome do Diretório foi dentro do que prevê e permite a lei. O Senador agrega que jamais solicitou doações que fossem consequência de quaisquer impropriedades e que não se sente devedor de nenhum doador. O Senador também não conhece nenhum diretor da empresa responsável pela obra citada”, disse, em nota.

O senador Romero Jucá também negou tudo. “Não tenho conhecimento da delação e estou à disposição para prestar qualquer esclarecimento que o Ministério Público pedir. Não participei de nenhuma irregularidade em contratos com qualquer estatal”, disse, por meio da assessoria. Rodrigo Jucá não quis se pronunciar. O Consórcio Angramon, composto das empreiteiras que venceram os contratos de R$ 3,1 bilhões, negou qualquer irregularidade: “O Consórcio Angramon nunca efetuou nenhum pagamento de propina. Não podemos responder pelo que supostamente teria sido feito individualmente por qualquer pessoa ou empresa, mas podemos afirmar que todo ato relativo ao consórcio foi e está sendo executado dentro da legislação”. A UTC diz que não comenta casos sob investigação. Sibá Machado não retornou as ligações de ÉPOCA.


Na quinta-feira, o juiz Sergio Moro aceitou denúncia do MPF contra o almirante Othon e dirigentes das empreiteiras do cartel. Em sua decisão, Moro disse: “O caso é um desdobramento dos crimes de cartel, ajuste de licitação e propinas no âmbito da Petrobras, sendo identificadas provas, em cognição sumária, de que as mesmas empresas, com similar modus operandi, estariam agindo em outros contratos com a Administração Pública, aqui especificamente na Eletrobras Termonuclear S/A – Eletronuclear”. A regra do jogo está sob perigo.

Brum nega ter recebido dossiê de denúncias elaborado pelo deputado Bassegio

O presidente da Assembléia, Edson Brum, avisa a quem interessar possa que não recebeu nenhum dossiê do deputado Diógenes Bassegio, pelo menos até as 12h52min deste sábado.

Ele tem sido procurado em função da informação que o deputado passou ao editor ontem a noite, na qual ele revela estar com o dossiê.

Zé Dirceu, PT, praticou 129 atos de corrupção ativa, 31 atos de corrupção passiva e 684 atos de lavagem de dinheiro

A repórter Laryssa Borges, na VEJA.com de hoje, conta que o Ministério Público Federal defendeu nesta sexta-feira que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, denunciado por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro, seja condenado a mais de 30 anos de prisão por ter montado um esquema de arrecadação de propina junto a empreiteiras a partir de contratos simulados de consultoria. A Polícia Federal não descarta que ex-ministro possa estar envolvido em outros crimes e possa, no futuro, ser novamente denunciado. As suspeitas são que Dirceu recebeu 11,8 milhões de reais em propina.

Na foto ao lado, Zé Dirceu e a filha que foi denunciada com ele ontem a tarde em Curitiba.

Se não entregar Lula, Dilma e o resto do PT, pai e filha poderão dividir celas na prisão. 

Leia a reportagem:

“Nossa expectativa é que uma pessoa que tenha praticado crimes tão graves tenha, sim, uma pena superior a 30 anos. Temos uma pessoa que foi a número dois do país envolvida no esquema de corrupção. Foi um capitalismo de compadrio”, afirmou o coordenador da força-tarefa do Ministério Público Deltan Dallagnol. De acordo com as investigações, o esquema de José Dirceu na Lava Jato movimentou cerca de 60 milhões de reais em corrupção e 64 milhões de reais em lavagem de dinheiro. Ao todo, o MP calcula que houve 129 atos de corrupção ativa e 31 atos de corrupção passiva entre 2004 e 2011, além de 684 atos de lavagem de dinheiro entre 2005 e 2014.

“A investigação é sempre baseada em fatos. Nada impede novas denúncias sobre a atuação dele em várias outras áreas de atuação. Essa é uma parte importante da investigação, mas temos que considerar que a cada dia estamos avançando por áreas diferentes de contratação de serviços públicos e se trata do ex-ministro da Casa Civil”, explicou o delegado Igor Romário de Paula.

Os investigadores que atuam na Operação Lava Jato consideram que Dirceu é um criminoso reincidente, porque praticou crimes depois de o processo do mensalão já ter sido concluído. É possível que a Justiça imponha ao petista também o agravante de maus antecedentes, já que, segundo o procurador da República Roberson Pozzobon, ele praticou crimes de corrupção e lavagem de dinheiro pelo menos desde 2006, quando passou a receber dinheiro sujo de empreiteiras. A reincidência e os maus antecedentes são fatores considerados pela Justiça para aumentar a pena do suspeito em caso de condenação. Além da penalização pelos crimes, os procuradores pedem o ressarcimento de 60 milhões de reais.


