Para combater o corporativismo gaúcho, o governador José
Ivo Sartori terá de ser combativo como o Capitão Rodrigo de Erico Verissimo
Nas últimas duas décadas, o governo gaúcho só operou no
azul durante o governo Yeda Crusius, entre 2007 e 2010. Durante anos, os
políticos gaúchos se habituaram a aprovar orçamentos sem base fiscal na
Assembleia Legislativa. Na prática, autorizavam o Executivo a gastar dinheiro
que não existia. Se fosse um país, era fácil resolver. Bastava emitir moeda e
passar a conta para todo mundo. Mas não dá. O Rio Grande perdeu a guerra em
1845. É apenas um estado. E quebrou.
É evidente que existem fatores “estruturais” na crise
gaúcha. O estado tem o funcionalismo com idade média mais alta da Federação.
Tem o maior déficit previdenciário, em torno de 25% da receita líquida, e gasta
55% da folha de salários com inativos. Houve uma estiagem forte, também, em
2005, e nos anos 1990 circulava uma vaga ideia, nas noites frias de Porto
Alegre, de que o estado seria o centro do Mercosul. Nada disso aconteceu. É da
vida. As pessoas envelhecem, o clima às vezes não coopera. É para isso que
serve a liderança política. Para antecipar, olhar para o futuro com realismo,
ajustar as instituições.
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