Após uma sessão com discussões acaloradas entre os ministros e o monólogo de sexta feira protagonizado pelo Procurador Geral da República, a sessão de hoje inaugurou a troca de acusações típica da presença de vários advogados dentro de uma mesma denúncia.
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Se Garrincha certa vez alertou que faltava combinar a estratégia do jogo com os adversários russos, faltou à defesa de Dirceu combinar sua versão com seus companheiros de partido, pois a defesa de José Genoíno não hesitou em dizer que, embora ele fosse formalmente o presidente do PT, o presidente de fato era o próprio Dirceu, devolvendo a bola quadrada ao ex-Ministro da Casa Civil.
Também faltou combinar com a defesa de Delúbio.
Apesar das inúmeras menções ao PT e à cúpula do partido, em nenhum momento as defesas de Dirceu e Genoíno mencionaram, nem uma única vez, o nome do ex-Presidente Lula, mas o advogado de Delúbio não foi convidado para a estratégia e na sua introdução escancarou que tudo começou na montagem da chapa Lula e José Alencar, em reunião na qual Lula estava presente.
E seguiram-se as divergências. O advogado de Dirceu não apelou ao seu passado, embora tenha dele lembrado. De Genoíno, sabe-se até que possui a ficha de inscrição n. 07 no PT.
O advogado de Dirceu não rebateu especificamente os fatos e a todo o momento, repita-se, negou qualquer pagamento. O de Delúbio trouxe gráficos, tabelas demonstrativas e disse que foi dado dinheiro a um monte de gente.
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