Segundo Dallagnol, as evidências apontam ter havido um “capitalismo de compadrio” envolvendo a Petrobras para benefício de empresas e enriquecimento de pessoas. “Houve o exercício do poder para fins particulares. José Dirceu representou por muitos tempos os ideais de muitos. Não julgamos as pessoas por vidas, mas por fatos e atos concretos. Não está em questão o que José Dirceu fez pela consolidação da democracia, e sim se ele praticou crimes em contextos determinados”, disse. “A corrupção sistêmica existe no nosso país. A cura para esse problema que sangra a democracia é mais democracia. Somos explorados pela corrupção”, concluiu.

Revista Istoé - A bola fora de Janot

O procurador geral não consegue barrar investigações sobre as contas da campanha de Dilma e TSE vai apurar novas irregularidades reveladas por delatores da Lava jato

Mário Simas Filho

O procurador geral da República, Rodrigo Janot, tem feito quase tudo certo na condução da Operação Lava Jato. Ao contrário do ocorrido em outras investigações de grande repercussão, Janot tem zelado pela legalidade de todas as ações e impedido que poderosos acusados encontrem atalhos jurídicos para evitar punições. Esse comportamento certamente foi decisivo para viabilizar sua recondução ao cargo depois de ser escolhido pela categoria, indicado pela presidente e aprovado pelo plenário do Senado. O problema é que logo após conquistar o direito de permanecer mais dois anos à frente do Ministério Público Federal, Janot protagonizou uma trapalhada que pode ofuscar a imagem de independência conquistada no curso das apurações do Petrolão. O procurador geral surpreendeu até mesmo a seus pares ao tentar evitar que as contas da campanha da reeleição da presidente Dilma Rousseff fossem investigadas, como determinado pelo vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Gilmar Mendes, diante de várias evidências da prática de irregularidades já levantadas pelo TSE e das delações da Lava Jato informando que dinheiro de propina teria entrado no caixa oficial da campanha de Dilma. O comportamento de Janot, na prática, serviu apenas para macular sua imagem, pois a maioria dos ministros do TSE entendeu que há fatos suficientes para a investigação e, na última semana, novas informações prestadas pelo delator Ricardo Pessoa reforçaram a tese de que parte dos recursos da campanha presidencial do PT teve origem na corrupção instalada na Petrobras.

Postura de Janot a favor de Dilma é criticada por juristas e pela oposição
Ao se negar a promover as investigações que, se confirmadas, poderão levar a perda do mandato da presidente, Janot não só deixou de cumprir uma tarefa própria do MPF, como transpareceu um certo pré-julgamento sobre o caso, o que não é nem um pouco compatível com o cargo que ocupa. Em seu despacho, o procurador-geral classificou a determinação do TSE como uma “inconveniência” da Justiça e do Ministério Público Eleitoral se tornarem “protagonistas exagerados do espetáculo da democracia”. Disse também que os “derrotados (na eleição presidencial) devem reconhecer sua situação e se prepararem para o próximo pleito”. No Tribunal Superior Eleitoral a reação foi imediata. “O procurador deveria se ater a cuidar da Procuradoria e não atuar como advogado de Dilma”, rebateu o ministro Gilmar Mendes, que encaminhou novos pedidos de investigação sobre a campanha petista e ganhou o apoio da maioria dos ministros da corte. “Atravessamos um momento muito sensível para o País, um momento de crise política e econômica, onde não é oportuno que autoridades relevantes da República estabeleçam debates que venham piorar ainda mais essa situação”, afirmou o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, João Ricardo Costa. No campo político, o comportamento de Janot também provocou reações. PSDB, DEM, PPS e Solidariedade emitiram uma nota conjunta criticando a tentativa de barrar as apurações e cobrando do procurador uma postura isenta.

NOVOS INDÍCIOS
Gilmar Mendes rebate Janot e amplia as investigações
Nas próximas semanas, o TSE deverá requisitar acesso à parte das investigações da Operação Lava Jato que se relacionam ao provável financiamento ilegal das campanhas petistas de 2014. “As contas foram aprovadas com ressalvas exatamente para que pudéssemos examinar tudo com maior cuidado”, disse na quinta-feira 3 um dos ministros do TSE. Não há prazo para a conclusão dos ministros, mas a disposição da maioria dos magistrados é liquidar esse caso até o final de outubro.


Moro quer do STF a íntegra da delação de Ricardo Pessoa sobre Lula

O juiz Sérgio Moro quer que o STF (Teori Zavascki) envie para ele as delações de Rodrigo Pessoa sobre Lula.

Lula pode acabar na carceragem da PF do Paraná em poucos dias.

