Em acordo de delação premiada, o ex-diretor da Petrobras
afirmou às autoridades que a presidente afastada tinha conhecimento da
negociação que gerou prejuízo milionário.
A reportagem a seguir é de Laryssa Borges, site da revista Veja desta noite. Leia tudo:
O ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor
Cerveró afirmou em acordo de delação premiada que a presidente afastada Dilma
Rousseff mentiu ao afirmar que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, foi
consolidada pela Petrobras apenas porque o Conselho de Administração da estatal
não tinha conhecimento de duas cláusulas de preferência que tornaram a
transação desfavorável à petroleira brasileira.
A cláusula Marlim previa à empresa belga Astra Oil,
parceira inicial da Petrobras, um lucro de 6,9% ao ano, independentemente das
condições de mercado, enquanto a cláusula de Put Option obrigava a empresa
brasileira a comprar a outra metade da refinaria caso houvesse desentendimento
com a parceira da Bélgica. Na tentativa de se eximir de responsabilidade sobre
a transação, que gerou prejuízo de 792 milhões de dólares à Petrobras, Dilma
sempre alegou que a compra da unidade de refino foi feita com base em um
"parecer falho" elaborado por Cerveró.
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