Neste fim de semana, a principal revista do país, a Veja,
trouxe uma ampla reportagem sobre o que virá em breve na Operação Lava-Jato. De
acordo com a revista, existe um mutirão de delações a serem feitas - todas no
esquema premiado, nas quais os delatores conseguem redução de pena, caso
comprovem o que dizem - incluindo do ex-presidente da empreiteira Odebrecht,
Marcelo Odebrecht. Ao todo, 75 executivos da empresa pretendem falar. Tantos
depoimentos serão distribuídos em mais de trezentas pastas, que contarão novas
histórias sobre a corrupção sistêmica no Brasil.
Segundo a Veja, para que os depoimentos delatores dos
mais de 70 executivos passe a ter valor, ainda é necessário que um documento
com o Ministério Público seja assinado. Esse documento e as delações envolvem
nomes graúdos da política, como dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e
Dilma Rousseff. Além disso, o atual chefe de estado brasileiro, Michel Temer,
também seria citado, assim como nomes importantes do PSDB, como Geraldo
Alckmin, Aécio Neves e José Serra, que é Ministro de Temer e está inclinado a continuar
assim.
Não para por aí. Outro Ministro, Geddel Vieira Lima, e o
Senador Romero Jucá, além de nomes importantes do PMDB carioca, fazem parte dos
mais de 300 anexos. Entre eles, o do atual prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo
Paes, e do ex-governador do estado que recebeu os jogos olímpicos. A
empreiteira faturou, apenas no ano passado, mais de cem bilhões de reais. Para
que o acordo com o Ministério Público fosse firmado, foram necessários mais de
400 advogados da empreiteira. Isso, é claro, também tem dado dor de cabeça para
os Procuradores de Curitiba.
Comenta-se, nos bastidores da Operação da #Polícia
Federal, que as revelações devem dividir o mundo político, entre antes e depois
da Odebrecht. Isso tem causado até temor no juiz federal Sérgio Moro, que
espera que o Brasil seja capaz de sobreviver a um turbilhão de acontecimentos,
continuando a apoiar a operação que é a principal contra a corrupção no
país. #Lava Jato #Crime