Janot pede ao STF autorização para iniciar investigações sobre Lula e Dilma

A revista Época informou hoje que além de enviar ao STF os depoimentos do chefe do Clube do Bilhão, o dono da UTC, Ricardo Pessoa, dedando Lula e Dilma como beneficiários de propina do Petrolão, ele também protocolou “pedidos para que o Ministério Público investigue o pagamento de propina nas campanhas presidenciais de Lula, em 2006, e de Dilma, em 2010 e 2014".

É só o começo.

É de se saber se os deputados do PT, PCdoB e PSOL e seus aliados, que pediram a saída do deputado Eduardo Cunha, quando começaram as investigações do MPF sobre ele, também repitam o gesto com Lula e Dilma.


Entregue aos bandidos, Porto Alegre foi tomada pelo terror neta sexta-feira. Pub Dado Bier foi saqueado na madrugada.

Os criminosos roubaram R$ 5 mil do caixa e dos clientes do pub Dado Bier, localizado no elegante bairro Moinhos de Vento, Porto Alegre.

Foi esta madrugada.

O caso não foi isolado.

Completamente sem policiamente, entregue a cidade aos bandidos, as atividades das pessoas, de comércio e de lazer da Capital funcionaram de modo precário esta semana, submetidas a assaltos e arrastões.


Funcionalismo encerra a greve, mas professores continuarão parados até o dia 11

Já não estão mais unidas as 43 entidades que iniciaram unidas a mobilização que levou à greve geral dos servidores estaduais subordinados ao Poder Executivo.

Ontem a tarde elas decidiram encerrar a greve e deliberaram que cada um resolverá o que fazer mais adiante.

Só os professores prosseguirão parados até o dia 11.

Subjugados aos Partidos de esquerda, PT, PSTU, PCdoB e PSOL, eles são a vanguarda de todas as greves gerais que acontecem e não acontecem no setor público estadual.

Apesar disto, os líderes das 43 entidades prometem comparecer à Assembléia na terça-feira para impedir que os deputados aprovem qualquer projeto de reforma e modernização do Estado.


63% acham justa a greve do funcionalismo gaúcho

63% dos leitores acham que a greve do funcionalismo público gaúcho contra o atraso dos seus salários é justa.

32% acham que os servidores deveriam continuar trabalhando.

O editor não perguntou sobre o desempenho do governador Ivo Sartori no governo e nem sobre seus esforços para resolver os enormes problemas deixados pelo governo Tarso Genro, que quebrou o Estado de maneira jamais vista no RS.

A nova enquete aí ao lado, trata justamente disto. Vá lá e vote.

Opinião do editor - Onde estão os catões do PT do RS ?

O PT continua quieto, surdo e mudo, mesmo quando desfilam diante das telinhas as dezenas de companheiros corruptos e companheiros corruptores que assaltaram e assaltam os cofres públicos.

O silêncio não é apenas obsequioso.

Ele é cúmplice.

Mesmo no RS, onde até mesmo os mais vestais dos vestais calam diante do mar de lama que engole o Partido. 

Onde estão os catões do PT do RS ?

A casa de Zé Dirceu, fundador e ex-presidente nacional do PT, repaginada com R$ 1,8 bilhão roubado da Petrobrás

O lobista Milton Pascowitch pagou R$ 1,8 milhão para reformar e decorar uma casa para o ex-ministro José Dirceu em Vinhedos, no interior de São Paulo, em 2013. O valor, declarado pela arquiteta Daniela Facchini em depoimento prestado à Polícia Federal (PF) em agosto deste ano, é R$ 500 mil mais alto do que o informado pelo delator no início da Pixuleco, 17ª fase da Operação Lava-Jato.

Milton e até a arquiteta viraram réus, esta semana, em Curitiba.

Ao comprovar que recebeu pelo serviço e que sabia que a casa seria para Dirceu, Daniela anexou no processo a lista de móveis comprados para mobiliar a casa. Um conjunto de sofás, poltronas, mesas de centro e aparador para a sala de estar custou R$ 140 mil. Para colocar persianas em todas as janelas do imóvel foram gastos R$ 31 mil. A lista de compras inclui, ainda, pufes que custaram R$ 4,3 mil cada.

O imóvel fica em um terreno vizinho à casa que o ex-ministro já tem em um condomínio fechado de Valinhos. Além de sala, cozinha e terraço, a casa tem duas suítes, sala de reuniões, projeto de paisagismo e deck na área externa.

Em depoimento à PF, Daniela afirmou que conhece Pascowitch há cerca de cinco anos e que frequenta sua casa. Segundo ela, o lobista pagou R$ 1,3 milhão por meio de uma transferência na conta corrente e cerca de R$ 500 mil em dinheiro vivo. Por meio de seus advogados, Daniela informou à Justiça que está providenciando a retificação do imposto de renda sobre o valor da taxa de administração que coube a ela, cerca de R$ 194 mil.


