O filho do presidente do STJ foi "contratado" por Zanin, advogado de Lula, para ajudá-lo nas ações junto à Corte.
A Polícia Federal informou que apreendeu na manhã desta quarta-feira, no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, R$ 100 mil em espécie e um cheque de R$ 700 mil no escritório do advogado Eduardo Martins, filho do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, e investigado pela força tarefa da Lava Jato por suposto desvio de dinheiro no Sistema S.
O advogado disse que seriam honorários pagos em dinheiro. Os agentes também encontraram e apreenderam um cheque de R$ 700 mil em nome de Eduardo Martins.
Um trecho da denúncia diz que “entre fevereiro e maio de 2014, de forma livre e consciente, Cristiano Zanin, com a ajuda também livre e consciente de Fernando Hargreaves e aquiescência de Eduardo Martins, solicitou e obteve de Orlando Diniz a contratação de Eduardo Martins, pela quantia de R$ 5.500.000, a pretexto de influir em atos praticados por ministros do Superior Tribunal de Justiça. (Exploração de prestígio, art. 357, caput, do Código Penal – Conjunto de fatos 23)”. O MPF afirma que a Fecomércio se tornou o melhor cliente do escritório de Martins.
Aproximadamente 170 policiais federais, divididos em 44 equipes, dão cumprimento a 51 mandados de busca e apreensão, em seis estados (RJ, SP, DF, AL, CE e PE) da Federação. Os mandados judiciais foram expedidos pela 07ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro