Vigilia votiva em Porto Alegre pressiona TCU pela rejeição das contas de Dilma

A foto ao lado foi da ação iniciada as 18h, no Parcão, Porto Alegre, quando manifestantes acenderam 200 velas para formar a frase SOS TCU. 

A inscrição em fogo ocorreu também nas demais capitais.

As 15h, pouco antes, apresentou-se no local a Banda Loka Liberal, que permaneceu no Parcão para dar cobertura ao pessoal local da  Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos,que realizou algo inédito, no caso uma vigília em nível nacional, no mesmo dia, no mesmo horário e transmitindo por Whats App.

O editor esteve no Parcão e obteve a foto ao lado. 

Entrevista, Istoé, Roberto Romano - O governo Dilma é um desastre

O editor leu ainda há pouco na Istoé e recomenda esta entrevista feita pela repórter Ludmilla Amaral para a edição deste final de semana. O professor da Unicamp diz que o Estado brasileiro funciona à base da corrupção e considera grave a situação da presidente.

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Doutor em filosofia e professor de Ética Política na Unicamp, Roberto Romano mostra ceticismo em relação ao futuro do País. Para ele, a crise política é estrutural e remonta ao processo de criação de um Estado de modelo absolutista. "No princípio absolutista, os governantes estão acima do cidadão comum e, portanto, não têm de prestar contas a ninguém. Há o controle do poder no plano central, mas não há autonomia dos municípios e dos Estados. Um País onde 70% dos impostos vão direto para o cofre do poder central é um país de exército vencido", critica.

Na avaliação de Romano, a crise se agrava quando uma presidente, no caso Dilma Rousseff, encontra sérias dificuldades para dialogar com a sociedade e escala auxiliares tão ou mais inábeis quanto ela. "Se somar a incapacidade de dialogo notório que a presidente tem com a incapacidade de seus auxiliares, você tem um governo que é esse desastre". Para um partido que vendeu esperança, na eleição de Lula, o quadro é grave, avalia. Na opinião do professor da Unicamp, equivoca-se quem diz que as instituições operam normalmente. Ele considera a intervenção estatal no BNDES uma prova de que a democracia ainda capenga no Brasil.

ISTOÉ - O senhor disse uma vez que "a inflação é um desagregador político muito forte". A crise no governo Dilma se dá por conta da alta dos preços?
ROBERTO ROMANO -A inflação é um ingrediente complicador. Ela quebra a capacidade que o ser humano tem de confiar. Esse fenômeno desagregador da inflação é o ponto essencial, mas não é o único ponto da crise política.

ISTOÉ - Quais são os outros pontos?
ROBERTO ROMANO -O fato de o nosso Estado ser ainda gerado para combater a democracia moderna. Dom João VI trouxe para cá um Estado contra revolucionário. O modelo trazido para cá é um modelo absolutista. Tanto que na primeira Constituição independente do Brasil há a figura de irresponsabilidade do chefe de Estado. No princípio absolutista, os governantes estão acima do cidadão comum e, portanto, não têm de prestar contas a ninguém. Há o controle do poder no plano central, mas não há autonomia dos municípios e dos Estados. Nós não temos municípios até hoje. É uma ficção. Um País onde 70% dos impostos vão direto para o cofre do poder central é um país de exército vencido. O poder central age em relação aos estados e municípios como um poder invasor, que controla tudo.

ISTOÉ -Como esses pontos influenciam na crise do governo Dilma?
ROBERTO ROMANO - O problema não é só essa questão da estrutura do Estado que é obsoleta. Você tem essa figura do chefe de estado que possui prerrogativas de imperador. Em vez de a preocupação ser com a estrutura da máquina do Estado, a preocupação é com as pessoas. Se a pessoa está distribuindo favores e as políticas sociais são transformadas em favores, quando a fonte dos favores diminui evidentemente que a popularidade também diminui. Eu sempre digo que o presidente brasileiro é um gigante de pé de barro. É um gigante, mas precisa da base aliada, dos acordos com as oligarquias, do dinheiro das empresas. Então, você tem um presidente que, ao invés de mandar no sentido absolutista, ele é mandado. E se ele tiver capacidade política, diplomática, ele pode se sair razoavelmente bem. Infelizmente a presidente Dilma não tem essa capacidade política e diplomática. Para piorar, ela escolheu muito mal os seus auxiliares.

ISTOÉ - De quem o sr. está falando especificamente?
ROBERTO ROMANO -
Veja os chefes da Casa Civil escolhidos pela Dilma: Erenice Guerra, Gleisi Hoffmann e Aloízio Mercadante. Eles não sabem conversar. Eles sabem mandar. E são desastrados. Então, se somar a incapacidade de dialogo notório que a presidente tem com a incapacidade de seus auxiliares, você tem um governo que é esse desastre.

ISTOÉ -Na semana passada, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, anunciou o rompimento com a presidente Dilma Rousseff. A crise se agrava na opinião do sr.?
ROBERTO ROMANO -Enquanto presidente da Câmara e também como deputado, ele não pode dizer que está rompendo em caráter pessoal. Ele está cometendo um atentado à Constituição e isso é gravíssimo porque ele não é do Executivo. Um técnico do Executivo até pode cometer erros constitucionais assim, mas quem elabora as leis em nome do povo como pode dizer que decidiu pessoalmente uma coisa que não pode ser decidida pessoalmente?