Em delação premiada, Pascowitch confessou que pagou somente R$ 1,3 milhão pela reforma da casa a título de propina. A casa de Vinhedo também foi citada no relatório da investigação da Polícia Federal porque foi comprada por Julio Cesar dos Santos, ex-sócio de Dirceu, por R$ 500 mil. Ele repassou o imóvel para o ex-ministro por meio de um contrato de gaveta no valor de R$ 100 mil. Segundo a PF, pode ser uma tática para “ocultar valores”.

Eis o que disse Ricardo Pessoa sobre Lula e Dilma ao STF

Nesta capa, Veja adiantou tudo. O que ainda falta para enfiar Lula na cadeia, fechar o PT e tirar Dilma do Planalto ? -


Se você quiser saber o que o chefe do Clube do Bilhão, Ricardo Pessoa, falou sobre Lula e Dilma para a PGR e o STF, leia esta reportagem de Veja, reportada pelo jornalista Reinaldo Azevedo no seu blog:

VEJA teve acesso ao conteúdo da delação premiada de Ricardo Pessoa, homologada pelo ministro Teori Zavascki. É demolidor.

Em cinco dias de depoimentos prestados em Brasília, Pessoa descreveu como financiou campanhas à margem da lei e distribuiu propinas. Ele disse que usou dinheiro do petrolão para bancar despesas de dezoito figuras coroadas da República. Foi com a verba desviada da estatal que a UTC doou dinheiro às campanhas de Lula em 2006 e de Dilma em 2014. Foi com ela também que garantiu o repasse de 3,2 milhões de reais a José Dirceu, uma ajudinha providencial para que o mensaleiro pagasse suas despesas pessoais.

A UTC ascendeu ao panteão das grandes empreiteiras nacionais nos governos do PT. Ao Ministério Público, Pessoa fez questão de registrar que essa caminhada foi pavimentada com propinas. O empreiteiro delatou ao STF essas somas que entregou aos donos do poder, segundo ele, mediante achaques e chantagens. Relatou que teve três encontros em 2014 com Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma e atual ministro de Comunicação Social.

Nos encontros, disse, ironicamente, ter sido abordado “de maneira bastante elegante”. Contou ele: “O Edinho me disse: ‘Você tem obras na Petrobras e tem aditivos, não pode só contribuir com isso. Tem que contribuir com mais. Eu estou precisando”. A abordagem elegante lhe custou 10 milhões de reais, dados à campanha de Dilma. Um servidor do Palácio chamado Manoel de Araújo Sobrinho acertou os detalhes dos pagamentos (…).

Documentos entregues pelo empresário mostram que foram feitos dois depósitos de 2,5 milhões de reais cada um, em 5 e 30 de agosto de 2014. Depois dos pagamentos, Sobrinho acertou com o empreiteiro o repasse de outros 5 milhões para o caixa eleitoral de Dilma. Pessoa entregou metade do valor pedido e se comprometeu a pagar a parcela restante depois das eleições. Só não cumpriu o prometido porque foi preso antes.
(…)

Retomo
Edinho, claro, nega. Será preciso agora saber quem é o tal Manoel Araújo Sobrinho, que tem de ser convocado pela CPI nas primeiras horas da segunda-feira. Ricardo Pessoa sempre foi considerado o homem-bomba do caso, muito especialmente por Lula e pelo Palácio do Planalto. Ele é apontado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público como o coordenador do “Clube do Bilhão”. O nome é meio boboca, e duvido que tenha existido algo parecido. Mas é inegável que ele exercia uma espécie de liderança política entre os empresários.

Escrevi aqui umas quinhentas vezes que INSISTIR NA TESE DO CARTEL CORRESPONDIA A NEGAR A NATUREZA DO JOGO. Empresas, quando se cartelizam, fazem uma vítima do outro lado. Sim, as vítimas da roubalheira são os brasileiros, é inegável. Mas, do outro lado da negociação com as empreiteiras, estava a Petrobras, a contratadora única, que determinava os preços, e no comando da empresa, a máfia que tomou conta do governo e impunha as suas vontades.

Achque caneco

Máfia cachaceira
Quando falo em máfia, não forço a mão nem recorro a uma figura de linguagem. Havia até senha secreta para entregar dinheiro aos petistas, segundo Ricardo Pessoa. As palavras, nem poderia ser diferente, referem-se, vamos dizer, ao universo alcoólico. Tudo compatível com um Poderoso Chefão chamado “Brahma”. Leiam esta passagem da reportagem, em que o empreiteiro conta como era entregue O DINHEIRO VIVO AO TESOUREIRO DA CAMPANHA DE LULA, EM 2006.

Segundo o empreiteiro Ricardo Pessoa, a UTC contribuiu com 2,4  milhões de reais em dinheiro vivo para a campanha à reeleição de Lula, numa operação combinada diretamente com José de Filippi Júnior, que era o tesoureiro da campanha e hoje trabalha como secretário de Saúde da cidade de São Paulo.

