Economistas veem risco do Brasil entrar na onda das crises européias

Clipping - Jornal Correio Braziliense - 15/10/2011

A retração da atividade econômica detectada pelo Banco Central em junho, julho e agosto — somente neste último mês, a prévia do Produto Interno Bruto (PIB) calculada pela instituição registrou queda de 0,53% —, não foi suficiente para derrubar a inflação. Pelo contrário. Diante das desconfianças em relação ao Banco Central, que deve cortar mais 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros (Selic) na próxima semana, de 12% para 11,50%, as projeções indicam grande possibilidade de o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechar o ano acima dos 6,5% definidos como teto da meta referente ao custo de vida.

Não à toa o Palácio do Planalto acendeu o sinal de alerta. Se o primeiro ano de governo da presidente Dilma Rousseff será desanimador do ponto de vista econômico, para 2012 o quadro não será muito diferente. Há quem diga que o IPCA ficará próximo de 6%, combinado a uma taxa de crescimento inferior a 3%. Ou seja, o Brasil pode repetir o pesadelo europeu: expansão mínima do PIB com inflação alta — a chamada estagflação.

Diante desse quadro, o país e outras nações emergentes, antes praticamente descolados da crise internacional, começam a ser observados por olhos carregados de dúvidas. A China, por exemplo, além de se ver obrigada a socorrer bancos e empresas à beira da falência, anunciou que a sua atividade comercial cresceu em setembro no menor ritmo dos últimos sete meses. As exportações para seu maior parceiro, a Europa, avançaram apenas 10%, com tendência de enfraquecimento, já que a Zona do Euro está com um pé na recessão. Em agosto, o salto havia sido de 22%.

No Brasil, os indicadores têm deixado as autoridades e economistas em constante sobressalto. Enquanto a inflação acumulada até setembro está acima de 7%, as vendas do comércio varejista ampliado começaram a dar os primeiros sinais de fraqueza, ao registrar queda de 2,3% em agosto. No mesmo mês, a indústria levou um tombo de 0,2%, com retração em 10 das 14 regiões pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os segmentos mais afetados foram os de calçados, eletrônicos, plásticos e móveis.

9 comentários:

Anônimo disse...

Em Brasília o oba oba é visível. Tem Ministro, poderes, órãos, ministérios que acham que os cofres públicos não tem fundo. Enquanto essa mentalidade prevalecer em Brasília, nos Estados e Muncípios o Brasil será essa 'batata quente' que os brasileiros estão segurando. Haja paciência!!!!

Anônimo disse...

Desde que Meirelles saiu do BC e os corruPTos assumiram a economia a vaca foi para o brejo, por que será? Nove Dedos sabe muito bem a razão!

Anônimo disse...

e adicione a tragedia uma população endividada ate o pescoço...

esse negocio de credito fácil não eh brincadeira não...

os brasileiros ainda não se deram conta do tamanho do buraco que eh esse papo-furado do Luix Inassiu de mandar todo mundo comprar sem parar...

Anônimo disse...

O Governo Dilma a exemplo do Governo Lula é muito chegado ao OBA-OBA. Muita propaganda e pouca gestão.
São pessoas muito chegadas a adoção de medidas heterodoxas(falar em hetero será que dá problema?) e isto significa flertar com o perigo, pois nunca se sabe o que vai dar, não deixam de ser medidas sem exemplos anteriores de sucesso.
Depois quando saem do governo deixam um rombo muito problemático.
Falta humildade a essas pessoas.

Anônimo disse...

Evidente que há riscos, o Brasil não vive numa ilha isolado do resto do mundo. Só o mercado interno não vai garantir sustentação à nossa economia.

Anônimo disse...

Não que eu torça contra o Brasil, mas, o menteiga, ia, e vinha dando "conselhos" aos Europeus, Americanos, enfim, mentindo que a crise não afetaria o Brasil, e blá, blá, blá, acordem, a crise é MUNDIAL!!! TODOS, repito, TODOS os países serão afetados, inclusive os que foram governados por apedeutas sem dedo, que teria tudo para sair, ou nem entrar nela, o povinho caiu na converda que era país desenvolvido, comprem, se endividem, xiii, foi voo de galinha, Brasil dificilmente voltará a crescer, os outros em 10, 15 naos sairão da crise já os "emergentes", cantados em verso e prosa, sei não...

Anônimo disse...

Lembro que na época do min.Malan, ele dizia: se querem crescimento econômico rápido é só liberar o crédito, mas depois tem que guentar a volta da inflação.

Anônimo disse...

ESTAMOS NO "ÉDEN"

Anônimo disse...

Isso e bom para acabar de vez com este ufanismo brasileiro de se achar um paraiso na terra e imune a qualquer crise, mais uma falcatrua e estelionato eleitoral plantado por esssa corja de comunas que tomaram conta do poder e que de la nao saem mais!!!
Quem e o Brasil para querer dar palpite em paises da Europa com governos "relamente democraticos" e cujo povo e aguerrido e ja passou, dentre outras coisas, por 02 guerras e construiram o que se ve por la! Quem e o Brasil com imporstos de 40% e servicos a populacao de uma Etiopia para dar palpite?! Um Pais de m..... sem aeroportos, estradas, seguranca publica(maior numero de assassinatos absoluto do Planeta), sem portos e muito menos ainda educacao!!!!

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