ISTOÉ - Como o sr. vê a atuação dele como presidente da Câmara?
ROBERTO ROMANO -Desde que assumiu a presidência da Câmara, ele tem defendido uma pauta que não é do interesse geral, e sim de facções. Hoje ele é líder de uma facção. Como deputado ele tem direito de liderar uma facção, mas como presidente da Câmara, não.

ISTOÉ -O sr. acha que o PMDB realmente terá candidato próprio em 2018?
ROBERTO ROMANO - É uma situação muito interessante, porque na época do Sarney, o PMDB era quem decidia tudo no governo. Passado esse período, eles têm só suportado governos. Na ditadura, o MDB tinha presença em todo o Brasil, e ampliou suas bases municipais. Isso faz com que sempre em toda eleição eles consigam uma base parlamentar, tanto de deputados como de governadores, bem razoável. O PSDB e o PT não aproveitaram seus oito anos de governo para ampliar suas bases municipais, então eles continuam dependendo muito do PMDB para ter a famosa base parlamentar de apoio. No entanto, os peemedebistas ganham cargos, mas do ponto de vista macro, eles continuam coadjuvantes, o que não interessa. Isso, ao que parece, mudou. O problema é quem será o candidato deles. Existe a possibilidade de ser o Eduardo Paes, prefeito do Rio. O Cunha, antes cotado, se isolou no próprio PMDB, além de ter rompido com o Ministério Público e o Supremo. Foi um pulo mortal sem rede. Um ato de imprudência política.

ISTOÉ - E o papel do vice-presidente Michel Temer nesse momento?
ROBERTO ROMANO -O Temer é uma garantia de que a presidente não vai continuar fazendo impolidez ou falta de tato maior. Por enquanto ela está afastadinha e eu acho que é o mínimo que ela pode fazer. Não porque quando ela fala toca panela, não. É porque efetivamente a situação dela é muito grave.

ISTOÉ - O senhor enxerga alguma semelhança entre as situações de Collor, em 1992, e a de Dilma agora?
ROBERTO ROMANO -O Collor conseguiu muita impopularidade com o golpe que ele deu nas poupanças. Ele confiou demais na sua popularidade e arruinou o seu relacionamento com todas as classes brasileiras. Ele pertencia a um partido minúsculo que dependia vitalmente de outros partidos também, mas ele nunca teve, por exemplo, a base sólida do PMDB. Já a Dilma recebeu do Fernando Henrique e do Lula essa capacidade de aliança com grandes partidos. Mas Dilma não levou adiante isso graças a inabilidade de seus negociadores que agiram de forma imperial. Boa parte dessa erosão que a Dilma está vivendo já foi eclodida no segundo governo de Lula, quando essa aliança com o PMDB já começou a periclitar.

ISTOÉ -Mas os escândalos também começam a se aproximar do gabinete da presidente... Inclusive há uma outra CPI em gestação, a do BNDES, que pode ser arrasadora para o governo. Há quem diga que os estragos podem ser maiores do que o Petrolão.
ROBERTO ROMANO - Há um mantra entre meus colegas de que as instituições estão operando normalmente. Isso é conversa mole para boi dormir. Não estão operando normalmente e nunca estiveram operando normalmente. Não foram resolvidos os problemas de estrutura do Brasil em termos democráticos. O BNDES é uma instituição pública que tem dinheiro da população e que operava de maneira sigilosa até agora. Como isso pode ser normal numa democracia? Pega-se bilhões da população e coloca-se na mão de Eike Batista. Isso é normal? Não se justifica a atitude de gerir o BNDES no sigilo. É preciso, sim, fazer uma investigação das contas do BNDES, do Banco do Brasil, de todas as estatais para se constatar quanto está sendo subtraído dos planos propriamente econômicos.

ISTOÉ - Num capítulo do livro "Uma Oveja Negra al Poder" diz-se que Lula teria dito ao presidente uruguaio que ele teve de lidar com "coisas imorais, chantagens." Esse é o cenário da política brasileira?
ROBERTO ROMANO -O Estado brasileiro funciona à base da corrupção. Em todo o Estado do mundo ocorre essa negociação e essa tomada de cargos, mas tal como existe no Brasil é uma coisa absolutamente delirante. Não há outra saída, porque não houve o parlamentarismo. A Presidência da República é quase irresponsável e o Parlamento não é responsável. Não há o princípio da responsabilidade. O Congresso não assume a plena responsabilidade pela governança do País, ele ou chantageia o Executivo ou é subserviente a ele. Isso vem acontecendo desde a morte do Getúlio.

ISTOÉ -Em uma de suas colunas, o senhor disse que "usar utopia, como faz Luiz Inácio Lula da Silva, é pintar cinza sobre cinza."O que o senhor quis dizer com isso?
ROBERTO ROMANO - Em 1987, eu escrevi um artigo chamado "Lula, o senhor da razão", e eu mostrava claramente que ele tinha posição extremamente conservadora, muito carismática e muito ligada a sua pessoa, ele era o dono da razão. Isso não coaduna com um País democrático e com um partido democrático. Desde a greve do ABC, o Lula sempre é o protegido, nunca se pode criticar o Lula, o que faz com que ele seja uma continuidade de personalidade como Getúlio Vargas, Perón, e etc. Ele não tem a característica de um líder colegiado, tanto é verdade que hoje o PT só tem o Lula. Todas as tentativas de lideranças regionais do PT foram cortadas em favor do Lula. Hoje, se o Lula faltar, o PT está sem uma alternativa. O Lula adota um modo muito antigo de governar o País. Ele atua na base do caciquismo. O Lula é um cacique.

