Muy amigas.
* Clipping revista Época
Título original: Feirão da Petrobrás.
Uma reportagem da revista Época deste fim de semana
promete realimentar os ataques que vêm sendo feitos à estatal pela oposição. No
texto "O feirão da Petrobras", cinco jornalistas da publicação
semanal da Editora Globo acusam a empresa, comandada por Graça Foster, de gerir
mal seus negócios no exterior. Na Argentina, ativos valiosos estariam sendo
entregues, a preço vil, a um grupo aliado de Cristina Kirchner. Na Nigéria,
poços com grandes reservas de petróleo estariam sendo transferidos ao banqueiro
André Esteves, do BTG Pactual, que mantém perigosa proximidade com o governo
federal. Leia abaixo:
(este texto de introdução é do site www.brasil247.com.br)
O feirão da Petrobras
Documentos da estatal revelam os bastidores da venda de
patrimônio no exterior – como a sociedade secreta na Argentina com um amigo da
presidente Cristina Kirchner
DIEGO ESCOSTEGUY, COM MURILO RAMOS, LEANDRO LOYOLA,
MARCELO ROCHA E FLÁVIA TAVARES
Na quarta-feira, dia 27 de março, o executivo Carlos
Fabián, do grupo argentino Indalo, esteve no 22o andar da sede da Petrobras, no
Rio de Janeiro, para fechar o negócio de sua vida. É lá que funciona a Gerência
de Novos Negócios da Petrobras, a unidade que promove o maior feirão da
história da estatal – e talvez do país. Sem dinheiro em caixa, a Petrobras
resolveu vender grande parte de seu patrimônio no exterior, que inclui de tudo:
refinarias, poços de petróleo, equipamentos, participações em empresas, postos
de combustível. Com o feirão, chamado no jargão da empresa de “plano de
desinvestimentos”, a Petrobras espera arrecadar cerca de US$ 10 bilhões. De tão
estratégica, a Gerência de Novos Negócios reporta-se diretamente à presidente
da Petrobras, Maria das Graças Foster. Ela acompanha detidamente cada oferta do
feirão. Nenhuma causou tanta polêmica dentro da Petrobras quanto a que o
executivo Fabián viria a fechar em sua visita sigilosa ao Rio: a venda de
metade do que a estatal tem na Petrobras Argentina, a Pesa. ÉPOCA teve acesso,
com exclusividade, ao acordo confidencial fechado entre as duas partes, há um
mês. iApesar do nome, a Petrobras não é a única dona da
Pesa: 33% das ações dela são públicas, negociadas nas Bolsas deBuenos Aires e
de Nova York. A Indalo se tornará dona de 33% da Pesa, será sócia da Petrobras
no negócio e, segundo o acordo, ainda comprará, por US$ 238 milhões, todas as
refinarias, distribuidoras e unidades de petroquímica operadas pela estatal
brasileira – em resumo, tudo o que a Petrobras tem de mais valioso na
Argentina.
O negócio provocou rebuliço dentro da Petrobras por três
motivos: o valor e o momento da venda, a identidade do novo sócio e, sobretudo,
o tortuoso modo como ele entrou na jogada. Não se trata de uma preocupação
irrelevante – a Petrobras investiu muito na Argentina nos últimos dez anos.
Metade do petróleo produzido pela Petrobras no exterior vem de lá. Em 2002, a
estatal brasileira gastou US$ 1,1 bilhão e assumiu uma dívida estimada em US$ 2
bilhões, para comprar 58% da Perez Companc, então a maior empresa privada de
petróleo da Argentina, que já tinha ações negociadas na Bolsa. Após sucessivos
investimentos, a Perez Companc passou a se chamar Pesa, e a Petrobras tornou-se
dona de 67% da empresa. Nos anos seguintes, a Petrobras continuou investindo
maciçamente na Pesa: ao menos US$ 2,1 bilhões até 2009. Valeu a pena. A Pesa
atua na exploração, no refino, na distribuição de petróleo e gás e também na
área petroquímica. Tem refinarias, gasodutos, centenas de postos de
combustível. Em maio de 2011, a Argentina anunciou ter descoberto a terceira
maior reserva mundial de xisto – fonte de energia em forma de óleo e gás –,
estimada em 23 bilhões de barris, equivalentes à metade do petróleo do pré-sal
brasileiro. A Pesa tem 17% das área.
CLIQUE AQUI para ler tudo.