Para viabilizar a entrega do dinheiro e manter a ilegalidade em segredo, o empreiteiro amigo de Lula e o tesoureiro do presidente-candidato montaram uma operação clandestina digna dos enredos rocambolescos de filmes sobre a máfia. Pessoa contou aos procuradores que ele, o executivo da UTC Walmir Pinheiro e um emissário da confiança de ambos levavam pessoalmente os pacotes de dinheiro ao comitê da campanha presidencial de Lula. Para não chamar a atenção de outros petistas que trabalhavam no local, a entrega da encomenda era precedida de uma troca de senhas entre o pagador e o beneficiário.

Ao chegar com a grana, Pessoa dizia “tulipa”. Se ele ouvia como resposta a palavra “caneco”, seguia até a sala de Filippi Júnior. A escolha da senha e da contrassenha foi feita por Pessoa com emissários do tesoureiro da campanha de Lula numa choperia da Zona Sul de São Paulo. Antes de chegar ao comitê eleitoral, a verba desviada da Petrobras percorria um longo caminho. Os valores saíam de uma conta na Suíça do consórcio Quip, formado pelas empresas UTC, Iesa, Camargo Corrêa e Queiroz Galvão, que mantém contratos milionários com a Petrobras para a construção das plataformas P-53, P-55 e P-63.

Em nome do consórcio, a empresa suíça Quadrix enviava o dinheiro ao Brasil. A Quadrix também transferiu milhares de dólares para contas de operadores ligados ao PT. Pessoa entregou aos investigadores as planilhas com todas as movimentações realizadas na Suíça. Os pagamentos via caixa dois são a primeira prova de que o ex-presidente Lula foi beneficiado diretamente pelo petrolão.

Até agora, as autoridades tinham informações sobre as relações lucrativas do petista com grandes empreiteiras investigadas na Operação Lava-Jato, mas nada comparável ao testemunho e aos dados apresentados pelo dono da UTC. Depois de deixar o governo, Lula foi contratado como palestrante por grandes empresas brasileiras. Documentos obtidos pela Polícia Federal mostram que ele recebeu cerca de 3,5 milhões de reais da Camargo Corrêa. Parte desse dinheiro foi contabilizada pela construtora como “doações” e “bônus eleitorais” pagos ao Instituto Lula. Conforme revelado por VEJA, a OAS também fez uma série de favores pessoais ao ex-presidente, incluindo a reforma e a construção de imóveis usados pela família dele. UTC, Camargo Corrêa e OAS estão juntas nessa parceria. De diferente entre elas, só as variações dos apelidos, das senhas e das contrassenhas. “Brahma”, “tulipa” e “caneco”, porém, convergem para um mesmo ponto.

Vaccari pixuleco

Pixuleco
Leiam a reportagem da VEJA. Ao longo de 12 páginas, vocês vão constatar que o país foi literalmente assaltado por ladrões cínicos e debochados. João Vaccari Neto, o ex-tesoureiro do PT que foi objeto de um desagravo feito pela Executiva Nacional do partido na quinta, depois de um encontro de Rui Falcão com Lula, chamava a propina de “pixuleco”. Segue um trecho.

O empreiteiro contou que conheceu Vaccari durante o primeiro governo Lula, mas foi só a partir de 2007 que a relação entre os dois se intensificou. Por orientação do então diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, um dos presos da Operação Lava-Jato, Pessoa passou a tratar das questões financeiras da quadrilha diretamente com o tesoureiro. A simbiose entre corrupto e corruptor era perfeita, a ponto de o dono da UTC em suas declarações destacar o comportamento diligente do tesoureiro: “Bastava a empresa assinar um novo contrato com a Petrobras que o Vaccari aparecia para lembrar: ‘Como fica o nosso entendimento político?’”. A expressão “entendimento político”, é óbvio, significava pagamento de propina no dialeto da quadrilha. Aliás, propina não.

Vaccari, ao que parece, não gostava dessa palavra. Como eram dezenas de contratos e centenas as liberações de dinheiro, corrupto e corruptor se encontravam regularmente para os tais “entendimentos políticos”. João Vaccari era conhecido pelos comparsas como Moch, uma referência à sua inseparável mochila preta. Ele se tornou um assíduo frequentador da sede da UTC em São Paulo. Segundo os registros da própria empreiteira, para não chamar atenção, o tesoureiro buscava “as comissões” na empresa sempre nos sábados pela manhã.