ISTOÉ -As investigações da Lava-Jato têm chegado cada vez mais perto de Lula. O que isso pode significar para a história do ex-presidente e para o futuro do PT?
ROBERTO ROMANO -Vamos supor que seja provado que ele fez lobby e tudo mais. Vai ser mais uma decepção para a população brasileira. Desde Getúlio Vargas nós vendemos pais do Brasil e o Lula sempre dizia que era o pai do Brasil. O caudal de tristeza e da perda de fé pública em termos de perda de confiança nos líderes vai ser algo muito grave. Um slogan muito usado na campanha do Lula era "a esperança venceu o medo". O que está acontecendo é que o medo está voltando e a esperança chegando a ponto mínimo. A popularidade de Dilma ilustra o índice da diminuição do nível da esperança. Eu diria que o povo brasileiro tem 7,7% de esperança na sua sobrevivência. E isso é muito grave.


Sartori participou da Festa do Dia do Colono em Flores da Cunha

 O Palácio Piratini passou neste domingo a relevante notícia de que neste sábado (25) de comemoração do Dia do Colono, Dia do Motorista e Dia do Imigrante, o governador José Ivo Sartori esteve no distrito de Otávio Rocha, em Flores da Cunha, para participar da programação da 42ª Festa da Colônia.

Foram festas de arromba.

O editor ficou impressionado com a qualidade da informação, a única do dia que recebeu do Palácio, e por isto passa tudo que soube ao distinto público. 

As 15h, hoje, no Parcão, Porto Alegre, tem Banda Loka Liberal

Chamada da Banda Loka para "Grande Mobilização e Panfletagem para o dia 16/08", neste domingo, 26 de julho às 15h, no Parcão, Porto Alegre.

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Pedro Simon defende pacto nacional contra crise

A entrevista a seguir foi feita pelo jornalista Paulo de Tarso Lyra e resultou publicada no Correio Braziliense deste domingo.

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Pedro Simon pode até estar sem mandato, mas a argúcia de quem tem 60 anos de vida pública faz com que esse gaúcho ainda seja um analista precioso do atual momento vivido pelo país. Ele está preocupado. "Estamos vivendo uma experiência que ainda não tínhamos vivido. É mais difícil do que o período vivido no auge da ditadura", afirmou, acrescentando que, durante o regime militar, as oposições sabiam o que fazer: lutar pela democracia. "Tem um Congresso funcionando, tem um presidente eleito. Mas nós não sabemos o que fazer".

Simon afirmou, em entrevista exclusiva ao Correio, que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, perdeu uma oportunidade política ao desistir de implementar uma agenda de reformas na Câmara e optar por fazer as coisas de seu interesse pessoal. "Foi um erro infeliz dele, um erro dramático. Podia fazer uma grande jogada e cometeu uma tolice. Agora, resolveu romper (com a Dilma)."

O ex-senador acredita que o Judiciário vive uma fase épica e elogia o juiz Sérgio Moro. "Ele é uma das figuras mais extraordinárias que apareceram neste século 21 no Brasil". 

Confira a seguir os principais trechos da entrevista:

Após tanto tempo de vida política, qual a avaliação da atual crise?
Nós já tivemos todo tipo de crise, mas estamos vivendo uma experiência que ainda não tínhamos vivido. É uma situação complexa, com várias origens, vários focos. É mais difícil do que o período vivido no auge da ditadura.

Por quê?
No auge da ditadura, nós não tínhamos direito nenhum, mas tínhamos uma razão para lutar: derrubar a ditadura e retomar a democracia. Estava clara a situação, não tínhamos nenhuma dúvida. No momento em que o MDB conseguiu reunir as oposições em torno das Diretas Já, nós caminhamos. Muita gente chamava a gente de louco, de ridículo, esse MDB lutando contra um regime ao qual a Igreja, a grande imprensa, os empresários e os americanos apoiavam. Foi uma luta, mas nós tínhamos um caminho. Tanto que deu certo.

E hoje, como está a situação?
Está ruim. Tem um Congresso funcionando, tem uma presidente eleita. É certo que não há perigo de golpe. Os militares estão em uma posição neutral, que eles fazem muito bem. Mas nós não sabemos o que fazer.

Falta alguém com lucidez para se pensar em saídas para crise?
No momento de auge da luta contra a repressão, nós tínhamos pessoas lúcidas. Tínhamos Ulysses (Gumarães), Brizola, Tancredo, Teotônio (Vilela), (Franco)Montoro, Lula, a área progressista da Igreja, várias pessoas que integravam esse movimento. Se for olhar agora, não tem ninguém. Não tem um partido que consiga encontrar uma saída para o Brasil. Temos bons governadores, jovens, mas nenhum tem uma liderança.

E no Congresso?
Quem se destaca são os presidentes da Câmara (Eduardo Cunha) e do Senado (Renan Calheiros), pelos cargos que eles ocupam. Mas são políticos que têm problemas pessoais, idisioncracias pessoais. Parecia que, em um determinado momento, o presidente da Câmara exerceria um papel de fazer um parlamento forte, fazer as reformas, mas faltou grandeza para ele.

