A Agência PT de ontem, quinta-feira, distribuiu um texto atribuído ao cineasta gaúcho Jorge Furtado, no qual ele defende apaixonadamente o chefe da organização criminosa brasileira mais conhecida do momento, o empreendimento chamado Partido dos Trabalhadores.
"Nunca houve uma perseguição política contra um homem
público como a que a direita e sua mídia estão fazendo agora contra Lula", escreveu o cineasta, filho de dois antigos serviçais da ditadura militar, no caso Jorge Furtado, ex-secretário executivo do MEC, e Dercy Furtado, deputada da Arena.
Por que há a perseguição ? Ele responde:
- O objetivo é só um: tentam enfraquecê-lo para a eleição de 2018 quando pretendem,
pela quinta vez, retomar o poder que perderam em 2002.
Logo em seguida, Jorge Furtado tenta comparar Lula com Getúlio e Jango, que "sofreram perseguição semelhante em
1954 e 1964.
Os pais do autor do texto perseguiram Getúlio e Jango, mas apesar disto, ele não sabe até hoje que os dois ex-presidentes caíram em função de severos embates políticos e militares, todos de caráter estritamente ideológico, o que não acontece com Lula, que é investigado pelas mais sérias instituições da República - Justiça Federal, MPF e PF - por violar a lei. Ele e sua organização criminosa, são acusados por envolvimento em ações criminosas típicas de chefes de quadrilhas de ladrões e malfeitores. Seus mais queridos amigos e companheiros, já estão na cadeia porque são corruptos e corruptores da pior espécie.
Jorge Furtado, a exemplo do que fazem também outros destrambelhados politólogos bissextos como Luiz Fernando Veríssimo, seu velho amigo, seguem a retórica marginal petista de embaralhar o jogo político, tentando blindar juridicamente o chefe e com isto evitar seu julgamento e condenação.
Isto não dá certo em estados democráticos de direito.
Não está dando certo aqui.
Lula não é um sobreviente do apartheid brasileiro, que só existe na cabeça de ente que faz fantasias cinematográficas, porque ele é um sobrevivente entre os 90% dos bandidos brasileiros que continuam soltos e impunes, portanto indevidamente fora da cadeia.
*A imagem acima é do Monstro do Fosso, do filme "Saneamento Básico", com direção de Jorge Furtado (2007).
Leia o artigo original de Jorte Furtado,
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