Ele chegava com seu Santa Fé prata, pegava o elevador direto para a sala de Ricardo Pessoa, no 9º andar do prédio, falava amenidades por alguns minutos e depois partia para o que interessava. Para se proteger de microfones, rabiscava os valores e os porcentuais numa folha de papel e os mostrava ao interlocutor. O tesoureiro não gostava de mencionar a palavra propina, suborno, dinheiro ou algo que o valha. Por pudor, vergonha ou por mero despiste, ele buscava o “pixuleco”. Assim, a reunião terminava com a mochila do tesoureiro cheia de “pixulecos” de 50 e 100 reais. Mas, antes de sair, um último cuidado, segundo narrou Ricardo Pessoa: “Vaccari picotava a anotação e distribuía os pedaços em lixos diferentes”. Foi tudo filmado.

Retomo
Aí está apenas parte dos descalabros narrados por Ricardo Pessoa. E agora? Até havia pouco, parecia que o petrolão era fruto apenas de empresários malvados, reunidos em cartel, que decidiram se associar a três funcionários corruptos da Petrobras — tese de Dilma, por exemplo — e a alguns parlamentares, a maioria de segunda linha, para roubar o país. Faltava o cérebro dessa operação, que sempre esteve no Poder Executivo.

Eis aí. Nunca houve cartel. Eu estava certo! O depoimento de Ricardo Pessoa — que não se deixou constranger pela prisão preventiva e que, tudo indica, confessou o que quis, não o que queriam ele confessasse — REVELA A REAL NATUREZA DO JOGO.

Ainda não terminei. Em outro post, vou chamar Rodrigo Janot e o juiz Sergio Moro para um papinho sobre lógica elementar.

Leia na revista:
Achaque 15 milhões

Achaque Gim Argello

achaque Dirceu

achaque TCUAchaque Collor

Achaque Mercadante

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Por Reinaldo Azevedo
Tags: Petrolão, Ricardo Pessoa, UTC
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21/05/2015 às 20:19
O HOMEM-BOMBA – Pessoa é a esperança de investigação chegar ao Executivo

Um indivíduo provoca pesadelos no PT: Ricardo Pessoa, o dono da UTC Engenharia, apontado pelo Ministério Público como coordenador do suposto cartel de empreiteiras. Ele era também, até outro dia, amigão de Lula. Consta que os meses que passou na prisão abalaram suas certezas sobre essa amizade. E ele estaria disposto a falar. Vai depor na semana que vem, em Brasília, depois de ter feito um acordo de delação premiada, que, por alguma razão, demorou bastante a sair.

Pessoa já confessou doações ao PT feitas pelo caixa dois e lavadas na forma de contribuições legais. Só em 2014, afirma, doou R$ 30 milhões a candidatos do PT. Contratou ainda os serviços da empresa de consultoria de José Dirceu. À diferença de alguns outros empreiteiros, que já andaram conversando, ainda que indiretamente, com seus antigos parceiros  — sim, eu me refiro aos petistas —, consta que o dono da UTC anda refratário a qualquer tipo de aproximação. Verdade ou não, veremos com o andamento dos fatos.

Consta que Pessoa vai entregar políticos que participaram da lambança. Haverá ainda personagens a revelar? E isso me dá a oportunidade de, mais uma vez, lhes propor uma reflexão.

Vocês já atentaram para a lista de políticos oficialmente enrolados no petrolão? Com todo o respeito e ressalvando-se uma exceção ou outra, trata-se de uma coleção de mediocridades. Alguns deles não devem ter influência nem no condomínio em que moram. Sim, há gente graúda, como o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) e o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respectivamente presidentes do Senado e da Câmara. Mas, reitero, são casos excepcionais. E a ironia das ironias: os investigados mais graduados são… peemedebistas, não petistas.

O que estou a dizer, em suma, é que sempre me causa estranheza que um escândalo dessa magnitude tenha como protagonistas apenas empreiteiros, figuras do Legislativo e ex-diretores da Petrobras. Sim, há um peixão petista: João Vaccari Neto. Mas para por aí. Cadê o Poder Executivo nessa história?

É simplesmente impossível que esquema criminoso tão azeitado não estivesse obedecendo a um comando político ao qual, certamente, toda aquela gente se subordinava. Quem sabe Pessoa seja a esperança de se chegar, vamos dizer, ao mandante dos mandantes.

Tomara!

Por Reinaldo Azevedo
Tags: Ricardo Pessoa, UTC
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21/05/2015 às 19:48
Lava Jato: dono da UTC vai entregar nomes de políticos

Na VEJA.com. Volto no próximo post.
Apontado como homem-bomba entre os empreiteiros investigados na Operação Lava Jato, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC Engenharia, vai prestar depoimentos na próxima semana em Brasília para detalhar o papel de políticos envolvidos no escândalo do petrolão.