Cunha é acusado de atropelar o regimento interno, impor uma pauta conservadora à Câmara e, agora, rompeu com a presidente. Qual sua avaliação sobre ele?
Ele é um homem de uma competência fantástica. Para o bem ou para o mal, não quero discutir. Estou na política há 60 anos e não me lembro de nenhum momento em que o Congresso tenha tido um poder de decisão, escolher a pauta. Ele deveria aproveitar isso, mas não como presidente da Câmara. Esse é o grande equívoco dele. Ele quis fazer as coisas do interesse dele, pessoal, colocar as matérias para prejudicar o Executivo. Foi um erro infeliz dele, um erro dramático. Ele estava no auge dele, podia fazer uma grande jogada e cometeu uma tolice. Agora, resolveu romper. Bem fez o presidente Michel Temer, que falou que ele (Cunha) fala por si só, não pelo partido.

Falta humildade ou traquejo político para a Dilma?
Falta traquejo e faltam condições. Quando assumiu o primeiro mandato, a Dilma demitiu seis ministros por corrupção. Mas o que aconteceu? Começou a aparecer o Volta Lula, o sai Dilma, ela foi para o lado de lá e as coisas foram ladeira abaixo. Eu vejo agora esta história do Lula querendo chamar o Fernando Henrique Cardoso para falar sobre a crise.

O que o senhor acha disso?
A rigor, os dois são culpados. Fernando Henrique foi responsável pela maldita emenda da reeleição que detonou isso que está acontecendo. Mas acho positivo fazer reunião. Vamos fazer um entendimento. Não para esconder o que aconteceu. Tem muita gente que está querendo sair deste momento. O que pode ser feito deve ser feito.


Hoje, 18h, Parcão, Porto Alegre, manifestantes farão inscrição em fogo: SOS TCU. Atos iguais acontecerão em todas as capitais.

As 18h, no Parcão, Porto Alegre, os manifestantes acenderão 100 velas para formar a frase SOS TCU. Se chover, haverá cobertura para a inscrição em fogo. -  

Neste domingo, dia 26, as 18 horas, os movimentos contra corrupção de todo o país estarão unidos em nome da Aliança Nacional dos Movimentos Democráticos para realizar algo inédito, no caso uma vigília em nível nacional, no mesmo dia, no mesmo horário e transmitindo a mesma mensagem em todas as capitais brasileiras e também em alguns países fora do Brasil: 

SOS TCU escrita em chamas de fogo.

A única capital na qual não teremos a vigília é no Estado do Acre. A cidade de Rio Branco vive um temor eminente de represália do PT o que tem impedido novas manifestações daqueles que já sofreram com isso.

A intenção deste ato é mostrar a unanimidade de pensamento do cidadão que acompanha a política brasileira, no sentido de clamar pela reprovação das contas do governo federal, do ano de 2014.

Está claro para os movimentos que integram a Aliança Nacional a manobra executada pelo governo e que as pedaladas só representam uma parcela ínfima da completa ausência de ética deste governo e que através de um comportamento populista mentiu, trapaceou, usurpou do poder para se beneficiar, enquanto milhares morrem nas filas dos hospitais, enquanto perdemos a esperança de poder contar com a segurança pública a que o Estado deveria prover, enquanto nossas crianças crescem sem o mínimo de qualidade em sua educação e, finalmente, enquanto nossa carga tributária nos degola economicamente.

Leia a nota completa da convocatória para os atos de hoje:

​O relatório do TCU mostra como, não só a falta de ética, mas também a incompetência do governo nos rouba a esperança de dias melhores:
Além destes fatores, diversos outros, como o aumento das dívidas públicas, tanto líquida, quanto bruta e consolidada, que nos mostra o quanto este governo mente e engana a população, não só em período eleitorais, mas em todos os momentos desde 2002.
Pedimos a reprovação não só pelos R$37,15 bilhões dos Passivos ocultos (as conhecidas Pedaladas fiscais), dentre outras distorções:
Mas também pelas diversas distorções encontradas nas Contas do Governo, nas quais mais de R$281 Bilhões foram quantificadas, além dos 3 itens de centenhas de BILHÕES das distorções não quantificadas:
Acreditamos que a Reprovação das Contas será apenas um passo, uma pequena amostra de que a ética no Brasil está em transição, nos mostrará que nosso país ainda tem jeito SIM, mas é preciso começar com esta ação do órgão que deveria inibir o surgimento da corrupção.
É por este motivo que esta vigília pede mais do que apenas a reprovação das contas.
Usaremos a mensagem unânime “SOS TCU”, como um pedido internacional de socorro a este órgão público que foi criado por Rui Barbosa em 1891 na 1ª Constituição Republicana do Brasil, no intuito de que um órgão EXTERNO e INDEPENDENTE auditasse as contas públicas, evitando assim, a corrupção.
Pedimos nesta ocasião que este órgão passe a ser de fato independente e para tanto, é necessário que seus Conselheiros e Ministros sejam funcionários de carreira, indicados por lista tríplice interna e só então, repassadas ao executivo para que opte por um destes 3 concursados.
Convidamos você, a estar conosco nesta vigília que levará a voz das ruas através de um ato silencioso pautado na chama que ainda segue acesa e que está refletida em nosso ato.


- Contato da coordenação nacional de mobilização da Aliança Nacional do Movimentos Democráticos: Heduan Pinheiro (11) 95994-9999

Caixa do Tesouro do Estado do RS não tem dinheiro para os salários deste mês

O governo gaúcho chegará ao final do mês sem caixa para pagar salários integrais de seus funcionários ativos e inativos.

