Artigo, André Lara Resende, Valor - Juros e conservadorismo intelectual

Desde a estabilização da inflação crônica, com o Real - e já se vão mais de 20 anos -, a taxa básica de juros no Brasil causa perplexidade entre os analistas. Por que tão alta? Inúmeras explicações foram ensaiadas, como distorções, psicológicas e institucionais, associadas ao longo período de inflação crônica com indexação; baixa poupança e alta propensão ao consumo, tanto pública como privada; ineficácia da política monetária, entre outras.1 Embora todas façam sentido e possam, no seu conjunto, ajudar a entender por que os juros são tão altos, nenhuma delas foi capaz de dar uma resposta convincente e definitiva para a questão.

As altíssimas taxas brasileiras ficaram ainda mais difíceis de serem explicadas diante da profunda recessão dos últimos dois anos. Como é possível que depois de dois anos seguidos de queda do PIB, de aumento do desemprego, que já passa de 12% da força de trabalho, a taxa de juro no Brasil continue tão alta, enquanto no mundo desenvolvido os juros estão excepcionalmente baixos? Há quase uma década, nos Estados Unidos e na Europa, e há três décadas no Japão, os juros estão muito próximos de zero, ou até mesmo negativos, mas no Brasil a taxa nominal é de dois dígitos e a taxa real continua acima de 7% ao ano.

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6 comentários:

Unknown disse...

O imbróglio são o IOF e o Compulsório!!! Quem os determina: a agiota maior - o Governo federal!!!

Ferrisi disse...

No Brasil o cálculo da tabela price injeta juros anuais de 4,5, 5, 6, 7, 9, 12 e até 14%as.um tremendo absurdo se compararmos a realidade do uso da mesma tabela Prince nos países desenvolvidos, onde a tabela Prince é usada sem juros, ou seja, nela já estaria contido os juros necessários para remunerar o capital, portanto, não seria justo aplicar outros índices de remuneração, pois seria escandaloso e coisa de agiota

Luiz Vargas disse...

Não seria porque no país da máfia da emPreiTeiras também há a MÁFIA DOS BANQUEIROS que tem, por bene$$e política a "reserva de mercado" para a pratica de taxas de juros estratosféricas, capaz de fazer corar os agiotas de qualquer outro lugar do mundo?
Esta na hora de abrir as portas do país para bancos de todo o mundo que tenham tradição, solidez e tratamento honesto e digno para com seus clientes.
O que tem de máfias neste bananão é algo impre$$ioante pois elas existem em todas as áreas, tanto sociais como econômicas. Esta na hora de dar um basta nisto.

Anônimo disse...

Concordo que os juros reais estão salgados, mais quando forem calculados devemos levar em conta que de 22,5 à 15%, são descontado como imposto de renda.

Anônimo disse...

Polibio,
Somos o único país a ter a economia toda indexada pela inflação passada e a repassar a inflação para todos os precos .
Todo ano tudo aumenta baseado na inflação passada .
Nenhum outro país do mundo comete esse erro infantil.Somos o soldadinho de passo certo!
O Brasil é patético, um caso perdido.
Parafraseando Gianni Agnelli , nāo é dificil governar o Brasil , é inútil!

Mauro de Curitiba disse...

Confesso que já não tenho paciência para especialistas que escrevem artigos para "explicar" alguma coisa, fazem um lero danado, e o freguês chega ao fim da leitura sem a resposta que esperava.
Assim, comecei a leitura desse "Juros e Conservadorismo ..." e parei após o primeiro parágrafo.
Como alguém pode elencar as possíveis razões para as taxas de juros serem tão elevadas no Brasil e nem sequer mencionar como hipótese o conluio entre banqueiros e governo (eu disse hipótese, tá?). É óbvio que os bancos lucram horrores e os agentes públicos, se corrompidos, recebem polpudas comissões (eu disse "se" ...).
Tentar explicar em economês, convenhamos, é para enganar incautos.

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