O empresário da construção civil de Miraí, Minas Gerais, Carlos Roberto Rodrigues Vieira, mais conhecido como "Carlinhos
Francelino", sobrenome de seu avô, tornou-se o centro das atenções nas
redes sociais após publicar um texto em sua página pessoal no Facebook
criticando a nomeação do juiz Sérgio Moro para Ministro da Justiça. Na postagem
ele afirmou estar disposto a "eliminar este bandido que usou o cargo para
perseguir o PT, se o partido não tiver homens de coragem para matá-lo é só me
contactar, tanto tenho coragem como prazer de vê-lo virar cinzas..."
(sic). Ainda no texto ele sugere se transformar em um "homem-bomba"
para concluir o que seria seu objetivo.
A repercussão da mensagem foi imediata. O editor replicou as ameaças no início desta manhã. A ameaça chegou até
Carlos Bolsonaro, um dos filhos do presidente eleito, que usou de ironia para
comentar o episódio, escrevendo apenas: "Será que vai dar no JN?". A
sigla quer dizer Jornal Nacional, o telejornal de maior audiência da TV
brasileira. O post foi reproduzido em centenas de grupos e recebeu milhares de
"curtidas" mas foi retirado do ar, segundo Carlinhos Francelino pelo
próprio Facebook, "possivelmente após ter recebido denúncias de que a
postagem era inadequada para aquela rede social", comentou.
Ele se retratou:
- Com a cabeça fria,
reconheço que exagerei, jamais passou pela minha cabeça fazer qualquer tipo de
violência contra as pessoas. Quem me conhece, sabe muito bem como sou. Sempre vivi
do trabalho e para o trabalho. Tenho uma empresa do setor da construção civil
em Miraí onde sempre morei e criei minha família, portanto, minha vida se
resume ao trabalho e à família. Foi uma bobagem da boca pra fora.
Questionado sobre sua preferência entre os candidatos na
corrida presidencial, Carlinhos disse ter votado em Fernando Haddad,
"porque para mim ele era o menos ruim", acrescentando não ser filiado
ao Partido dos Trabalhadores como chegou a ser divulgado. "Eu estive no PT
em 2012, apenas porque havia a possibilidade de me tornar candidato a prefeito
em Miraí, mas logo depois desfiliei e voltei a me dedicar exclusivamente à
minha empresa", afirmou. Ainda sobre sua participação nesta campanha
eleitoral ele disse que teve atuação como de "qualquer pessoa, ou seja,
deixei clara minha escolha e comentava sobre o assunto nas redes sociais. A
partir daí comecei a ser ameaçado e estas ameaças foram crescendo a cada dia,
até hoje", assegura. Ele finaliza dizendo não esperava essa grande
repercussão e se for chamado a prestar esclarecimentos o fará
"tranquilamente" porque "não tenho nada a esconder e a verdade é
esta que acabei de contar aqui." (Fotos: Reprodução Facebook)