Novo pacote de ajustes de Sartori aprofundará cortes nos gastos públicos

Até sexta-feira o governo Sartori enviará seu quarto pacote de propostas de ajuste das contas pública do RS.

A meta é aprofundar vigorosamente os cortes de gastos.

Nova fase da Lava Jato atingirá PT e PMDB

Na coletiva desta semana, os procuradores do MPF falaram claramente sobre o envolvimento do PP, PT e PMDB (veja símbolos na parte de cima do organograma) na organização criminosa do Petrolão. Agora eles querem investigar e listar nomes dos políticos que ainda estão fora da cadeia. - 

CLIQUE AQUI, também, para examinar este esclarecedor infográfico do Estadão, que demonstra a ligação dos políticos e do Petrolão. 


Em reportagem de Fausto Macedo, Júlia Affonso e Ricardo Bradt, o jornal O Estado de S. Paulo deste domingo informa que a Lava Jato chegou ao comando do esquema de corrupção na Petrobrás. O editor considera que ainda falta muito para que isto ocorra, porque os ex-presidentes José Gabrielli, João Dutra e Graça Foster continuam livres, leves e soltos, como se não soubessem de nada do que fizeram sob suas barbas.

Leia:

A condenação de executivos da Camargo Corrêa e a denúncia formal contra os presidentes e ex-dirigentes das duas maiores empreiteiras do País, Odebrecht e Andrade Gutierrez, abrem nova fase das investigações da Operação Lava Jato, que atingirá o PT e o PMDB como líderes do esquema de corrupção em conluio com o comando do cartel, que fatiava obras da Petrobrás, mediante o pagamento de propina, desde 2004.

Com a chegada dos primeiros documentos oficiais da Suíça, após acordo de cooperação internacional entre os dois países, a força-tarefa de procuradores da Lava Jato acredita ter aberto “uma janela” nas apurações que levarão à comprovação de uso de contas secretas dos quatro núcleos do esquema: empresarial, político, de operadores financeiros e de agentes públicos.


Além de chegar às contas secretas das empreiteiras, dos políticos, dos dirigentes da Petrobrás e dos operadores de propina, os investigadores vão espraiar a devassa em contratos, antes centrada na estatal, de outras áreas dos governos Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2006 e 2007-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014).

CLIQUE AQUI para ler mais.

As conexões internacionais da corrupção brasileira são desvendadas em vários Países

Na edição deste final de semana a revista Época informa que a vida dos corruptos mundo afora se torna cada vez mais difícil. 

Leia mais. O texto é da revista.

A globalização – a mesma que abriu mercados, criou oportunidades de prosperidade e também de corrupção internacional – chega, aos poucos, à Justiça. Com isso, os agentes da lei de cada país podem caçar malfeitos além de suas fronteiras. O primeiro movimento nesse sentido ocorreu na Comunidade Europeia. Nos anos 1990, os Ministérios Públicos e as polícias dos diferentes países começaram um intenso intercâmbio. A integração foi crucial para uma investigação importante no início deste ano: o caso SwissLeaks, em que a filial de Genebra do banco HSBC esteve envolvida num escândalo internacional de sonegação de impostos. “Um funcionário que trabalhou no HSBC por oito anos pegou toda a movimentação financeira irregular e entregou a três MPs, o da Suíça, o da Itália e o da França”, diz o jurista Luiz Flávio Gomes, estudioso do assunto e doutor em Direito pela Universidade Complutense de Madrid. Graças ao intercâmbio de depoimentos e provas entre os Judiciários dos países, o HSBC sofreu condenações na França, na Bélgica e nos Estados Unidos. Outro caso recente foi a prisão, na Suíça, de dirigentes da Fifa suspeitos de corrupção, após uma investigação levada a cabo pela polícia americana.

No Brasil, a Operação Lava Jato vem inovando não apenas ao empregar métodos inspirados na Operação Mãos Limpas – que desarticulou os esquemas de corrupção na Itália ao longo dos anos 1990. Na semana passada, a Procuradoria-Geral da República de Portugal anunciou que a força-tarefa da Lava Jato fez um pedido de cooperação internacional. Desde o tempo do mensalão, a polícia portuguesa investiga casos de corrupção envolvendo brasileiros, com ramificações em Portugal. Agora, a Lava Jato quer unir  as duas pontas, mensalão e petrolão. E também tem operado em colaboração com o Ministério Público da Suíça. “A Lava Jato já virou um caso de estudo”, diz o advogado penal Mauro César Arjona.

Na semana passada, os procuradores suíços confirmaram que as investigações da Lava Jato estão no caminho certo. Elas rastrearam as contas da Odebrecht no exterior. “Pelo relato das autoridades suíças e documentos apresentados, há prova, em cognição sumária, de fluxo financeiro milionário, em dezenas de transações, entre contas controladas pela Odebrecht ou alimentadas pela Odebrecht e contas secretas mantidas no exterior pelos dirigentes da Petrobras”, afirmou o juiz Sergio Moro em seu despacho. Na sexta-feira, dia 24, os presidentes de duas das maiores construtoras do país, Marcelo Odebrecht, da Odebrecht, e Otávio Marques de Azevedo, da Andrade Gutierrez, foram denunciados à Justiça sob acusação de corrupção, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. A denúncia atinge ao todo 22 pessoas. Foi decretada também a quebra de sigilo das contas da Odebrecht no exterior.