Ele assinou um acordo de delação premiada no último dia 13 e citou, entre outros parlamentares, o senador e ex-ministro de Minas e Energia Edison Lobão como um dos beneficiários do esquema de fraude em contratos e distribuição de propina envolvendo a Petrobras. De acordo com a coluna Radar on-line, também foi citado o nome de Tiago Cedraz, filho do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Aroldo Cedraz. O advogado teria recebido dinheiro para abrir caminhos no TCU nas obras de Angra 3.

Pessoa é apontado pelos investigadores como chefe do “clube do bilhão”, cartel de empreiteiras que combinava preços de licitação e desviava recursos para o pagamento de vantagens indevidas a ex-diretores e parlamentares. A proximidade do empreiteiro com o ex-presidente Lula provoca pânico no Palácio do Planalto, já que o empresário admitiu ter destinado recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à Presidência da República. Em 2006, por meio de caixa dois. Em 2010 e 2014, em doações registradas na Justiça Eleitoral.

Ele também pagou 3,1 milhões de reais a José Dirceu para obter favores do PT, além de ter financiado com caixa dois a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.

Conforme VEJA revelou, o empreiteiro disse a pessoas próximas que pagou despesas pessoais de Dirceu e deu 30 milhões de reais, em 2014, a candidaturas do PT, incluindo a presidencial de Dilma Rousseff – tudo com dinheiro desviado da Petrobras. Pessoa também garantiu ter na memória detalhes da participação dos ministros Jaques Wagner (Defesa) e Edinho Silva (Secretaria de Comunicação Social), tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, na coleta de dinheiro para candidatos petistas. “O Edinho está preocupadíssimo”, escreveu num bilhete, em tom de ameaça, ainda no início de sua temporada na cadeia, em Curitiba.

Atualmente Ricardo Pessoa cumpre prisão domiciliar em São Paulo. Ele estará em Brasília a partir de segunda-feira para os depoimentos, previstos para se estenderem até a próxima sexta-feira.

Por Reinaldo Azevedo
Tags: Petrolão, Ricardo Pessoa
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18/05/2015 às 16:36
Gim, acusado pelo dono da UTC, é amigão do peito de Dilma, que o queria no… TCU, embora houvesse contra ele 6 inquéritos no STF

Ricardo Pessoa, dono da UTC, diz que o ex-senador Gim Argello (PTB-DF) recebeu propina, grana, dinheiro, capilé mesmo, para atrapalhar o andamento da CPI Mista da Petrobras, instalada no ano passado, da qual ele foi vice-presidente. É aquela que teve o petista Marco Maia (PT-RS), ex-presidente da Câmara, ora ensaiando alguma rebeldia, como relator. Se bem se lembram, o homem primeiro decidiu não recomendar o indiciamento de ninguém; não conseguiu ver nada de errado na Petrobras. Como a coisa pegou mal, ensaiou algumas irrelevâncias sem maiores consequências. Recomendou que se indiciassem Paulo Roberto Costa e alguns empreiteiros. E ponto. Os políticos ficaram longe da comissão.

É crível que a UTC — que, afinal, confessadamente, pagava propina à canalha — tenha se mobilizado para lavar a mão de Gim? É. Embora a CPI Mista também contasse com uma maioria esmagadora de governistas, não se tratava daquela farsa montada no Senado, da qual Gim também foi membro,  e havia o temor de que pudesse sair do controle.

Gim se tornou um dos homens sem importância mais influentes de que se tem notícia no governo Dilma. Ele chegou a ser um amigão do peito da presidente, com quem fez caminhadas matinais à beira do lago. A proximidade era tal que Dilma fez o diabo, no ano passado, para usar uma expressão sua, para torná-lo ministro do Tribunal de Contas da União.

A estupefação do mundo político foi tal que ele acabou retirando a candidatura, mas foi por pouco. Na sua tentativa tresloucada de conduzir o amigo fiel ao TCU, Dilma ignorava a sua ficha: havia nada menos de seis inquéritos contra ele no Supremo por delicadezas como crime eleitoral, peculato, crime contra a administração pública, corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Nada que pudesse endurecer o terno coração de Dilma. Agora que Gim está sem mandato, eles já devem ter migrado para a instância comum.

Se Pessoa fala ou não a verdade quando diz que molhou a mão do gajo para ele ajudar a melar a CPI da Petrobras, bem, isso não se sabe. É preciso apurar. Mas digamos que a coisa faça sentido, dado o histórico.

Por Reinaldo Azevedo
Tags: Gim Argello, Petrolão, Ricardo Pessoa
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13/05/2015 às 14:54
Qual é, Lula? Agora o PT quer ter o monopólio dos bandidos? Vamos democratizar a bagaça, companheiro!

Não há nome que provoque tamanho pânico no PT como o de Ricardo Pessoa, o dono da UTC, apontado pelo Ministério Público Federal como o coordenador do chamado “clube das empreiteiras”. É, entre todos os empresários enroscados na Lava Jato, o mais próximo de Luiz Inácio Lula da Silva, com quem estabeleceu uma relação de amizade. E se julga abandonado pelo amigo.

