- Se fosse para voltar a trabalhar e garantir os salários, melhor teria sido para os rodoviários que tivessem voltado com as conquistas acertadas durante a tarde na TRT. As lideranças - todas - dos trabalhadores, foram amadoras e incompetentes, prejudicando toda a categoria.
Nenhuma das forças sindicais e partidárias saiu
ganhando com o resultado da assembleia geral que mil rodoviários (a categoria tem 8 mil
membros) realizaram ontem a noite no Ginásio Tesourinha, Porto Alegre, porque
nenhuma das lideranças defendeu a proposta finalmente aprovada: retorno
imediato ao trabalho e mera expectativa pelo que possam conseguir no julgamento
do dissídio do dia 17.
. Os trabalhadores passaram por cima de todos os seus líderes, inclusive os da oposição, mas aparentemente houve erro de pilotagem na assembléia e a falta de comando dos trabalhos confundiu as votações, levando ao resultado inesperado e surpreendente.
. A direção oficial do sindicato, controlada pela Força
Sindical, defendeu o acordo da tarde no TRT, que contemplava reajuste de 7,5%,
fim gradual do banco de horas, manutenção do plano de saúde e recuperação dos
dias parados, mas até mesmo alguns grupos que representam a oposição, como a
CUT, também acharam melhor ficar com o que tinham na mão.
. De qualquer forma, ganharam músculo os grupos de
esquerda – Partidos e movimentos – que insuflaram e radicalizaram a greve. Eles
tentarão tirar a Força Sindical do comando do Sindicato dos Rodoviários. Todos
os grupos de esquerda possuem forte base na empresa estatal municipal, a Carris,
foco dos setores mais radicais.
. O jornal Zero Hora de hoje lista os grupos de
sindicalistas e Partidos envolvidos na disputa política pelo comando da
categoria dos rodoviários:
Situação - Força Sindical e Partido Solidariedade, no
comando formal do Sindicato dos Rodoviários.
Oposição - CUT, CUT Pode Mais, MIR, Cnlutas, PSTU, PSOL,
PT e Bloco de Luta pelo Transporte Público