Em uma das reportagens desta edição, Época mostra, com exclusividade, as investigações em Portugal que revelam os primeiros indícios de uma conta no exterior que pode ter alimentado campanhas do PT. E mostra como as investigações sobre a Odebrecht, na semana passada, podem se desdobrar na Suíça. A colaboração entre a força-tarefa da Lava Jato e os investigadores europeus ainda tem muito o que render.


PT de Canoas insiste com proibida ideologia do gênero em escolas de crianças

CLIQUE AQUI para ver e ouvir o video com o depoimento da professora. 

O secretário de educação de Canoas, Eliezer Pacheco, marido da deputada Maria do Rosário, PT, continua ignorando a decisão da maioria dos deputados da Assembléia do RS, e insiste em implantar a pervertida ideologia do gênero nas escolas do município, o maior da Região Metropolitana de Porto Alegre, depois da capital.

O que não ocorre de modo pacífico.

A professora Paula Marisa, que não se resignou, foi expulsa pela Escola de Ensino Fundamental Ícaro, por questionasr palestras que seriam ministradas sem autorização prévia dos pais. Durante o evento, também seriam distribuídas camisinhas pasra os alunos de 12 anos. 

O escorpião que pediu ajuda ao sapo

Este artigo é do jornalista Hamilton Almeida, http://www.revistaamalgama.com.br/


Existe uma fábula que conta a história de um escorpião que, prestes a morrer afogado, pediu socorro a um sapo. Este, com medo de ser picado, a princípio negou a ajuda. No entanto, sua boa índole o levou a ceder os apelos do escorpião. Ao conduzir o escorpião a um lugar seguro o sapo recebeu então a picada que tanto temia. Em seus últimos suspiros o sapo perguntou ao escorpião o porquê dele o picar, mesmo após ter salvado sua vida. O escorpião respondeu com naturalidade: 

- Não pude evitar. É a minha natureza.

A fábula poderia ser aplicada em pelo menos três momentos da história de Fernando Henrique e Lula (e por extensão ao PSDB e ao PT). O primeiro aconteceu às vésperas das eleições de 2002, quando Fernando Henrique colocou o então candidato Lula no “sucatão” presidencial e o conduziu ao FMI para assinar um empréstimo para ajudar a debelar a crise do seu futuro governo, fruto justamente de suas declarações irresponsáveis quando oposição.  O fato é bem retratado no livro “A campanha secreta de FHC pró-Lula”, o que certamente ajuda também a explicar o distanciamento entre Serra e FHC nas eleições daquele ano. Aliás, não apenas este desfecho, mas já nos primeiros sinais do agravamento da chamada Crise Lula, em meados de 2002, FHC deu uma entrevista onde praticamente afiançou a eventual eleição do opositor, afirmando que este estava “preparado para assumir o Brasil”. Ou seja, FHC se comportou exatamente como se espera de um estadista: colocou os interesses do país em primeiro lugar, sacrificando a eleição do seu sucessor.

Mas a ajuda do sapo Fernando Henrique ao escorpião Lula não parou por aí. 

No dia seguinte ao resultado das eleições, este colocou todos os seus ministérios à disposição do PT para iniciar uma pacífica transição. A boa vontade do PSDB foi tanta que o então ex-ministro Antônio Palocci, em seu livro “Sobre formigas e cigarras”, se desmanchou em elogios ao governo FHC, não apenas pela política econômica herdada, mas também pela agenda de reformas já elaborada.  Aliás, o PT chegou a cogitar a permanência do até pouco tempo demonizado Armínio Fraga no cargo de Ministro da Fazenda. E mesmo com a escolha de Palocci para o cargo, o PT foi recrutar no PSDB o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

A relação entre PT e PSDB só começou a mudar depois que os ingênuos tucanos perceberam que foram enganados pela oportunista afabilidade do PT. 

A real natureza do partido, sua velha e conhecida postura arrogante, antirrepublicana, populista e autoritária já pôde ser conferida no dia da posse, quando o Palácio da Alvorada foi decorado com uma enorme estrela vermelha de flores, mostrando a confusão que o PT sempre fez entre partido e Estado.

O segundo momento em que o escorpião PT recorreu ao sapo PSDB foi em 2005, no auge do escândalo do Mensalão, quando os petistas convenceram os tucanos das “inconveniências” do impeachment para nossa jovem democracia. 

O resto da história todos conhecem. Lula, que perdia feio nas pesquisas tanto para Serra quanto para Alkmin, recuperou sua popularidade, venceu as eleições e intensificou sua retórica populista do “nunca dantes na história deste país”, aproveitando sempre cada sessão de autoglorificação para demonizar seu antecessor.

A terceira ocasião que o escorpião petista recorre ao sapo tucano aconteceu nesta semana. E como já se tornou rotina quando os petistas planejam algum passo polêmico, primeiro eles testam sua repercussão vazando alguma informação para a tal “imprensa golpista”. Em seguida, negam o fato, como fez o Instituto Lula, enquanto que na esgotosfera os blogueiros pagos pelo PT aproveitam para mais uma sessão de demonização da “imprensa golpista”.

É a velha estratégia de dar uma no cravo e outra na ferradura, como sempre fez o Lula, o Brahma. Como a repercussão foi tímida, uma vez que a população está cansada do noticiário político, logo em seguida aparecem os paus mandados de Lula fazendo declarações na imprensa (como o Jaques Vagner, por exemplo, exortando o “diálogo para o bem do Brasil”!

Ou seja, a historia se repete. 