Entre os presos, foi quem mais se deixou abater na cadeia, demonstrando maior inconformismo com a situação. Um acordo de delação premiada chegou a ser anunciado em fevereiro, mas houve depois um recuo. Não está claro por quê. Nos bastidores, o que se comenta é que ele se nega — ou se negava? — a admitir a tese do cartel.

Três meses depois, tudo indica que o acordo finalmente saiu. E, como se nota, a colaboração foi acordada depois de um habeas corpus do Supremo ter posto fim à prisão preventiva. Advogados que conhecem o caso — e já escrevi isto aqui — haviam me dito que Pessoa recusava qualquer forma de colaboração enquanto estivesse na cadeia. No seu caso, a prisão preventiva atrapalhava, em vez de ajudar, a investigação.

Pelo que se sabe até agora, Pessoa é quem põe a bomba mais perto do PT, de Dilma e de Lula. Nesta terça, o ex-presidente resolveu ter um chilique e saiu acusando a imprensa de dar crédito a denúncias de bandidos.

Pois é. Parece que o Babalorixá de Banânia e o PT querem ter o monopólio da bandidagem, não é mesmo? Enquanto Alberto Youssef e Paulo Roberto Costa (que o chefão petista chamava “Paulinho”) operavam para os companheiros, estes os tratavam como pessoas de bem. Agora que a casa caiu, Lula gostaria que o jornalismo os ignorasse.

Digamos, Lula, que sejam todos bandidos… Cabe a pergunta: para quem eles operavam até anteontem? Leiam o que informa a VEJA.com.

*
O presidente da empreiteira UTC, Ricardo Pessoa, viajou para Brasília nesta quarta-feira para firmar um acordo de delação premiada com a Justiça. Apontado como “chefe do clube do bilhão”, o empresário, que está em prisão domiciliar, foi levado à Procuradoria Geral da República para formalizar seu compromisso de colaborar com as investigações em troca de uma redução de pena.

A decisão deve ter consequências importantes para a Operação Lava Jato, já que Pessoa atuou como porta-voz do do chamado “clube do bilhão”, que reunia as principais empreiteiras do país, e foi amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As colaboração dele deixa o escândalo do petrolão ainda mais perto do Palácio do Planalto.

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, Pessoa admitiu ter destinado recursos de propina para as três últimas campanhas eleitorais do PT à Presidência. Em 2006, por meio de caixa dois. Em 2010 e 2014, em doações registradas na Justiça Eleitoral. Ele também pagou 3,1 milhões de reais a José Dirceu para obter favores do PT, além de ter financiado com caixa dois a campanha de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo em 2012.

Reportagem de VEJA também mostrou que Pessoa está disposto a contar como ajudou a financiar as campanhas de Jaques Wagner e Rui Costa para o governo da Bahia – o primeiro, em 2006 e 2010. O segundo, em 2014.


VEJA revelou ainda uma anotação de Pessoa, apreendida pela Polícia Federal, segundo a qual ele menciona o tesoureiro da campanha de Dilma em 2014, o atual ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva. “Todas as empreiteiras acusadas no esquema criminoso da Operação Lava Jato doaram para a campanha de Dilma. Será que falarão sobre vinculação campanha x obras da Petrobras?”, diz o texto apreendido.

Delação de Ricardo Pessoa sobre Lula já está no STF com Teori Zavascki

A jornalista Mônica Bérgamo diz hoje na sua coluna da Folha de S. Paulo que as informações sobre o ex-presidente Lula contidas na delação premiada do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC, já chegaram ao STF (Supremo Tribunal Federal). Elas foram dadas ao ministro Teori Zavaski pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

Resta saber quando é que as denúncias contra Lula vazarão. 

Em Curitiba, esta semana, Ricardo Pessoa falou e foi tudo transmitido pela mídia, comprometendo quem não tem foro privilegiado. 

Leia o que mais escreve Mônica:

PRIMEIRO ANDAR
Zavaski deve decidir, no futuro, se envia os dados ao juiz Sergio Moro, no Paraná. O magistrado pediu mais informações a Janot sobre os fatos narrados pelo empresário.

MEZANINO
Também já chegaram ao STF informações sobre o ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, e o senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB. A corte decidirá se eles devem ou não ser investigados de maneira mais detalhada. Os dois negam ter recebido recursos irregulares de Pessoa.

TURMA

O governo, que, como antecipado pela coluna, já tinha recebido informações de que Rodrigo Janot enviaria ao STF pedido de abertura de inquérito contra Mercadante, foi informado também de que é possível que os casos do ministro e de Aloysio, se tiverem sequência, saiam das mãos de Teori Zavaski. Eles podem ser distribuídos a outros magistrados.
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