PF diz que RBS deu R$ 12 milhões à SGR para se livrar de multas milionárias da Receita Federal. Afonso Mota e Nardes são protagonistas principais do escândalo do Carf.

As investigações sobre fraudes fiscais no Carf estão sob o comando da Operação Zelotes, Polícia Federal e MPF, mais a Câmara, apuram o caso de propinas pagas por empresas a conselheiros do órgão federal, via CPI própria.

A RBS é uma das investigadas. No RS, Gerdau, Marcopolo e Mundial também estão na lista dos investigados.

O caso da RBS acabou respingando no ministro Augusto Nardes, porque ele foi sócio de uma empresa, a SGR, contratada para atuar junto ao Carf. A SGR deu R$ 2,5 milhões para pessoas identificadas como Tio e Ju, que a PF considera gente do Carf, visando corrompê-lo.

As investigações da PF chegaram ao atual líder do PDT na Câmara, Afonso Mota, que na época era diretor Jurídico da RBS, e que teria assinado os contratos. A RBS pagou R$ 12 milhões à SGR, tudo através de outra empresa, a Planalto Soluções e Negócios.

Augusto Nardes foi um dos donos da SGR, que tinha como sócio, também, José Ricardo da Silva, conselheiro do Carf. Juliano, sobrinho de Nardes, também era sócio da SGR.

A SGR influenciou o Carf para dar parecer favorável a uma demanda da RBS.

* A ilustração ao lado, acima,  é da Folha de S. Paulo.