Desta vez parece que o PSDB aprendeu um pouco com as lições anteriores. Num primeiro momento, FHC chegou a acenar positivamente ao apelo do PT, porém com uma condição que praticamente sepulta as intensões secretas do PT: “basta haver uma agenda clara e de conhecimento público”, concluiu o ex-presidente.

Ou seja, o PT nunca vai concordar com um debate aberto. E talvez por isso mesmo o PSDB também já rechaçou o pedido petista nesta sábado (ver aqui). O PT sempre agiu na base do conchavo, nos bastidores, e, para a plateia, na base do populismo. Debater francamente agora seria expor algumas de suas contradições mais flagrantes, admitir erros, pedir desculpas e, acima de tudo, mostrar-se disposto a mudar. Ou seja, o escorpião teria que mudar sua natureza, o que, convenhamos, não é nada provável.

E mesmo que o PT se mostrasse disposto a passar por tal humilhação, ainda assim boa parte do partido ficaria fora de tal acordo. Afinal, tal ala do partido já se comporta como oposição ao próprio partido desde que surgiram os primeiros sinais de que o governo iria dar uma guinada à direita neste segundo mandato.

E também esta não é a primeira vez que isso acontece. No primeiro governo Lula, por exemplo, o governo contou mais com a participação do PSDB para aprovação da filha única mini reforma da previdência do que com o próprio PT. Só para refrescar a memória dos esquecidinhos, a ala mais xiita do PT da época acabou deixando o partido para fundar o PSOL, a atual linha auxiliar do PT em suas bandeiras mais radicais, as quais estão sendo ressuscitadas em cada documento que o partido tem divulgado nos últimos anos, como, por exemplo, a defesa do calote ao pagamento da dívida pública (ver aqui), no projeto de “controle social da mídia”, na divulgação de listas negras de jornalistas inimigos ou simplesmente no apoio incondicional à ditadura venezuelana.

Em contraponto a natureza conflituosa do PT, sempre disposta a marcar posição, a promover a divisão da sociedade e a transformar adversários em inimigos a serem extirpados (como chegou a defender Lula ainda quando presidente), o PSDB sempre tendeu a contemporizar tudo. E é nesta natureza “em cima do muro” dos tucanos que o PT tem esperança de fechar o tal “pacto pela governabilidade” defendido por Dilma, nesta quinta-feira (23).
Chega a ser mesmo incompreensível como um partido que apanhou tanto desde que o PT é PT ainda fique dividido em apoiar ou não o impeachment do governo mais impopular do nossa história, com a terceira pior média de crescimento da nossa história, enfrentando a maior crise econômica desde o governo Collor, sem uma base de sustentação no Congresso e ainda mergulhado em uma espiral de corrupção sem fim.
Não é por acaso que Lula já afirmou várias vezes que o maior partido de oposição ao PT é tal “imprensa golpista”, afinal o PSDB tem se comportado como a “oposição dos sonhos” de qualquer populista. Também não é a toa que figurões do PT na última eleição expressavam abertamente suas preferências em enfrentar o PSDB no segundo turno, pois o partido tornou-se um mero saco de pancadas do PT.
Enfim, dar mais uma chance ao PT, além de postergar a solução para nossa crise econômica (agravada pela crise de confiança no governo), é dar mais uma chance para que Lula ressuscite politicamente e volte em 2018 com as mesmas bravatas costumeiras.
O PT nunca mudou e nunca vai mudar. Faz parte de sua natureza gramisciana que acredita que o partido não é apenas mais um partido, e sim “o partido”, o chamado por Antônio Gramsci de “moderno príncipe”, aquele que deve estar acima das leis e da tal “moral burguesa”,  que tem uma ética própria, para quem tudo deve ser feito. Por isso seus criminosos são considerados “heróis do povo brasileiro”. Por isso são capazes de “fazer o diabo” para não deixarem o poder.
O PSDB já deu várias provas de que pensou mais no país que nas eleições. Portanto, quem tem agora que dar pelo menos uma prova de que está mais preocupado com o país do que com a manutenção do poder é o PT. Um bom começo seria com uma carta de renúncia e com a consequente convocação de novas eleições. Em caso de derrota, o PT, o maior partido da atualidade, poderia ajudar o novo governo a corrigir a herança maldita que vão deixar, colocando em prática exatamente a boa vontade que mais uma vez eles têm a cara de pau de exigir do PSDB. Mas aí já seria pedir demais. Seria o mesmo que pedir para o escorpião deixar de picar. É contra sua natureza.


Artigo, Percival Puggina - A política não pode ser tudo. Nem nada.

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Certamente o leitor já teve ocasião de ouvir entrevistas do tipo em que o repórter pergunta - "O que é isto ou aquilo para você?". E o entrevistado responde - "Ah! Isso para mim é tudo!".

 Tudo? Como assim "tudo"? Atribuir totalidade a algo é sintoma de fragilidade mental. Coisa nenhuma pode corresponder ao todo na medida em que o todo é, por definição, a agregação de tudo. Nem Deus pode ser tudo porque se o fosse acabaria agasalhando sua contradição, seu antípoda, o sujeito da fumegante fornalha do andar de baixo. Mesmo assim, o fato permanece: muitas pessoas agem como se alguma coisa fosse tudo, mesmo.

