No documento World Economic Outlook (WEO), divulgado
ontem, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo as suas
projeções de crescimento do PIB global de 2018 e de 2019, para 3,7% em cada um
dos dois períodos.
Em julho, as duas projeções eram de 3,9%. Para o Brasil, em particular, o Fundo projeta taxas de avanço de 1,4% e de 2,4%, nessa ordem, para os dois períodos.
De acordo com a
instituição, a reavaliação baixista reflete as surpresas com a atividade
econômica de alguns países desenvolvidos nos primeiros meses do ano, os efeitos
negativos das medidas de restrição comercial e as perspectivas mais fracas para
algumas nações emergentes, por conta de fatores específicos, condições
financeiras mais apertadas, tensões geopolíticas e maiores gastos com
importação de petróleo. O documento enfatiza que o balanço de riscos para o
crescimento mundial é, agora, baixista, em um contexto de elevada incerteza. Na
atualização de suas projeções, o FMI incorporou os impactos projetados da
guerra comercial entre EUA e China, aumentos adicionais de juros por parte do Fed
(para 3,5% em 2019), aperto adicional das condições financeiras globais e preço
médio do barril de petróleo em US$ 69,38 neste ano, cedendo para US$ 68,76 em
2019, dentre outras premissas. As economias desenvolvidas deverão crescer 2,4%
e 2,1% neste e no próximo ano (2,4% e 2,2% nas projeções divulgadas em julho),
enquanto as emergentes deverão avançar 4,7% e 4,7%, respectivamente (4,9% e
5,1%, anteriormente).