A análise a seguir é de Gaudêncio Torquato, O Estadão de domingo. O editor selecionou os trechos abaixo, os mais relevantes, para dar maior velocidade e facilitar a leitura. O texto integral vai no link ao final.
O recado de Lula foi direto: o governo precisa partir
para a ofensiva, rebater as denúncias e defender "com unhas e dentes"
a Petrobrás. Como assim? Como será possível defender a estatal quando pairam
sobre ela contundentes denúncias de transações mal feitas, teias de corrupção e
escândalos, sob a inexorável constatação de que ela vale, hoje, cerca de R$ 175
bilhões, menos da metade dos R$ 380 bilhões estimados em 2010, quando o preço
do petróleo subiu aos picos e o pré-sal vitaminava a euforia do PT? Luiz Inácio,
como se diz no vulgo, quer fazer do limão uma limonada.
A sugestão dará certo? Ao menos é a mais criativa. Como
se sabe, diante de uma situação embaraçosa, ao ator político resta escolher
entre duas estratégias: a de negociação e a de confronto.
(...)
No fundo, o que o mandachuva começa a fazer é dar as
coordenadas para a administração de fatores ponderáveis que poderão influenciar
o pleito.
(...)
E a onda do "volta Lula"? É razoável? Na escala
da probabilidade, está no último degrau. Só em última instância o ex-presidente
toparia a parada. Como exemplo, o descontrole da inflação. A economia é a
locomotiva que puxa os carros do trem da política. Saindo dos trilhos, provoca
um desastre. Com a força do carisma e do gogó (que não pode estar desafinado),
Luiz Inácio se esforçará para fazer o trem chegar à estação. Não será fácil
apertar todos os parafusos da engrenagem. Resta aduzir que há na política um
fator incontrolável, que não pede licença para entrar no saguão eleitoral e
mudar o mapa dos votos. Ele poderia também puxar Lula para a candidatura. É o
imponderável. Pode ocorrer a qualquer momento em qualquer lugar. Acidentes ou
incidentes graves, eventos de grande impacto, borrascas inesperadas se escondem
na caixa das coisas imponderáveis.
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