 Quando isso ocorre com futilidades, as conseqüências, por vezes graves, se limitam ao âmbito pessoal ou familiar. Constitui porém desvio psicológico capaz de produzir verdadeiras tragédias atribuir essa totalidade à política. O leitor muito provavelmente sabe do que estou falando; conhece e convive com pessoas para as quais a política é tudo. E certamente conhece também idéias políticas que, seduzindo corações e mentes, cobram dos que a elas aderem essa entrega total. Tudo é o partido e nada é mais importante do que a reunião do partido, a defesa do partido, a propaganda partidária. Prioridade alguma se pode sobrepor aos atos convocados pelo partido e nenhuma razão traz consigo a audácia de questionar suas razões e seus procedimentos.

 Estou exagerando? Pense no professor que usa a sala de aula para fazer a cabeça dos alunos, no religioso que emprega o púlpito como palanque e que não distingue sua ação pastoral de sua militância política, no jornalista que, na cozinha da redação, manipula o fato para produzir a versão que mais convém ao partido, no torcedor de futebol que mistura o símbolo de seu partido com a bandeira de seu clube, transformado qualquer coisa em vetor de suas próprias manias e compulsões.


 Essa totalidade, na política, é a farinha e o fermento do totalitarismo. Mobilize-a com o que bem quiser (insatisfação, revolta, revolução) ou lhe dê o nome que preferir (utopia, radicalização da democracia, organização da cidadania). O produto final será sempre antidemocrático, maniqueísta, totalitário. A melhor proteção contra esse produto é o conhecimento de sua natureza. Da mesma forma, a comprovar a importância do equilíbrio, ignorar completamente a dimensão política do ser humano e a importância da política à vida em sociedade é sinal de pouco juízo e rompimento com um grave dever moral. A omissão na política, pavimenta o caminho dos demagogos, dos incompetentes, dos oportunistas e dos tiranos. E o omisso, cedo ou tarde, será chamado, com todos os demais, a pagar essa conta.

Artigo, Josias de Souza, UOL - Dilma Rousseff cutuca o asfalto com vara curta

Dilma Rousseff exibirá sua imagem estilhaçada numa rede nacional de tevê em pleno horário nobre. Aparecerá no programa de um PT levado no embrulho da onda de impopularidade. Sob a direção do marqueteiro João Santana, ela silenciará sobre a Lava Jato e sustentará que a crise econômica é momentânea e que o país logo voltará a crescer. Ainda não se deu conta. Mas cutuca a paciência coletiva com vara curta.

Depois de estrelar sete meses de um segundo mandato caótico, Dilma fará pose de otimista na noite de 6 de agosto, antessala do protesto que as redes sociais convocam contra o seu governo para o dia 16. Não são negligenciáveis as chances de o programa do PT, que terá Lula como ator coadjuvante, ir ao ar ao som de panelas —um veneno que já começou a ser instilado na web. Com taxa de aprovação variando entre 7,7% e 10%, conforme o instituto de pesquisa, Dilma tornou-se um convite ao protesto.

O mais irônico é que o oco da presidente e do partido dela está sendo preenchido pelo mesmo marqueteiro que ajudou a fabricar o enredo ficcional da última campanha presidencial. Hoje, todos os discursos estão vencidos, inclusive o de João Santana.

Nas pegadas da célebre jornada de junho de 2013, o marqueteiro do PT analisou os efeitos do ronco das ruas sobre a imagem de Dilma numa conversa com o repórter Luiz Maklouf Carvalho. Sustentou a tese segundo a qual a encrenca não tinha nada a ver com a presidente, uma pessoa “honesta” e com “comando”, que estava “gerindo bem” o governo.

João Santana transbordava confiança. Confiava no próprio taco e também na ineficiência dos adversários. “A Dilma vai ganhar no primeiro turno, em 2014, porque ocorrerá uma antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo.”

Os “anões” não eram canibais. Aécio Neves foi ao segundo turno. E arrastou Marina Silva para o seu córner. Dilma combateou-os a golpes de marketing. Prevaleceu sobre o rival tucano no segundo round. E não foi por nocaute. Saiu do ringue menor do que entrou. Desconstruiu os adversários sem se preocupar com a autoconstrução. Depois da posse, aderiu ao receituário do rival.

Hoje, o “olimpo” está situado no chão. Nas alturas, apenas a inflação, os juros e a impaciência alheia. A “honestidade” esbarra nas arcas eleitorais apinhadas de verbas sujas. A boa gestão é apenas um outro nome para a inépcia. Um tucano assumiu a economia. O PMDB se divide entre a coordenação política e a oposição.

Parte das ruas já grita 'impeachment'. E tudo o que Dilma e o PT têm a oferecer é um pouco mais de Jo

Justiça do Trabalho manda Assembléia só contratar estagiários mediante seleção pública

A Assembléia do RS confirmou neste final de semana que recorrerá da decisão da Justiça do Trabalho que proibiu a contratação de estagiários em seleção pública.

Domingo amanheceu com céu encoberto em Porto Alegre, mas dia será de sol em todo o RS

Neste início de domingo,8h58min, o dia está com sol encoberto, nuvens plen as e muito baixas em Porto Alegre, mas a previsão é de que o dia será ensolarado em todas as regiões do Rio Grande do Sul. A manhã será fria, mas com o sol. A temperatura subirá no decorrer do dia, atingindo marcas agradáveis ao ar livre. Em Porto Alegre, a máxima será de 21ºC.


Um bloqueio atmosférico favorecerá o ingresso de ar quente ao longo da semana, o que manterá o tempo predominantemente seco e trará temperatura muito acima da média para esta época do ano com tardes de calor em pleno inverno. 
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