As sanções financeiras sempre pareceram um instrumento reservado a regimes autoritários distantes ou a inimigos declarados do Ocidente. Mas o Brasil começa a perceber que não é preciso sair da ordem liberal para ser tratado como risco. Basta comprometer, de forma persistente, os pilares que sustentam a previsibilidade institucional: liberdade política, estabilidade jurídica e respeito ao devido processo legal. A crise já não cabe mais dentro do país. Ela transbordou. E começa a gerar reações fora dele.
O que antes era lido como ruído doméstico agora começa a ser interpretado por analistas estrangeiros como risco sistêmico. O caso Bolsonaro, pela sua dimensão simbólica e política, evidenciou uma ruptura institucional que muitos fingiram não ver. A repercussão internacional não parte de juízo de valor ideológico, mas de um critério pragmático: quando as regras deixam de valer igualmente, a segurança jurídica se esvai. E isso gera desconfiança. Não apenas política, mas financeira.
A simples menção, feita por fontes do próprio governo, de que o Brasil monitora o risco de exclusão do sistema Swift mostra que o alerta já entrou no radar institucional. Não se trata de exagero retórico.
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